7. As coisas saíram do controle

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Ouço ao longe baques sendo dados em alguma madeira

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Ouço ao longe baques sendo dados em alguma madeira.

Abro os olhos preguiçosamente, sentindo-os queimarem pelos raios de sol que entra por algum lugar e eu os fecho rapidamente.

Tateio o colchão a procura do meu travesseiro e o agarro contra o meu rosto.

O barulho de alguém batendo na porta de madeira a alguns metros de mim de novo, me faz soltar um grunhido.

— Audrey levanta agora, precisamos conversar! — a voz da minha mãe do outro lado sai abafada e irritada — você tem dez minutos! — é a última coisa que ouço antes de perceber os seus passos duros se distanciando da porta.

Retiro o travesseiro do meu rosto e me sento na cama vagarosamente, esfregando os olhos.

— Ai, droga — massageio minhas têmporas, sentindo minha cabeça latejar.

Olho ao redor, notando que estava em meu quarto.

Como que eu vim parar aqui?

Me levanto da cama, me arrastando até o banheiro e olhando minha aparência no espelho.

Alguns fios de cabelo faziam um ninho estranho em minha bochecha e consigo notar que ainda havia resíduos da sombra dourada em minhas pálpebras assim como do rímel borrado abaixo dos meus olhos.

Lavo o rosto, retirando todo rastro de maquiagem presente em minha pele e escovo meus dentes.

Saio do banheiro e só agora noto que eu ainda estava usando o vestido dourado da noite passada.

Me analiso no espelho da penteadeira, jogando meus fios loiros para trás e fechando os olhos por alguns segundos, tentando me lembrar de como eu cheguei em casa.

Mas a única coisa que recordo é de Preston e eu sentado na guia da calçada tomando Uísque.

Ouço mais uma vez minha mãe gritando por mim, interrompendo meus pensamentos.

Suspiro e olho para o relógio eletrônico pousado na mesa de cabeceira ao lado da minha cama.

Três e vinte cinco da tarde.

Vou para a porta, me direcionando para a escada e descendo os degraus vagarosamente, dando de cara com uma repleta bagunça de copos de bebidas espalhado pelo chão e sobre os móveis, assim como restos de comida sujando os sofás e o carpete bege.

Olho para minha mãe, que está de braços cruzados, esperando uma explicação da minha parte para justificar a situação que a casa estava.

— O que aconteceu aqui Audrey? — Nora pergunta com um tom extremamente irritado.

— Eu... — mordo os lábios, levando meus olhos para cada parte da sala, descendo os últimos três degraus — me desculpa mãe as coisas... saíram do controle.

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