・capítulo 9

21.8K 2.2K 2K
                                    

[Reescrito]

୨୧

Vocês estavam de férias em uma cidade, estava frio.

Sua mãe estava no hospital tendo a Hina e o pai estava com ela. Você e ele ficamos sozinhos em casa e decidimos ir dar um passeio.

Vocês pararam em um parquinho para você brincar, ele te olhava sorrindo e falava para ter cuidado para não se machucar durante a brincadeira.

Um som de explosão ecoou pelo local, seguindo-se destroços que caíam pela zona onde se encontravam. Todos que estavam por perto começaram a correr desorientados, indo para qualquer direção.

Era os vilões, eles estavam atacando a cidade.

Ele tentou proteger você, foi correndo até ti, mas nada adiantou, destroços caíram encima da sua perna. Ficou preso e você correu até ele, sentindo as lágrimas frias descerem pela bochecha.

Você só tinha 5 anos, não tinha força para tirar ele de lá e, para piorar, ele não tinha individualidade. Mas tentou mesmo assim, tentou tirar as pedras de cima dele mas de nada adiantou.

Aquele local não era seguro, a qualquer momento iria se destabilizar e a perna dele não seria a única coisa esmagada.

Ele gritava, gritava para que você fugisse para o mais longe possível. Mas você só sabia negar, não queria deixá-lo, sabia o que lhe iria acontecer se o deixasse para trás.

Mas ele te convenceu, te convenceu a sair dali e deixar ele para trás.
Você sabia que ele ia morrer de qualquer jeito.

Então fez o que ele te pediu, correu como se estivesse em uma maratona.
Ele disse para não olhar para trás, você deveria se concentrar em sair dali para que ficasse em segurança.

Mas você, teimosa, olhou para trás no momento em que os destroços caíram por cima dele e o esmagaram.

Paralisou, a força de suas pernas desapareceram, e nem um passo você conseguia dar.

Você morreria se ficasse ali, morreria se ninguém te tirasse dali, ainda não estava longe o suficiente.

Por sorte alguém te salvou, te levou para longe daquilo tudo com um sorriso no rosto e falou "Está tudo bem agora. Porquê? Porque eu estou aqui".

Naquele dia você viu Haru, seu irmão de 13 anos morrendo na tua frente.

Foi nesse dia que entendeu. o quanto esse mundo pode ser cruel, ao ponto de nos tirar pessoas importantes, pessoas inocentes, pessoas que tinham uma vida pela frente.
- - -

Acordou gritando, sentou-se rapidamente na cama. O suor escorria pelo seu corpo e a respiração estava descontrolada.

Lágrimas desceram pelo seu rosto e por momentos esqueceu que estava em casa de Bakugou, dormindo na cama dele e ele no chão.

Ele acordou com o seu grito e se levantou rapidamente.

— Ei! Que merda aconteceu?

Ele se sentou na cama, de frente para você. Suas mãos foram colocadas nos teus ombros e te balançaram de leve.

— E-Eu tive um pesadelo, desculpa te acordar e ainda te assustar. - você falou baixo, enquanto limpava o rosto completamente molhado.

Ele se levantou e sem dizer nada saiu do quarto.
Sem perceber, você esperou durante alguns minutos até ele voltar com um copo em mãos. Se aproximou e o entregou a você.

Você pegou no copo e bebeu a água, se acalmando aos poucos.

— Obrigada... - falou, lhe entregando o copo, agora vazio.

— Já está melhor? — colocou o copo na mesinha do lado da cama.

— Um pouco.

— Então não me incomode mais. - disse, indo se deitar novamente no chão.

Você tinha certeza absoluta de que de manhã se ia arrepender do que lhe ia perguntar.

Antes que se deitasse, você o segurou pelo pulso, ele olhou para você com aqueles seus olhos escarlates.

— O que você quer agora?

— D-Dorme comigo... Por favor.

Você notou as bochechas dele ficarem avermelhadas. Você segurou o riso e virou a cara para o lado, você não podia rir num momento desses.

— Mas nem fudendo que eu vou dormir aí com você. - reclamou.

— Vai Bakugou, eu não quero dormir sozinha. Só dessa vez. — fez sua infalível carinha de cachorro abandonado para ele.

— Tsk... Idiota.

Sabia que ele não resistia.
Ele se deitou virado para você, a uns 30 centímetros de distância.

— Feliz? - resmungou olhando para o lado.

— Sim, muito obrigada. - você riu dele.

— Agora dorme, chata.

— Ok, ok.

Você fechou os olhos e logo depois conseguiu adormeceu.

Porém, acordou no meio da madrugada com algo apertando muito forte sua cintura. Ao olhar para trás viu Bakugou, dormindo como um bebê enquanto te abraçava por trás. Pensou em acordá-lo mas ele estava tão fofo que ficou com dó.

Era confortável e aconchegante.

୨୧

Obrigada por ler até aqui!
Desculpem o capítulo curto, esse capítulo foi para vocês, leitores, conhecerem um pouco do passado da (S/N) e ser um capítulo mais fofo entre ela e o Bakugou.

Shine! ─ Imagine BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora