Capitulo 4

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Inês caminha furiosa pelo seu quarto. Quem aquela humana pensava que era? Certo que tinha sido irresponsável com a sua filha mas ela tinha boas razões para não acreditar de primeira na menina.

Mas quando viu o colar que a garota tinha no pescoço, foi aí que acreditou, porque ela mesma tinha mandado fazer aquele colar tão precioso, fez para o seu bebê.

Então Inês decide ir até o apartamento de Márcia, queria ver sua filha, precisava ver sua filha, necessitava ver sua filha, não podia passar mais um minuto longe de Renata.

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Márcia chega em casa cansada, estava exausta tanto fisicamente como psicologicamente, a mulher caminha em direção a porta onde está cheias de pinturas de borboletas.

— Você se parece tanto com a Inês. — Márcia murmura.

A mulher entra no quarto devagar, com todo o cuidado possível para não acordar o seu bem mais precioso do mundo inteiro, incrível como em poucos dias a menina já ocupou tão rápido o seu coração.

Com cuidado, Márcia de senta na cama observando Renata, como tudo lembrava a Inês, o formato do rosto, o cabelos, os olhos.

— Mamãe? — Renata sussurra.

— Está tudo bem meu amor, volta a dormir, está tudo bem. — Márcia beija a têmpora de Renata que adormece novamente.

Márcia caminha para o seu quarto, entra no banheiro e começa a tomar um banho relaxante, respira fundo tentando imaginar como irá resolver as coisas.

Depois coloca seu pijama mais confortável e se deita na cama, não perderia sua noite confortável de sono por causa de Inês, sua filha estava bem e segura, e isso era tudo o que lhe importava.

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Inês chega ao apartamento de Márcia, olha para tudo bem atentamente então caminha em direção a primeira porta onde encontra Márcia dormindo serenamente.

Inês se aproxima lentamente da cama de Márcia, analisa a mulher, a cor da lua em contraste com o tom da pele de Márcia, a boca levemente entreaberta deixando a visão da mulher ainda mais atraente.

— Até que é bonita, para uma humana. — Inês murmura.

A entidade fecha lentamente a porta do quarto e olha para o corredor onde ver uma porta cheias de pinturas de borboletas.

Inês respira fundo e caminha lentamente até a porta, abre devagar e olha para o quarto escuro, onde ver sua filha dormindo tranquilamente na cama.

Lembranças da noite do nascimento de Renata invadem a mente de Inês que sente algo molhado em seu rosto, se aproxima lentamente da menina e sorrir.

— Oi minha filha. — Inês sussurra. — Me perdoa por tudo o que eu disse pra você.

Inês beija lentamente a bochecha de sua filha que se mexe na cama fazendo Inês respirar fundo e começar a cantar.

Nana neném, que a Cuca vem pegar, papai foi a roça, mamãe foi trabalhar. — Inês canta bem baixinho fazendo sua filha sorrir levemente, então se transforma em borboleta e voa para casa.

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Renata se levanta logo cedo pela manhã, a menina olha ao redor e ver um conjunto de roupa em cima da cadeira ao lado.

Era seu uniforme da escola, uma calça vermelha escura, a blusa era branca mas tinha um moletom vermelho para por em cima. Agora me diga, um moletom em pleno calor do Rio de Janeiro? Nem pensar que usaria aquilo.

Preferiu colocar só a calça e a blusa branca com detalhes vermelhos, calçou seu sapato e fez uma trança boxeadora no cabelo, estava muito calor aquele dia.

A menina correu para a cozinha onde já encontra a sua mãe de costas para a pia, se senta na cadeira e respira fundo tentando controlar a sua ansiedade.

— Quantas vezes eu já falei para não correr no corredor mocinha? Você pode cair e quebrar um braço ou uma perna. — Márcia coloca a jarra de suco de morango na mesa.

— Mas mamãe, eu esqueço e quando eu já vi, já estou correndo, é que eu estou muito ansiosa. — Renata fala rápido.

— Percebi, mas agora você vai tomar seu café da manhã porque não quero você desmaiando nos lugares. — Márcia fala e Renata começa a comer.

Depois que Renata termina, Márcia pega o lanche da menina e Renata pega sua mochila.

— Vamos? — Márcia chama Renata que vai a seu encontro.

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Inês acorda com dificuldade, escuta várias e várias batidas na porta fazendo a mulher bufar.

— Quem quer morrer em plena 6:00 horas da manhã? — Inês resmunga atendendo a porta dando de cara com Camila, Éric e Ibêre. — O que raios vocês querem?

— Viu? A bruxa está bem, agora podemos voltar e dormir? — Ibêre pergunta bocejando.

— Eu ainda arranco está sua língua, e enfio ela no seu..— Inês fala ríspida.

— Ei ei! Só queremos ver se você está bem Inês. — Éric se aproxima de Inês.

— Estou bem, só com sono, dor de cabeça do caralho e com uma vontade imensa de arrancar a cabeça de vocês e pendurar em uma estaca! —  Inês bate a porta na cara dos três.

— Essa mulher é louquinha da cabeça, se vocês quiserem morrer, fiquem aí. Curupira tem mais coisa pra fazer. — Ibêre começa a andar em direção a saída.

— Que coisas? — Camila pergunta confusa.

— Dormir bando de desajuizados. — Ibêre grita do corredor fazendo Eric e Camila revirar os olhos.

— ÉRIC E CAMILA! SE VOCÊS NÃO CAÍREM FORA DA FRENTE DA MINHA PORTA, EU VOU DE MADRUGADA NO QUARTOS DE VOCÊS E VOU PUXAR OS SEUS PÉS! A CUCA ESTÁ AVISANDO! — Inês grita fazendo Éric e Camila correrem para os seus quartos.

— Pega fogo! Ieeeeee! — Ibêre grita do quarto fazendo Inês revirar os olhos.

A mulher leva as mão lentamente até o colar que estava usando, não tinha dúvidas que Márcia estava cuidando de sua filha, e isso a deixava mais aliviada.

Tudo ficaria bem, ela só precisava pensar em uma abordagem certa sem assustar Renata, queria ser parte da vida da filha, e ela conseguiria, nem que fosse a última coisa que faria na vida dela.

— Merda Éric! Para de ser idiota! — Inês revira os olhos com o grito de Camila.

— Foi você que começou, jogando travesseiro em mim. — Inês fecha os olhos, até que ouviu algo quebrando.

— Éric, tu quebrou o jarro com samambaia da Inês?! — Inês abre os olhos rapidamente.

— ÉRIC! TU QUEBROU MINHA PLANTA FAVORITA! — Inês abre a porta do seu quarto indo rapidamente em direção a sala. Tudo ficaria bem no final.

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Voltei beberes.

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