Inês sempre foi fechada, literalmente, pra todos.
Mas com a volta do corpo seco, foi necessário uma abertura de alma afinal, seus amigos estavam sendo mortos.
Como a mesma reagirá com a volta de uma pessoa que pensou ter perdido a muito tempo?
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— Mamãe, tô com dor de barriga. — Renata fala ao entrar na escola com Márcia.
— Filha, é só porque é a sua primeira vez em uma escola. Fica calma, na sua agenda tem o meu número, o número lá de casa além do número da delegacia, qualquer coisa é só pedir pra coordenadora ligar certo. — Renata assente, Márcia beija a testa da menina.
— Tchau mãe. — Renata acena para Márcia que manda beijos para menina que entra na sala de aula.
— Bom dia mocinha. — A professora orienta o local onde Renata pode se sentar.
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Inês suspira ao terminar de limpar a bagunça que Éric e Camila fizeram. Ela não entendia como podia dois adultos fazerem tanta bagunça.
— Aqui Inês, sua samambaia nova. — Éric e Camila falam ofegantes da caminhada que tiveram que fazer para achar a planta.
— Podem ir agora. — Inês fala colocando um pouco de chá de camomila, e haja camomila para aguentar aqueles dois, na xícara.
— Inês, tem alguém querendo falar com você. — Ibêre fala.
— Quem? — Inês pergunta olhando para a janela.
— Eu. — Inês prende a respiração ao ouvir a voz.
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— Você? — Inês olha para trás.
— Precisamos conversar Inês. — Márcia fala. — Como adultas.
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Renata anota o que a professora escreve na lousa. Estava tão concentrada em seu dever que não viu a borboleta azul entrar e pousar na sua mesa.
— Ei esquisita. — Renata olha para trás e ver um menino fazer careta para ela, a menina revira os olhos. Alguns segundos depois sente algo bater em suas costas.
A menina pega a bolinha de papel e ver o menino rindo com a turma lá do fundo.
— Que foi aberração? Vai chorar? — O menino começa a rir e Renata abaixa a cabeça. Porém alguém estava observando a menina, e podem ter certeza leitores, não gostou nadinha do que viu.
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— Você matriculou a minha filha sem minha opinião? — Inês pergunta para Márcia que respira fundo.
— Inês, a Renata precisava estudar. — Márcia fala calma.
— Quieta. — Inês fala fechando os olhos. Depois de alguns minutos a mesma os abre furiosa. — Minha filha não estuda mais naquela escola.
