A sombra no canto do quarto faz Renata se encolher mais ainda em sua cama. Sentia que sua mãe Inês estava dormindo no outro quarto mas é como se a mesma estivesse a quilômetros de distância.
— Olá filhote de entidade. — Uma voz grossa faz os pelos da nuca de Renata arrepiarem-se. Rafael estava agitado, como se quisesse ajudar a dona mas não conseguisse.
Renata tenta gritar mas não consegue. É como se sua voz estivesse presa em algum lugar do seu corpo. Então a sombra começa a caminha lentamente em sua direção fazendo a pobre menina arregalar os olhos. Aquela frieza e o medo a sufocam lentamente. Até que um uivo é ouvido.
A menina abre os olhos e ver que ainda é de noite. Madrugada mais precisamente. Com rapidez abre a janela deixando o ar fresco da madrugada entrar naquele cômodo fechado. Olha a lua e ver que a mesma está cheia.
Sem excitar, a menina assobia chamando seu pássaro que vem prontamente ao seu ombro. Sentindo uma força descomunal a mesma pula a janela vendo a grande altura que estava. Renata se sentia estranha, um estranho bom. Não sentia medo, nem nenhuma aflição, seu único desejo era de ir para a floresta do cedro, e assim fez.
A adolescente abre os braços e se joga do parapeito. A velocidade faz com que a menina se sinta livre. Antes de se chocar contra o chão, Renata se agarra em um tronco de uma árvore e cai em pé no chão. Respira fundo e começa a caminhar para a floresta do Cedro.
Tudo estava silencioso demais. Até que a mesma escuta novamente o uivo.
— Rafael. Vai. — Sua voz está mais firme. Mais imponente. O pássaro voa na escuridão a fora e com calma a menina vai em direção ao som outrora escutado.
De repente para sentindo a presença do outro ali. Com um olhar analisador olha ao redor vendo um coisa brilhante na moita.
— Se você acha que eu tenho medo de você, está muito enganado. — Renata fala ouvindo o bicho rosnar. — Você quer lutar cachorro? Então vamos lutar. — Renata fala entredentes.
A partir daí a luta que se da meus caros leitores foi difícil. O ser sem nenhuma excitação parte para cima de nossa entidade que espera o ataque do outro.
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Efeito Borboleta
FanfictionInês sempre foi fechada, literalmente, pra todos. Mas com a volta do corpo seco, foi necessário uma abertura de alma afinal, seus amigos estavam sendo mortos. Como a mesma reagirá com a volta de uma pessoa que pensou ter perdido a muito tempo? �...