The Enemy | ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|

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N A R R A D O R

Quando os portões do Reino se abriram e eles entraram, os olhos se esbugalharam e se tornaram admirados pela beleza que o lugar tinha. O grupo adentrou ainda mais pelas ruas e as pessoas pararam de trabalhar para os verem. Eles sabiam o que eles queriam, Jerry havia conversado com eles a mando de Ezekiel.

Liz estava ao lado de Carl, com um sorriso no rosto que poucas pessoas haviam visto. Foi aí que um grito de dor e de susto deixou seus lábios e seus pés deixaram o chão. O grupo parou e Benjamim riu soltando o corpo de Liz com cuidado.

- Oi escandalosa! - ele diz beijando a testa da mulher. - Senti sua falta!

- Nunca...nunca mais faça isso. - ela pede - Eu juro que eu vou te matar por...

Benjamim deixou um beijo nos lábios da garota, fazendo com que Carl arregalasse seu único olho e fechasse os punhos de forma impulsiva e sem nem perceber que aquilo havia o afetado de alguma forma.

- Ben, por que...

- Sou Benjamin, amigo da Liz e do Paul, um dos guardas do Reino! - ele se apresenta e aperta a mão de todos, menos de Carl. - Vou levar Liz pra ver nosso médico, nos encontramos depois.

Liz foi levada para longe do grupo, tendo a mão de a Benjamin em sua cintura.

- Porque está com esse sorriso idiota no rosto? - ela questiona caminhando em passos apressados ao tentar acompanhar o homem de armadura ao seu lado.

- Ele gosta de você ou pelo menos deseja você - Liz para e encara Benjamin - Carl, o filho do Rick! Ele ficou furioso com toda a situação entre a gente...faltou me matar por ter te beijado.

- Não existe isso, Ben! Não existe essa coisa de ciúmes entre eu e Carl. A gente nem sequer se fala direito, nem se olha direito. Pare com isso, por favor!

Liz estava parada em meio a comunidade com o olhar preso no homem em sua frente, seus cabelos estavam sendo sopradas pelo vendo e atrapalhavam sua visão. Ela não gostava de pensar na possibilidade de estar gostando ou criando algum tipo afinidade ou sentimento por Carl. Podia ser alguma coisa da cabeça de Benjamin? Sim, poderia ser. Mas e se não fosse? E se o sentimentos estivessem crescendo em ambos os jovens de formas diferentes e com intensidades diferentes?

O resto do grupo foi levado até Ezekiel, que estava no antigo teatro sentado em sua poltrona real e com Shiva ao seu lado. A enorme tigresa se levantou e deu a volta na poltrona, se deitando mais uma vez.

- Pequena Liz, onde está?

- Com Benjamin, andando pela comunidade. - Paul responde. - Rick gostaria te de fazer uma oferta.

Ezekiel se remexeu sobre sua poltrona e encarou o grupo em sua frente.

- Então me diga sua oferta, líder de Alexandria!

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Depois de horas de perguntas e respostas, de explicações demoradas e detalhadas, Carl deixou o antigo teatro e seguiu pelas ruas do Reino, vendo as pessoas ficarem curiosas com sua pessoa. Alguns jovens lhe chamaram, mas ele apenas seu seguiu seu caminho em busca de apenas uma pessoa.

Ele parou em frente ao coreto e encarou Benjamin, vendo o homem deixar o bastão de lado ao terminar seu treino e descer as escadas.

- Benjamin não é? - ele questiona vendo o homem concordar. - Sabe me dizer onde Liz está? Estamos quase indo embora e vamos mo...

- Você gosta dela ou só está fingindo estar preocupado com ela? Pelo o que ela me disse você é do tipo de cara que se preocupa se os termos de um acordo vão continuar sendo os mesmos e válidos depois que a pessoa sai de sua comunidade.

- Olha eu fiquei sim preocupado com o fato do nosso trato acabar e da Maggie não ter o tratamento que ela precisa, mas o problema passou a ser outro, passou a ser o fato de que Liz se tornou um alvo pros caras idiotas da minha comunidade. A gente pode não se gostar, podemos discutir e tudo mais, mas ela merece respeito, e se a decisão dela a levar para fora de Alexandria, tudo bem!
Benjamin maneou a cabeça e colocou as mãos na cintura.

- Olha, Liz tem um coração bom e grande demais, uma parte que poucas pessoas conseguiram ver em todos os anos que que nos conhecemos. Ela sofreu demais e eu só te peço uma coisa cara - ele se aproxima de Carl e segura o ombro do mesmo - Se ela escolher ficar naquele lugar que você chama de casa, a proteja das coisas do mundo. Não quero ter que ouvir minha garota sofrendo e me pedindo conselhos porque está ainda mais quebrada.

- Você conhece ela a mais tempo, por que está pedindo isso pra mim? Você até a chama de sua garota, p...

- Por que pessoas novas conseguem mudar o redor de pessoas como ela. Todos já tentamos, todos nós. Liz precisa passar a entender que as pessoas que a cercam nunca vão a abandonar,  que elas a amam, que ela não precisa dar a vida dela pela do outra pessoa só por que acha que merece morrer. A mãe causou toda essa dor que ela sente.

- As torturas... - Carl deixa escapar.

- Viu. Ela confia em você. - Benjamin se virou e encarou as coisas ao redor, observando para ver se alguém ouvia o que ele iria dizer. Não havia ninguém  - Liz só contou sobre as torturas físicas e psicológicas que a mãe lhe fazia, para mim e para o Paul, havia uma outra senhora também, mas ela morreu e as dores de Liz, as coisas que ela contou para ela, foram embora com ela para o túmulo.

- Ela me disse dos pesadelos, me contou das...merda...como alguém poderia fazer aquilo com uma criança? Ela só queria ser amada e sentir o que as outras sentiam.

A raiva estava tomando o corpo de Carl o que fez ele puxar o chapéu da cabeça e passar a mão no rosto para não socar alguma coisa.

- Você entende o que eu quero que faça - Ben diz vendo Liz aparecer com algumas crianças ao seu redor - Proteja ela pra mim! Cuida dela como se fosse alguém da sua família, por favor! Sei que é o pedido mais difícil que eu poderia lhe fazer, sendo ela do jeito que ela é, mas é um pedido verdadeiro.

Carl suspirou pesado, mas deixou um sorriso de lado escapar quando viu a mulher brincar com as crianças. Ele conseguia sentir a bondade de Liz, conseguia ver e já sabia o que ela havia passado e como as dores de seu passado ainda lhe influenciavam.

- Eu prometo!

Eu só queria esses dois machos pra mim....
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