A menina andava desesperada pelo seu quarto, como foi fazer uma burrada dessas? Como iria contar para sua família agora?
Como sua mãe reagiria ao saber da estupidez que ela fizera. Sempre teve muita cautela em como agir perto da mãe, como em obedecer - lá mas como contaria para mesma.
A menina de cabelos negros respira fundo olhando para o reflexo no espelho, tinha que que tomar uma decisão, não poderia guardar este segredo para sempre dentro de sua alma.
Então com o último fio de coragem que lhe restava, caminha até a porta decidida a acabar com esse segredo que a atormentava a alma. Infelizmente antes que a pobre menina tocasse na maçaneta da porta, a mesma se abre revelando uma mulher furiosa.
— Mãe, eu preciso falar uma coisa. — Antes que a menina continue, pôde se ouvir pelo quarto, um estralo alto. Sua mãe acabará de lhe dar um tapa.
— É verdade?! Diga me que não é verdade! — A menina recuava assustada com a reação da mãe.
— Mãe! Me deixe explicar! — A menina implorava a mulher de cabelos loiros a sua frente.
— Então é verdade? Sua sem vergonha! Eu quero você hoje longe daqui! — Puxando a menina pelo braço com força que deixaria uma marca tanto na pele, como na alma da garota, conduz a menina para fora da casa onde um dia, foi seu lar.
— Mamãe! Por favor, não faça isso. — A menina implorava com seus olhos castanhos que outrora eram tão brilhantes como as estrelas no céu.
Com um empurrão de sua mãe, nem devemos chama - lá assim caro leitor (a), a menina cai no chão se sentindo humilhada por alguém que devia ama - lá incondicionalmente.
— Pegue suas coisas e saia da frente da minha vista. Eu não quero ver você nunca mais, você é a vergonha para esta família. — A mulher fala isso ao jogar uma mala para sua filha que chora angustiada.
A pobre menina pega suas coisas e caminha sem rumo, não sabia para onde ir nem tinha dinheiro para dormir em algum lugar.
Além do seu estado de desespero tinha o medo, medo do futuro, não sabia o que iria fazer, e nem como agir agora por conta própria, até porque só tinha 20 anos.
Dor. Era tudo o que a jovem sentia, sua respiração falha a fazia andar mais devagar pela floresta, onde ia se apoiando nas árvores.
Até que encontra um local para se sentar, a dor que a cortava por dentro a fazia gritar, gritar por tudo, pela a humilhação da mãe e das pessoas, pelo desamparo, pelo medo que sentia.
Com um grito de angústia e dor, a mesma pega em seus braços, a consequência de sua expulsão de casa, dos olhares e desrespeito das pessoas.
Sem vida, sem respiração, sem choro, a menina que naquele momento se tornaria mãe, pega seu bebê em seus braços o colocando em seu peito, lamentando pela vida do inocente que havia lhe sido tirada.
Respiração falha. Olhos que outrora tinha vida, agora, pesados demais para deixa - lós abertos. Última respiração dada com a criança em seus braços.
Então levemente, como uma pena, a borboleta pousa nos olhos da agora, mulher, lhe trazendo a vida ao qual ela lamentava ter perdido.
Então, ali naquela floresta, a jovem Inês, se torna uma lenda, se torna a famosa e temida Cuca, onde pela história, sequestra crianças mal criadas.
Porém, pelo a floresta, o inocente, chora alto, seu choro desperta os animais que se assustam pelo gritinho de fôlego que entra em seus pequenos pulmões.
Ali a vida retorna. Ali há um renascimento. Uma nova chance.
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É minha primeira história gente, espero que gostem.
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Efeito Borboleta
FanfictionInês sempre foi fechada, literalmente, pra todos. Mas com a volta do corpo seco, foi necessário uma abertura de alma afinal, seus amigos estavam sendo mortos. Como a mesma reagirá com a volta de uma pessoa que pensou ter perdido a muito tempo? �...