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𝙽𝚊𝚛𝚛𝚊𝚍𝚘𝚛𝚊
O céu de Konoha ardia em tons de laranja e vermelho quando o rugido da Kyūbi rompeu o ar como um trovão rasgando o silêncio. No coração da vila, destruição e desespero se espalhavam como fogo em palha seca. Entre os gritos e o caos, uma figura correu entre os escombros, os olhos cinzentos arregalados de pavor. Kakashi Hatake sabia que estava atrasado.
Quando chegou ao lar dos Namikaze, o cenário era brutal demais até mesmo para um shinobi acostumado à guerra. Minato e Kushina estavam caídos, protegendo algo... ou alguém. Entre os destroços, uma garota de cabelos castanhos curtos e pele clara. Ensanguentada, o corpo pequeno tentando fazer frente a um destino maior do que ela.
E os pais, ao que parecia, lutando para impedir o pior, ainda que inevitável.
— SN... — sussurrou Kakashi, ajoelhando-se ao lado dela.
Ela ainda respirava. Fraca, mas viva.
Com o coração em pedaços e o manto do dever se desfiando em culpa, ele a carregou até o hospital. Seu sangue manchava as luvas dele, o rosto sujo pela fuligem da vila em ruínas.
E foi ali, naquele leito frio, que Kakashi caiu de joelhos, segurando a mão dela entre as suas.
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— Me perdoa... Eu devia ter chegado antes... — disse ele, com as lágrimas escorrendo entre os fios brancos, misturando-se ao sangue seco no lençol. Um lençol que outros shinobis haviam colocado sobre a garota, já que suas roupas haviam sido destruídas pela guerra.
Desesperado, ele correu com a pequena em seus braços. Outros shinobis arrastavam os corpos dos Namikaze, e uma jōnin segurava o bebê Naruto.
Durante sete meses, ele permaneceu ao lado dela. Não como um jōnin, não como um shinobi... mas como um homem que falhou, que amava em silêncio.
Ela dormia, inconsciente de tudo: da morte dos pais, do nascimento do irmão, do sacrifício e da paz forjada no fogo.
E Kakashi... ele guardava tudo para si. Porque amar era fácil. Dizer isso em voz alta? Era mais difícil que qualquer batalha que já travara.