N A R R A D O R
Quando Carl entrou mais uma vez na enfermaria, ele verificou se estava tudo bem para ele poder seguir sem passar por uma serie de perguntas e olhares que já diziam de cara " o que acha que está fazendo? " ou " eu sabia que você viria" .
Seus dedos tocaram a fechadura e ele entrou, sem colocar máscaras ou luvas, apenas entrou. Sem se importar se pegaria ou não. O tempo era pouco demais para ele pensar em coisas que não tinham tanta importância.
- Oi! - ele diz envergonhado se sentando ao lado da cama, numa das poltronas velhas que haviam la dentro - Devia ter vindo antes, eu acho, mas estava com vergonha ou com raiva o suficiente para não pensar em vir aqui. Está uma completa confusão na comunidade, tipo, muita bagunça mesmo. Vieram te procurar, os sussurradores, disseram que sua mãe te queria morta. O que não entendo é que ela nunca foi uma boa mãe, te deixou e depois de anos resolve querer matar a filha dela como se fosse algum zumbi de merda do mundo morto.
Ele suspira e segura uma das mãos de Liz.
- É estranho estar aqui, por que teoricamente a gente se odeia e passa grande parte do tempo brigando um com o outro. Mas acho que, eu deveria estar lá quando tudo tudo aconteceu e não ser um merda que finge que você não era importante. Você é, sabia? Por incrível que pareça, falar isso é como se tirasse um peso das minhas costas.
O som das pessoas do lado de fora o fizeram parar e encarar o pano que levantava com o vento. Ainda haviam resquícios da antiga janela ali, haviam pedaços da madeira ainda dependurado ali.
O silêncio veio e ele voltou sua atenção para o corpo imóvel em sua frente.
- Está uma bagunça isso aqui. Judith sente sua falta sabia? Ela queria vir aqui ontem a noite, mas não deixamos por causa da doença. Eu não me preocupo comigo mais, já fiquei exposto mesmo. - ele respira fundo - Sinto muito pelas coisas que falei antes de tudo isso aqui, de verdade mesmo.
Carl se reencostou na poltrona e respirou fundo, rindo por estar na situação em que se apresentava. Foi quando um aperto em sua mão lhe chamou a atenção e ele sorriu, se levantando e parando em frente a Liz.
- Oi pequena! Não sei se é bom ou se é vergonhoso saber que você ouviu tudo isso aqui, mas fico feliz em saber que você está reagindo.
ENQUANTO ISSO...
- Não dá pra gente simplesmente chegar e falar que precisa de uma guerra, já tentamos antes, pensamos que havia acabado e eles voltaram. - Negan diz com receio. - Pessoas de todos os lados morreram.
- Aquilo não foi uma guerra! - Rick se manifesta. - A guerra de verdade vai ser essa que estamos organizando a meses. Depois do que aconteceu hoje, depois de tentarem matar ainda mais dos nossos, ela se iniciou com ainda mais força. Vieram com o intuito de matar uma pessoa. Uma - Rick mostra o indicado - Liz.
- A filha da líder deles? - Ezekiel questiona, sem entender o motivo. - Porquê?
- Liz e a mãe nunca tiveram uma relação boa, então, matar a filha vai ser uma forma fácil de ter a outra que ela tanto ama. Lydia está presa junto com Liz, não vai deixar a irmã, mas matando uma....
- A outra vai atrás da mãe. - Negan fala. - Como vamos saber onde eles estão?
Rick movimentou a cabeça e Daryl saiu em direção a porta lateral da igreja, de onde puxou um homem manchado pelo próprio sangue e com roupas rasgadas.
- Com ele.
Negan encarou Rick, colocando um sorriso fino e de canto em seu rosto. Parecia que o poder estava tomando conta de seu corpo.
O grupo de pessoas estava confuso, todos com uma onda de medo correndo dentro de seus corpos. Afinal, suas comunidades estavam com pessoas doentes, guerreiros doentes e isso era algo que implicaria na guerra mais uma vez.
- Meus homens e alguns dos de vocês podem dar conta enquanto outros lutam. - Negan diz. - Vocês tem carros com pedaços das placas dos muros, da para usar elas como escudo, da para usar até mesmo para jogar eles em um dos penhascos ao leste. Usem a cabeça! Já temos uma peça chave.
Os líderes das comunidades aos arredores da mesas encararam o homem de sobrancelhas grossas e olhar sombrio. Eles não queriam dizer que estavam de acordo, ao contrário, eles não dariam um gosto daqueles para o até então, ex- inimigo - que ainda era recente-.
- Negan tem razão! - a voz de Carl entrou no comodo e todos encararam a porta de entrada. - Já lutamos contra mortos, contra o grupo do Governador, do Terminus, até as pessoas da prisão que não nos queriam lá. Nós sobrevivemos! Acabamos com metade dos homens do Negan sem nem termos armas direito, apenas usando uma estratégia.
- O garoto tem um ponto! - Daryl diz.
Rick suspirou algumas vezes, encarou os outros líderes e pessoas do conselho de cada comunidade e deu ombros. O filho tinha razão, Negan tinha razão. Talvez, ele só estivesse com medo de perder mais pessoas do que já havia perdido, mas eles tinham que fazer aquilo...para terem paz.
- Que iniciemos o plano final então. Sem mais delongas ou enrolação. - ele diz apertando o ombro de Carl - Que você esteja certo, filho!
- Vou estar, pai! Vou estar!
Vocês devem estar querendo me matar né? Mas eu não estou fazendo por mal, é literalmente muita falta de tempo, tempo até mesmo pra dormir ou cuidar de mim direito.
Eu espero que tenham gostado, os próximos capítulos vão ser longos, e eu espero que gostem deles assim. Votem e comentem muito, para minha pessoinha aqui saber o que estão achando da história e quais são as expectativas para os próximos capítulos. O que acham que vai acontecer?
Beijos e fuiii
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The Enemy | ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ|
Fanfiction+18 Ela foi abandonada por sua mãe e por sua irmã mais nova quando era apenas uma criança, havia visto seu pai ser morto e dilacerado por zumbis. Era sempre chamada de fraca e excluída por sua mãe, mesmo sabendo que era mais forte que sua irmã. ...