CAPÍTULO 10

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Harley gozou nas calças. Isso que dava ficar beijando fêmeas no meio da estrada. Nunca imaginou fazer isso, nem em seus piores sonhos. Amy desceu as pernas e sorriu. Ela estava tão bonita com os cabelos revoltos, os olhos brilhando e os lábios vermelhos e inchados pelos beijos dele. Seu pau, aquele traidor, começou a endurecer de novo. Tinha de levá-la para a cabana dele. Lá, depois de um banho Harley mostraria a ela porque merecia o título de melhor amante de todos.
Continuaram andando em silêncio. Ele se lembrava dela mais falante, mas contando tudo pelo que ela passou nas mãos do doutor louco, era de se esperar que ela estivesse silenciosa mesmo.
Harley dava graças a Deus (ele, diferente dos outros, acreditava em Deus), que ela fosse totalmente humana, pois ele deveria estar cheirando muito mal depois daquela senhora gozada nas calças.
Chegando em sua cabana, Brass estava sentado na varanda. Droga! Se fosse Moon ainda daria para negociar.
O macho inspirou o ar. E o sorriso na cara dele fez Harley considerar se o desafiava ou não.
"Ora, ora, ora! Abrindo champanhe de novo, Harley? E dentro das calças?"
Harley não iria discutir, ficaria pior. Pelo menos, ela pareceu não entender.
"Olá, meu nome é Brass. Estou aqui para levá-la ao nosso complexo hospitalar, pois os idiotas que a resgataram, não pensaram que você deveria ser examinada.
"Ela vai ficar, não precisa de hospital."
Harley experimentou um pouco de pânico pela ideia dela ir. Era algo para analisar depois, mas não gostou do sentimento. Sentir desejo por ela? Sim, sem problemas. Mas ficar desesperado por ter de vê-la ir mesmo que temporariamente? Não, mas não mesmo!
"Justice insiste. Ele está num helicóptero, vindo pra cá."
Harley olhou para ela. Ela devia ser alguém importante ou Justice não tiraria sua bunda, nem de Homeland, nem da cama de Jessie.
"Eu estou bem. Não precisa se preocupar senhor Brass. Eu só quero descansar um pouco."
"Bem, senhorita Delacour, Justice me pediu encarecidamente que a convencesse a passar pelo Hospital. A senhorita é uma pessoa importante em Nova York, pelo que eu sei, então um exame geral é uma exigência da polícia. Pode fazer em nosso hospital com a melhor médica do mundo, ou no hospital da cidade mais próxima."
"Está bem, então." Ela baixou a cabeça.
Harley mal ouviu a resposta dela. Havia um enxame de perguntas chiando na cabeça dele. E a primeira era:
"Senhorita Delacour? Seu nome não é Amy Simpson?" Se mentiu sobre o nome, sobre o que mais ela teria mentindo?
"Simpson, como o desenho?" Harley quase deu um soco em Brass. Mas era o que ele tinha pensado.
"Eu não quis dar meu nome, eu não te conhecia."
"E parece que não te conheço também. Leve-a, por favor, Brass." Ela abriu a boca, deveria querer dizer alguma coisa, mas a fechou. Não havia desculpa para a mentira. Abriu a porta entrou e a fechou, do jeito que deu, ainda não a tinha consertado.
Em casa, na sala, o celular estava tocando. Eles não tinham levado os celulares. Era Justice.
"Fala, Justice." Com certeza, o líder do seu povo teria algumas respostas.
"Harley, que bom ouví-lo. Parabéns pela missão bem sucedida. Eu tenho muito orgulho de me considerar seu irmão. Vocês foram efetivos e ainda resgataram mais um dos nossos."
O Nova Espécie, capacho do doutor. Vengeance estaria com as mãos cheias com ele. Harley esperava poder ajudar.
"Mas o que eu tenho a dizer, não é muito agradável, Harley. Eu gostaria de dizer que eu não vou entregá-la antes de ouví-la. Vengeance me contou que vocês parecem envolvidos."
"Entregar quem?"
"Amy Delacour. Ela é acusada de dar um desfalque milionário na empresa de perfumes do falecido pai dela."
Como assim? Ela tinha roubado a empresa? Mas se era do pai dela, não seria dela também?
"Justice, eu não sabia. Como você ficou sabendo?"
"Kat. Darkness pediu para ela puxar a ficha da senhorita Delacour. E fica pior, Harley. Alguém ligou para a polícia dizendo que a viu entrar pelos nossos portões. A delegacia que investiga o desaparecimento dela me ligou perguntando se poderia dar uma busca na Reserva."
"O que você disse?"
"Que sim, mas que eu estaria presente. Não se preocupe, Harley. Se ela não for culpada, iremos ajudar. Estarei aí em duas horas."
Tudo girava dentro da cabeça dele. Tinha que se livrar daquele cheiro, e confrontá-la.
Tomou um banho rápido, vestiu um jeans velho, rasgado, uma das sua camisetas, botas e saiu correndo em direção ao hospital.

HarleyOnde histórias criam vida. Descubra agora