Lawliet • Filho

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Como vocês ainda não se recuperaram da última imagem, neste capítulo não teremos imagem.

Ponto de vista da [nome]

- Eu vou te quebrar, seu arrombado!!! - Eu e Lawliet estávamos na cozinha, fazendo bolo, quando diversas ameaças começaram a ecoar pela casa. Nós nos olhamos assustados antes de corrermos para o quarto de nossos filhos. Entramos desesperados no quarto e nos deparamos com Mello segurando Near pela gola da camiseta. O loiro estava vermelho de raiva, ele xingava o irmão freneticamente.

- O quê que tá acontecendo aqui?! - Questionou Lawliet nervoso.

- Esse imbecil se acha melhor que eu! - Exclamou Mello levantando o platinado no alto, pela gola da camisa.

- SOLTA O SEU IRMÃO, AGORA! - Gritei irritada enquanto me aproximava deles.

- ELE NÃO É MEU IRMÃO! - Gritou Mello me encarando. Eu simplesmente odeio quando Mello diz isso, ele sabe que é adotado, e nunca perde uma oportunidade de nos lembrar disso. Eu estou sempre tentando mostrar que o amo tanto quanto Near, que é meu filho legítimo, mas ele parece não se importar.

- Não grita com a sua mãe! - Gritou Lawliet puxando o menino pelo braço, o que fez o loiro soltar Near. Assim que o platinado encostou o pé no chão, ele correu até mim e pediu colo, o peguei rapidamente, ele parecia assustado.

- Ela não é minha mãe, você não é meu pai, vocês não são minha família! - Gritou Mello com os olhos marejados. Meu coração se quebrou em mil e um pedacinhos ao ouvir isso. Como ele poderia dizer isso? Comecei a chorar por ouvir tais palavras.

- Mello... - L o encarou triste antes de soltar o menino. O loiro correu para o banheiro desesperado, ele odeia que as pessoas o vejam chorando.
- Vem, querida, é melhor deixarmos ele sozinho por um tempo - Lawliet se aproximou de mim e passou seus braços por meus ombros, ele nos conduziu para fora do quarto.

Me sentei no sofá com Near ainda em meus braços, Lawliet se sentou ao meu lado e nós permanecemos em silêncio. Dói muito ouvir Mello dizer essas coisas, L e eu o amamos tanto quanto Near. Como ele pode não enxergar isso?

- Mamãe, por que o Mello não gosta de mim? - Perguntou Near, me encarando com um olhar triste.

- O, meu amor, ele gosta sim... Seu irmão só está um pouco estressado. Que tal você dormir com a mamãe e o papai hoje? Seu irmão precisa de espaço... Você entende? - Questionei tentando controlar as lágrimas que queriam a todo custo rolar por meu rosto.

- Tá bom, mamãe - Ele voltou a afundar seu rosto em meus peitos.

- A gente precisa falar com ele - L falou baixinho, para que apenas eu ouvisse.

- Vou colocar o Near na cama, aí a gente vai lá. Pode ser? - Questionei triste e o moreno assentiu. Lawliet deixou um beijo carinhoso em minha testa antes que eu levantasse. Levei Near para o meu quarto e o coloquei para dormir, depois de alguns minutos, o platinado já se encontrava no quinto sono. Voltei até a sala e encontrei L jogado no sofá, o moreno parecia aflito. Me aproximei e me sentei em seu colo, o moreno se assustou, mas quando viu que era eu, levou uma de minhas mãos até seus lábios e deixou um beijo na mesma.

- Eu sei que você ficou chateada com o que o Mello disse... - L quebrou o silêncio que se fazia presente entre nós.
- Não fique. Mello fala sem pensar as vezes... Eu sei que ele não falou sério, conheço meu filho melhor do que ninguém, e se tem uma pessoa que ele ama, esse alguém é você. - L dizia enquanto me entregava sorrisos tranquilizadores.

- Aí, meu amor... Eu fico preocupada... Esse ciúmes excessivo que ele tem do Near... - Falei cabisbaixa.

- Eu tenho uma ideia, que tal a gente levar os meninos no parque esse fim de semana? - Questionou L e um sorriso se fez presente em meu rosto.
- A gente compra bastante chocolate, porque convenhamos, esses meninos são movidos a doce - Disse Lawliet e eu rachei o bico de rir.

- O sujo falando do mal lavado - Falei tentando recuperar o fôlego.

- Ei! - L se levantou e mordeu meu ombro, como sinal de revolta.

- Aaahhh... - Acabei gemendo no meio da nossa brincadeira. Esse cara não entende que só de respirar, ele já me faz sentir coisas.

- Que tal a gente deixar as crianças pra outro dia... Estou com outra coisa em mente - Sussurrou o diabético no meu ouvido, confesso que analisei bem a proposta... Mas Mello estava precisando da gente agora.

- Outra hora, querido... Vamos lá, falar com Mello - Um bico se fez presente no rosto do moreno, mas ele concordou e nós fomos até o quarto do mais novo.

Toc toc

Batemos de leve na porta e entramos aos poucos, Mello estava sentado na cama, com a cabeça entre os joelhos, o loiro soluçava de tanto chorar. Me aproximei dele e me sentei ao seu lado, L se sentou do outro lado e nós mantivemos o silêncio.

- Me desculpa, mamãe - Pediu Mello ainda com a cabeça entre os joelhos.

- Não precisa se desculpar, meu amor... - Falei e o puxei para os meus braços, o menino veio sem nenhuma hesitação. Ele afundou seu rostinho nos meus peitos, acariciei suas costas e L levou os dedos até a cabeça do menino, aonde depositou um beijo.

- Não quero mais te ouvir falar que não somos sua família. Estamos entendido? - Lawliet disse sério. Confesso que o papel de pai bravo pertence ao L, eu não consigo brigar com meus garotinhos... Já o L, sabe ser rígido quando preciso.

- Sim... Pai - Respondeu Mello e meu coração ficou quentinho, eram raras as vezes que Mello chamava L de pai.

- Agora que tá tudo resolvido, eu estava pensando se esse garotão não quer ir no parque esse fim de semana...? - Dei a ideia e Mello deu um pulo, ficando de pé na cama, um sorriso de orelha a orelha se fez presente em seu rostinho.

- Eu quero! Quero muito! - Ele disse empolgado e eu ri, amo ver ele com os olhinhos brilhando.

- Tudo bem, tudo bem. Nós vamos, mas com uma condição - Disse Lawliet arrancando um olhar decepcionado de Mello.
- Não quero você brigando com o seu irmão - L disse sério e o Mello bufou.
- Você bufou pra mim?! - O moreno olhou o filho incrédulo antes de pular em cima dele e começar uma sessão de cosquinhas.

- HAHAHAHAHAHA, NÃO, PAPAI! EU NÃO BUFEI! HAHAHAHAHAHHA, ME AJUDA, MAMÃE! - Pediu Mello desesperado, assim que ouvi seu pedido de ajuda, comecei a fazer no L. Nós três estávamos rindo a beça, quando Near entrou no quarto.

- Estavam brincando sem mim? - Questionou o platinado.
- Sacanagem - Disse ele pulando na cama, o platinado começou a ajudar Lawliet a fazer cócegas no irmão.

- PARA, SEU TAMPINHA, HAHAHAHAHA, PAREM! AJUDA, MAMÃE! - Mello gritava feliz enquanto ria. O Mello nem sempre é fácil de se lidar, o menino tem um gênero forte, nada comparado a mim ou Lawliet, mas isso nunca vai mudar o fato de que ele é o nosso filho. Ele pode não ter nosso sangue, mas tem nosso coração, e isso já basta.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞, 𝚊𝚗𝚒𝚖𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora