Jean Kirstein • finalmente juntos

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Parte 3🐂 | fim.
Ponto de vista da Sn

O sol acordou quase que no mesmo instante que eu, foi uma sincronia perfeita. Jean estava adormecido no sofá comigo sobre ele. Minha cabeça em seu peito me dava uma audição privilegiada de seu coração batendo, ele ia acelerando conforme eu me mexia.

 Minha cabeça em seu peito me dava uma audição privilegiada de seu coração batendo, ele ia acelerando conforme eu me mexia

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— Jean... — o chamei ainda com a cabeça sobre seu peitoral firme.

— hum...
— ele murmurou algo, mas sem sinal de vida. Resolvi tentar acordá-lo de forma mais gentil e calma, levando meus lábios sobre os seus, deixando um beijo leve e com doçura. Notei ter tido vitória na minha missão ao senti-lo me beijar de volta.

— resolveu acordar? — questionei apoiando meu queixo sobre seu torax para poder o encarar melhor. Seus lábios me ofereceram um sorriso gentil, mas com certa malícia nas entre linhas.
— dormiu bem?

— tem como dormir mal estando na sua companhia? — disse, me arrancando um sorriso tímido. Suas mãos subiram pelas minhas costas as cariciando, até encontrar meus cabelos, na onde ele enrolou as pontas com delicadeza.

— onde estava este gentleman ontem a noite? — perguntei curiosa, o deixando meio desconcertado.

— se continuar reclamando vou trazer o cara de ontem a noite à tona de novo. — argumentou ele se apoiando nos cotovelos para se escorar no ombro do sofá, me puxando mais para cima de si.

— era pra ser uma ameaça? — sorri divertida levando meus lábios aos seus. Nos beijamos calmamente, com carinho, mas com um certo vigor também, quando de repente Jean parou bruscamente me encarando sério.

— Sn... — o olhei com atenção, um pouco nervosa por suas próximas palavras.

— por favor, diga qualquer coisa, menos que se arrepende da noite passada. — supliquei mais para Deus do que para ele. Ele soltou uma risada afogosa e simples.

— a noite passada foi... muito especial para mim. — ao ouvir isso um suspiro de alívio foi arrancado de mim.

— oh, Jean... pra mim também foi...

— eu nunca imaginei que... me sentiria assim, como me sinto com você, de novo. — o encarei surpresa. "De novo"? O que será que ele quis dizer com isso?
— eu digo isso porque... de verdade, Sn, você apareceu na minha vida a tantos anos atrás, mas de uns tempos para cá... tudo tem sido diferente. Eu sinto que você mexe comigo só pelo jeito que me olha e confesso que isso me deixa louco. — sua boca ia soltando as palavras de forma desleixada, mas afetiva. Era como se ele mal soubesse por onde começar.

— Jean, é recíproco. — o cortei atraindo um olhar surpreso.
— bom, eu sempre fui muito emocionada em relação a relacionamentos e etc, mas... com você era diferente. Desde menina eu já... te via com outros olhos. Você era engraçado, gentil com seus amigos, atencioso... sua relação com a Sasha e com o Connie é algo que eu admiro muito. E saber agora, depois de tanto tempo, que você me enxerga assim também... é muito bom. — soltei essa enxurrada sobre ele, o fazendo trocar de expressões mais rápido do que eu troco de sapatos.

— eu quero que tenhamos algo sério. — ele disse com tanta sutileza que eu mal me assustei. Meu real sentimento foi ansiedade, pois ansiei em grita que eu também queria, porém, me contive.

— eu também... — me olhou com ternura, mas não durou, pois seu olhar se desfez ao meu "mas".
— mas... eu quero... não, preciso saber sobre ontem, na academia, eu preciso saber o porque daquela reação. Foi o que eu disse?

— não seja boba, se eu fosse ficar puto com todas as merdas que você diz... — brincou tirando uma mecha do meu cabelo do meu rosto.
— sn, se vamos começar algo, quero que sejamos sinceros, sempre. — concordei.
— então... sou eu quem começo. Meu motivo de ter ficado daquele jeito, ontem, foi você. — ao ouvir isso me levantei de seu colo em um pulo, ficando apenas sentada sobre ele com a espinha reta enquanto meu rosto estava em choque.
— não, não, calma... — ele se levantou também passando os braços ao redor do meu quadril.
— Sn, eu já fui casado. E minha esposa, ela... era como você... cheia de vida, feliz e de bem com a vida. Te ouvir brincar daquele jeito, como se nada de ruim existisse... me fez lembrar dela. — ele dizia sem me encarar nos olhos.
— Eu demorei muitos anos para conseguir seguir em frente, você foi a primeira pessoa com a qual tentei e... pelo fato de você ser como ela, me fez sentir, que de alguma forma você seja a pessoa certa. — ouvir aquilo foi a coisa mais única que alguém já me disse. Levei minhas mãos até suas bochechas e o forcei a me olhar nos olhos.

— isso foi a coisa mais fofa que alguém já me disse. — ele sorriu aliviado.

— desculpa jogar isso em você. Não quero que pense que estou te comparando nem nada do tipo... — o cortei com vários beijinhos na bochecha, na ideia de mostrar que estava tudo bem.

— Jean, eu fico feliz que eu te lembre alguém pela qual já teve tanto carinho. A não ser que ela esteja viva, aí seria estranho.

— não está... — lamentou, me fazendo odiar a mim mesma por ter mencionado seu paradeiro de forma tão indelicada.
— ela se foi a muito tempo. Titans.

— eu sinto muito... — lamentei culpada.

— tá tudo bem... eu só quero poder começar de novo, com você. — ele apoiou sua cabeça sobre o colo dos meus seios e eu a abracei, fazendo um cafuné delicado sobre seus fios longos e sedosos.

— eu prometo fazer dar certo. — murmurei deitando minha cabeça sobre a sua. Ficamos ali, assim, agarradinhos, por cerca de uns 5minutos, até ouvirmos algum amaldiçoado tocas à campainha.

— Sn, sou eu, tio Erwin. Ouvi vozes. Tem alguém aí com você? — encarei Jean apreensiva.

— se não quiser contar ainda eu posso me esconder no quarto.

— eu quero contar agora. — ele sorriu se levantando comigo nos braços. Eu não poderia esperar por mais nenhum segundo, eu estava... louca para gritar para o mundo que eu finalmente estava namorando Jean Kirstein.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞, 𝚊𝚗𝚒𝚖𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora