capítulo 17: Equilíbrio

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Abro os olhos devagar. Não consigo enxergar muita coisa, minha visão está bassada.

Sinto que minha mão está segurando algo grande e que meu rosto está molhado.

Quando finalmente consigo enxergar, sinto meu peito doer e meu corpo pular para trás com um breve susto.

Eu estava... Apertando o pescoço de um homem.

Ele cai no chão, já parece sem vida. Suas roupas estão cobertas de sangue, e pelo que vejo, as minhas também, não só minha roupa está, como minhas mãos e provavelmente meu corpo todo.

Sinto meu coração acelerar. Quem era esse? O que ele fez?

Um enjôo toma conta de mim. Em um ato de desespero, tento limpar o sangue que está nas minhas mãos, porém minha roupa também está suja.

Olho para os lados. O cheiro invade minhas narinas e me deixa tonto. Não havia só o corpo dele, mas de muitas outras pessoas.

Eu fiz isso? Essas pessoas, elas não são onis.

Levo a mão ao peito.

Eu não podia ter matado elas.

Vejo minha visão tremer.

Esse sangue está por todo meu corpo.

Eu não consigo respirar.

- Maldito seja... Muzan... - Olho para trás, e vejo que o homem que eu estava apertando o pescoço quase agora, ainda está vivo.

Corro até ele e começou a procurar sua ferida. Talvez dê tempo de salva-lo? Se eu estancar o sangramento, talvez eu possa-

...

Ele morreu.

Não me sinto... Não me sinto digno de orar por ele.

- Não foi você quem o matou.*voz do Muzan*

Me levanto novamente, e tento olhar em volta em busca de saber aonde estou.

Não consigo reconhecer esse lugar, é muito estranho pra mim, acho que nunca vim aqui antes.

Na parede ao meu lado havia um enorme buraco como se algo tivesse a quebrado com uma grande brutalidade. Através dele, eu consigo enxergar um pouco do lado de fora. Está de dia, ensolarado, e esse lugar fica, provavelmente, no topo de uma montanha.

Ouço passos e vozes baixas se aproximarem de mim, e recuo um pouco, porém, logo imagens conhecidas surgem em minha visão.

- Achei ele!! - Vejo Mirkey gritar, e então acenar para mim. - Tanjiro-kun!! O que faz... Aqui?

A expressão dele se desfaz rápidamente. Ele para e olha para mim da cabeça aos pés, logo olhando novamente para meus olhos.

Ren chega atrás dele, e tem basicamente a mesma reação, porém, ele passa pela clatera na parede e me puxa pelo braço. Recuo para trás.

- Estou sujo. - Falo vendo suspirar.

- Não é a primeira vez que você está coberto de sangue humano. - Ele fala enquanto volta a me segurar.

Não Sou Eu Quem Me Controla - Demon Slayer/ Kimetsu No Yaiba (Em Correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora