𝐈𝐭𝐚𝐜𝐡𝐢 𝐔𝐜𝐡𝐢𝐡𝐚 | 𝐄𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐚 𝐋𝐮𝐚 𝐄́ 𝐕𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐚

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𝓐 noite estava tranquila no pátio do clã Uchiha. A brisa leve balançava as folhas das árvores, e o riso de uma criança ecoava suave no ar. S/N observava em silêncio da varanda alta. O pequeno menino, de oito anos, ria animado nas costas de Sasuke — ainda jovem, ainda inconsciente da dor que o tempo traria.

Itachi, sentado ao lado dela, falou baixo:

— Lembro de quando era eu quem carregava Sasuke assim.

S/N permaneceu em silêncio. Não porque não tivesse o que dizer, mas porque dentro dela havia um vazio difícil de nomear. O tempo ali parecia preso num quadro bonito demais para ser real.

— S/N... — ele a chamou, a voz doce, como se temesse quebrá-la.

Ela virou o rosto devagar, forçando um sorriso gentil.

— Desculpe... sim, eles são fofos.

Itachi retribuiu com um sorriso fraco. Então se levantou, com a mesma leveza com que sempre saía de cena, e caminhou de volta para dentro da casa.

S/N ficou ali.

Sozinha.

O riso das crianças ainda preenchia o ar, mas para ela soava distante. O mundo estava quieto demais. Perfeito demais. O tipo de paz que ela sabia que não durava — porque nunca durou.

Ela ergueu o olhar para o céu, e ali estava a lua. Vermelha.

Não era um presságio

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Não era um presságio. Era uma confirmação.

A mente dela sussurrou o nome que ele não disse.

𝐓𝐬𝐮𝐤𝐮𝐲𝐨𝐦𝐢.

Aquela lua rubra... o tempo parado... a ausência de dor real. S/N se deu conta: não estava acordada. Estava vivendo dentro dos olhos dele. Dentro de uma ilusão construída com carinho, com medo, com amor — mas ainda assim, uma ilusão.

Ela suspirou, o olhar calmo.

Itachi... você acha que eu não descobriria? — pensou.

As crianças riam. A brisa soprava. Mas não era o mundo.

Era só um desejo.

E, mesmo assim, ela sorriu.

Porque no fundo... se era ali que ele queria mantê-la, era porque não suportava vê-la sofrendo.

E ela também o amava demais para destruí-lo com a verdade.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞, 𝚊𝚗𝚒𝚖𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora