Capítulo 35

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Estou me recuperando da concussão que tive na cabeça. Descidi ficar na casa de tia lu para ela me ajudar com os ferimentos, tento não pensar em Igor e nem em Thiago embora não tenha o visto desde que sai do hospital.

As meninas sempre vem me ver mesmo que eu só esteja tendo uma semana de folga da escola, semana que vem minha rotina volta.

Ansiosa para amanhã? - Pergunto comendo um misto quente.

O que tem amanhã? - Tia lu Pergunta.

Não se faça de desentendida. - ela ri.

Não quero nada de mais, estar com você, Henrique e seu pai já está ótimo. - Ela diz.

Ah, fala sério. É seu aniversário, só se faz 47 anos uma vez na vida. - Digo e ela ri.

Assim como todas as outras idades só se faz uma vez. - Ela dá de ombros.

Por favor tia lu, vamos fazer uma festinha. - Digo choramingando.

Tudo bem, mas não se esforce de mais. - Ela solta e passa sua mão em meu rosto.

Tudo bem, as meninas vão me ajudar. - Digo. - Vou até um lojinha aqui perto comprar algumas coisas para a festa. - Digo e ela concorda.

Saio de casa e caminho até a lojinha, compro alguns enfeites, balões, pratos e copos descartáveis. Na volta para casa vejo ele, ninguém mais, ninguém menos que Igor.

Posso falar com você? - Ele pergunta entrando na minha frente.

Não, agora sai da minha frente. - Digo e o empurro mas ele não se move.

Por favor jujuba, eu só quero tentar me explicar. - Ele segura minha mão.

NÃO ME CHAME ASSIM. - grito e puxo minha mão - Você mentiu para mim Igor, disse que me amava e que não me machucaria...mas você fez exatamente o que disse que não faria. - Saio sem deixar que ele fale mais alguma coisa.

Jogo a sacola com os enfeites na mesa e passo minha mão pela minha cabeça.

Está tudo bem? - Henrique pergunta.

Tá, tá tudo bem. - Minto.

O que é tudo isso? - ele pergunta mexendo na sacola.

Algumas coisas para a festa de tia lu amanhã. - Digo.

E o bolo? - Ele pergunta.

Bom, eu vou fazer pode me ajudar se quiser. - Ele sorri ao me ver dizer.

Eu raspo o pote. - Ele ri ao falar e eu também.

Henrique me ajuda a fazer o bolo e a confeitar, embora não tenha ficado a coisa mais linda nós demos o nosso melhor e fizemos com amor.

Até que ficou bonito, pensei que seria um desastre. - Ele diz.

É eu também. - Rimos.

Coloco o bolo na geladeira e nos sentamos na mesa para raspar o pote.

E aí? Como tá a cabeça? - ele pergunta lambendo a colher.

Está bem melhor. - Sorrio.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

Você ainda o ama, né? - Ele dispara

Quem? - Pergunto

Em quem você pensou quando eu perguntei? - Ele sorri maliciosamente ao falar e então se levanta colocando o pote na pia.

Fico surpresa com as palavras de Henrique, mas o que me deixa mais surpresa e nem tanto ao mesmo tempo é que pensei em Thiago.

Entro no banheiro e tomo um banho, volto para o meu quarto e faço os exercícios da escola que Alice trás para mim todo dia.

SURF NA VEIAOnde histórias criam vida. Descubra agora