O grande dia chegou. O meu dia. O dia pelo qual esperei seis longos meses para chegar. Este dia é, o dia na qual farei meu melhor amigo se tornar o meu marido. Crescemos juntos, vivemos anos e anos ao lado um do outro e, agora, finalmente poderei dizer a todos que ele é o MEU MARIDO.
De frente a enorme igreja construído por tijolos marleyanos, eu me via imensamente feliz. Quando as portas se abrissem, meus olhos seriam capazes de ver todos os meus amigos, Eldianos e Marleyanos, seriam capazes também de enxergar um altar lindo decorado por Mikasa e Rainer. Mas o mais importante, eu também veria o meu grande amor ao lado de seus padrinhos apenas esperando para me ter.
— filha — papai colocou as mãos nos meus ombros me obrigando a encara-lo. — não precisar ficar nervosa. — ele sabe exatamente o que se passa pela minha cabeça.
— não estou, papai, é só que... — desviei o olhar. Nem se eu quisesse saberia explicar toda a onde de sentimentos que estou sentindo.
— só que nada. Você ama aquele rapaz e ele a ama, eu sei muito bem. — sorri boba.
— você acha que ele está feliz? — questionei.
— sinceramente? — disse que sim com a cabeça. — eu acho que ele irá se debulhar em lágrimas quando te vir. — meu velhote diza feliz. Armin, meu futuro marido é muito amado por meu pai. Já que o mesmo o conhece desde criança.
— não aceito menos que isso... — rimos leves, deixando um silêncio pairar por uns instantes.
— sua mãe estaria orgulhosa do homem bom que você escolheu se casar. — oh, mamãe... te perdi faz tantos anos... fui incapaz de conter algumas lágrimas. — querida, encare está porta — ele apontou para imensa porta de madeira da igreja. — como a porta da sua felicidade.
— ah, pai... — nos abraçamos apertados. Papai me apertou contra seu peito todo emotivo. Por mais que ele ame Armin, nunca imaginou que eu fosse me casar algum dia. — estou pronta.
Nos viramos de frente a porta, que logo foi aberta por alguns soldados que apenas aguardavam as ordens de papai para abrir.
Estavam todos lá... me olhando, me esperando. Mikasa, minha madrinha, esperava ao lado direito do padre. E ao lado de Armin estava Eren, chorando como uma criança.
Armin me olhava como cara de quem não estava acreditando que este finalmente havia chegado. Seus enormes olhos azuis me invadiram. Sem liberar minha voz, eu sussurrei um "eu te amo" para Armin assim que cheguei ao seu encontro no altar. Todo vermelho e em choque suas mãos seguraram as minhas.
— desculpa, não dá — disse Armin em um tom relativamente alta.
— o-o que não dá? — nesse instante eu pensei que ele desistiria do casamento ali, diante de todos, mas o que veio a seguir foi o que marcou nosso casamento para o resto da vida.
— eu também te amo, amo muito, amo tanto que dói no meu peito — ele começou a chorar ao ponto de chegar a soluçar. — desculpa, desculpa — ele pedi com os dedos nos olhos, tentando impedir que mais pessoas vissem suas lágrimas.
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— Armin... — o fiz tirar a mão do rosto para limpar suas lágrimas insaciáveis. Ele sorriu tímido.
— tudo bem, padre. Nos case logo, por favor. Quero chamar essa mulher de minha esposa o quanto antes. — todos riram na igreja com a sinceridade do loiro, que neste momento sorriso de orelha a orelha.
— tudo bem, vamos lá — disse o padre. — Bendito és tu que fazes o casal se alegrar, um com o outro. Abençoamos a Deus por nos dar alegria e felicidade, noiva e noivo, música, alegria e regozijo, amor e harmonia, paz e companheirismo; e agradecemos a Deus por permitir que esta noiva e noivo se alegrem juntos. — eu mal ouvia o padre, pois Armin e eu conversávamos através dos nossos olhares animados. Eu gritava que era louca por ele e o mesmo gritava de volta através dos nossos apertos mais fortes de mãos. — Sn Braun, faça seus votos. — quebramos nosso contato para que eu pudesse pegar as alianças que Mikasa trouxe até mim.
— ah... — suspirei. — sequer sei por onde começar. Bom, Armin, eu te admiro demais, além do homem mais lindo do mundo, consegue ser também ser a pessoa mais gentil, carinhosa e amorosa que conheço. Você não se importa se colocará sua vida em risco para salvar nossos amigos, você não tem medo de nada quando o assunto é a nossa família... — olhei nosso bebê nos braços de Reiner que estava sentado na primeira fileira. — você chora quando sente vontade sem ligar para as outras pessoas vão pensar... provando o que é ser um homem de verdade. E eu te amo por isso. — coloquei a aliança no seu dedo.
— senhor Arlert — o padre passou a vez para o meu futuro marido.
— Sn... você é forte. Muito forte. Não só em força bruta, mas é forte emocionalmente também. Te vi aguentar coisa que eu jamais aguentaria. Minha admiração só cresceu vendo você tornar escolhas impossíveis em escolhas fáceis... mesmo não sendo. Eu... — ele deu um longo suspiro. — eu quero ser forte por você, pra você. Quero ser sua válvula de escape. Quero que sinta que ao meu lado você pode descansar, quero principalmente ser seu apoio. — as lágrimas voltando. Ele finalizou olhando para nossa filha, que Reiner esmagava por não saber segurar corretamente.
— então se há algum contra está união, fale agora, ou cale-se para sem... — o padre ia finalizar sua fala quando Reiner deu a entender que tinha algo a falar.
— cala boca, peitudo! — ordenou Mikasa fazendo todos rirem.
A cerimônia ocorreu de forma alegre e leve. Todos riram bastante, beberam e festejaram. Tudo foi perfeito. Nunca imaginei me apaixonar por aquele menino chorão dos cadetes, mas quando o conheci, pude ver que o seu coração era o que tinha de mais preciso. É por esse seu jeito sensível e sincero pela qual me caso com ele hoje.
