O som molhado do meu traseiro colidindo com o membro de Thor era alucinante. Fazia pelo menos cinco minutos que ele investia contra mim sem parar, como uma fera que esteve enjaulada por muito tempo. Algumas gotas de suor caíam de sua testa até meu torso, misturando-se com a minha própria transpiração. Soltei um gemido sofrido ao senti-lo avançar seus quadris contra os meus mais forte, a ponto de sua glande quase atingir meu estômago.
Os movimentos aumentaram e segurei-me na cabeceira da cama em busca de algum apoio. Minha boca emitia sons involuntários enquanto o corpo do loiro não media esforços para se fundir com o meu. Ele rodeou meu membro rubro e inchado com sua mão grande e começou a estimulá-lo, fazendo-me chegar ao limite com mais um gemido abafado contra a palma da sua outra mão. Amoleci em seus braços conforme o líquido saía em jatos da minha intimidade.
Thor sorriu malandro e pegou uma amostra do meu sêmen no seu dedo indicador, saboreando-o como se fosse a melhor bebida que havia provado na vida. Revirei os olhos, embora não pudesse evitar a vermelhidão que se espalhou por minhas bochechas. Virei o rosto para que ele não pudesse perceber meu estado e com mais uma investida, Thor desmanchou-se dentro de mim.
— Você fica uma graça todo encabulado. — o loiro boquejou, buscando meus lábios para um beijo.
— Calado. — retruquei contra sua boca e soltei um som reprovador quando seu peso caiu sobre mim sem aviso. — Thor, seu brutamontes! Você pesa uma tonelada. — ele riu levemente, saindo de cima do meu corpo para deitar-se ao meu lado. Puxei o ar em meus pulmões dramaticamente, o que o fez menear a cabeça risonho.
— Quero fazer de você meu rei, Loki. — ele disse, sua entonação banhada a mel.
— Você bem sabe que isso é impossível. — murmurei sonolento, encarando o teto enquanto tentava acalmar minha respiração ainda um pouco desregrada. Thor apoiou-se em um cotovelo para me fitar, mas não virei para olhá-lo de volta.
— Sinto que nada é impossível quando estou com você.
Fechei os olhos por um breve momento, sentindo-me um tanto invadido pela intensidade daquelas palavras. Thor tornava-se especialmente romântico depois do sexo, mas de alguma maneira, ainda não conseguia me acostumar com demonstrações marcantes de afeto como aquela. Pousei meu olhar sobre si eventualmente, mascarando minhas reais emoções da melhor forma que pude.
— Você vive no mundo dos sonhos, majestade. — Thor abriu um sorriso pequeno, então aproximou nossos rostos.
Encarei seus lábios rosados e tracei sobre eles uma linha imaginária com meu indicador, completamente envolvido pela áurea magnética que cercava a figura descabelada do loiro à minha frente. Thor desceu os olhos para minha boca em resposta, sua respiração recém-recomposta falhando uma vez mais. Um silêncio agradável pairou no ar, até que ele rodeou minha cintura com um braço trazendo meu corpo para junto do seu.
— Você é meu sonho. — suspirei trêmulo e puxei-o para um beijo profundo; parte para calar sua meiguice irritante e parte porque não aguentava mais de desejo por seus lábios.
Abri um sorriso falso, fazendo uma reverência sarcástica quando parei a alguns metros de distância perante o rei. A dura realidade, afinal, é que Thor era meu sonho. Diante da sua postura majestosa sentada no trono de Asgard, entendi enfim que nossas noites quentes e confissões amorosas não passaram de um mero devaneio utópico criado pela minha mente perigosamente criativa.
— Vossa majestade. — cumprimentei-o educadamente, embora minhas palavras carregassem um veneno tão letal quanto o que dizia respeito à minha sentença de prisão.
