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C A R L G R I M E S

Os lábios de Liz tinham gosto de chocolate misturado com um leve gosto de bebida e aquilo parecia ser no momentoo gosto mais viciante que eu poderia experimentar. Seu corpo estava sobre o meu e eu podia sentir a pressão aumentar dentro das minhas calças a cada movimento involuntário dela sobre mim.

Minhas mãos em sua cintura, tomavam o cuidado necessário para não a machucar mais ainda e aquele toque fraco estava deixando Liz sem jeito.

Quando nos separamos, seus olhos estavam brilhantes, um brilho que eu ainda não havia visto, e sua boca estava avermelhada, seus lábios inchados e seus cabelos bagunçados. Ela estava fodidamente sexy daquele jeito.

- Sua irmã... - ela diz em meio às respirações descompassadas - Ela pode...

Um grito de surpresa escapou de sua boca quando eu a peguei no colo e me levantei, seguindo para as escadas e logo depois para meu quarto. Meus pés chutaram a porta e eu a coloquei sobre a cama, a vendo encarar o lugar antes de eu a beijar e sentir suas mãos em mim novamente.

Meus lábios deixaram os dela e eu distribui vários beijos em sua mandíbula e em seu pescoço, ouvindo os suspiros deixarem seus lábios e suas mãos se emaranharem em meus cabelos úmidos.

- Liz? - a voz de Paul encheu o quarto e me fez encarar o rádio em sua cintura. - Liz, você está aí?

Liz se ajeitou sobre a cama e pegou o rádio, aceitando a comunicação e me encarando enquanto ajeitava os cabelos e molhava os lábios avermelhados.

- Paul, aconteceu alguma coisa?

- Fiz comunicação com o Reino, eles aceitaram que você levasse o povo de Alexandria, mas eu tenho que ir junto.

Reino? Que diabos era o Reino? Porque levar o povo de Alexandria para lá?

Ela me encarou e coçou a nuca. Parecia ter ficado nervosa com a conversa que estava fluindo.

- Amanhã de manhã nós falamos pode ser? Não é um bom momento. Faço ligação assim que acordar.

Paul se despediu dela e Liz deixou o rádio sobre o colchão. Ela jogou os cabelos que estavam em frente aos seus olhos para trás e me encarou.

- Pode se sentar? Vou te contar sobre...sobre o Reino. - me sento em sua frente e a vejo suspirar - Me promete que você não vai falar com seu pai ainda. O Reino não é um povo muito fácil de se comunicar, não que as pessoas sejam ruins, elas também sofrem nas mãos dos Salvadores, mas o problema é que eles são rígidos demais com a proteção deles. Ninguém entra sem ser convidado. Ninguém sabe deles sem que eles permitam.

- Por que não...

- Carl, escuta! - ela toca minha mão - Paul conversou com eles, eles vão nós receber e se seu pai resolver criar um plano de ataque contra os homens do Negan, se Ezekiel aceitar, nós podemos formar um exército e acabar com a merda toda. Por favor! Por favor, eu te peço! Não conte pro seu pai ainda...

- Paul vai falar com meu pai. - completo.

- Isso.

Liz se levantou da cama fazendo algumas caretas e parou em frente ao meu guarda roupa. Ela parecia querer falar mais alguma coisa, mas nada saía.

- Obrigada por entender!

Sorrio de lado de forma fraca e retiro meus sapatos e me deito na cama, me ajeitando debaixo das cobertas quentes. Liz olhou para mim e para o chão, antes de caminhar em direção a porta de entrada do meu quarto e a abrir.

- Onde vai? - a questiono fazendo ela parar.

- Pra garagem, tem uma colchonete lá e...

- Pode dormir aqui.

Ela olhou para mim sem acreditar. Levantei as cobertas e mostrei o espaço que ainda tinha sobre a cama.

- Seu espaço.

Ela engoliu seco e caminhou em passos lentos até onde eu estava, retirando seus sapatos e entrando debaixo das cobertas. Seu corpo ficou virado para mim, me dando a visão de seu rosto e de seus olhos se fechando de forma lenta.

- Os remédios tem te ajudado? - questiono. - Tem te feito dormir do jeito que deve?

- Às vezes, nas últimas noites está mais difícil, mas nada que...esquece. - ela para e coloca as mãos no rosto. - Podemos esquecer o que aconteceu aqui?

- Você disse que não queria se arrepender e eu pensei que você agisse assim, sem pensar. Podemos viver com nosso beijo quase sexo interrompido por uma chamada no rádio. - a tranquilizo - Foi bom, isso eu não posso negar. Se quiser repetir, eu aceito!

Recebo uma risada fraca em resposta e um empurrão leve em meu corpo.

Puxo o corpo de Liz para ainda mais perto do meu, até sentir sua respiração sobre meu pescoço. Seus olhos castanhos me encararam e eu pude sentir seu perfume me preencherem meus pulmões.

- Eu preciso ir ao banheiro. - digo envergonhado - Tenho que resolver esse problema antes de dormir.

Liz gargalhou contra meu peito e se afastou de mim, me vendo sair da cama e correr até o banheiro.

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Beijos e fuiiii

The Enemy | ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|Onde histórias criam vida. Descubra agora