29. Me promete que vai levá-la por mim

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Cafeteria Myers, sábado, 09:10AM

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Cafeteria Myers, sábado, 09:10AM

O garoto de óculos de grau e olhos azuis que está sempre  por detrás do balcão atendendo e anotando os pedidos, coloca a terceira xícara de café expresso a minha frente. 

— Obrigado. — Agradeço, bebericando o líquido quente.

— Você é o Preston, não é? 

Pouso a porcelana sobre a mesa, intrigado com a pergunta inesperada do garoto.

— É sou eu. Por que a pergunta? 

— Audrey estava te procurando aqui há uns dias.

Arqueio as sobrancelhas, surpreso.  

— Mesmo?

— É, ela vinha diariamente e sempre perguntava se eu tinha te visto, mas fazia tempo que você não aparecia.

— E ela veio hoje? 

— Não. Sendo sincero ela também sumiu. Não vem há uns dias, o que é estranho, já que ela adora esse lugar. 

Encaro o estofado vermelho e vazio do outro lado da mesa. 

— Entendi. Valeu por... avisar sobre ela. — Encaro o garoto, vendo seu nome estampado como Ethan em um broche grudado em seu peito esquerdo. 

— Tá bem se precisar de algo mais é só chamar. — Aponta para o meu café e se afasta de costas, indo para o balcão. 

Esquento minhas mãos na xícara branca, fitando a mesa e imaginando no quanto fiz mal a Audrey por não atender suas ligações e nem responder suas mensagens a ponto de fazê-la vir aqui a minha procura apenas para o que sugiro, consertar as coisas entre nós e se explicar de alguma maneira. 

— Olá, garoto Preston. — Uma silhueta feminina se senta no estofado a minha frente e eu ergo os olhos, encontrando Casey me encarando. 

— Oi, Casey. Que milagre te ver por aqui.

Ela dá de ombros.

— Venho com a Audrey de vez em quando.

— É um milagre também não está com ela. Estão sempre grudadas. 

— É eu sei, mas ultimamente ela está preferindo ficar sozinha. Palavras dela.  

Uma garçonete com um sorriso mínimo chega a nossa mesa e olha para a morena. 

— Quer fazer seu pedido agora? 

— Claro, eu quero um cappuccino com chocolate e bastante chantilly. — A menina anota e logo sai. Casey se inclina na mesa, cruzando os braços cobertos por um casaco fechado de pelos brancos e gola alta, sobre a mesa. — O que aconteceu, Preston? 

— Você não sabe? 

— Não o suficiente para entender. Há semanas a Audrey está melancólica com tudo e nem sequer consegue me contar algo coerente, porque a todo instante chora quando vai dizer. — Olha para o tempo nublado através da grande vidraça da cafeteria. — Desde quando a conheço, eu nunca a vi tão mal. — Me olha e sinto culpa por Hayes está nessas condições. 

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