𝑃𝑟𝑜𝑖𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑎 𝑀𝑖𝑚 - Joalina

Capítulo 43

SABINA

Eu estava ouvindo Krystian conversar com Joalin pelo telefone, pedi para que ele fosse duro com ela. Afinal de contas, eu precisava ser mais convincente. Como ela era insistente, meu Deus!

Eu nunca iria imaginar que ela pudesse me procurar novamente depois do que aconteceu ontem. Será que de fato, ela se lembrou do Noah?

Nenhuma pergunta foi respondida, a menina desligou o celular de repente sem que ele pudesse colher qualquer informação.

Naquele momento, lembrei-me que Simon estava verificando as instalações externas da boate com Bailey. Um aperto no meu coração me fez dar um salto da cadeira e correr em direção aos fundos, quando eu cheguei quase morri de susto ao ver Bailey arrastando minha mulher pelos braços na direção da saída de emergência. Meu primeiro pensamento foi "ele a matou", então eu corri e comecei a esmurrar Simon enquanto chorava descontrolada. Até que ele conseguiu segurar os meus braços.

— O que você fez com ela, seu filho de uma puta?! Seu mal amado! – Gritei inconsolável.

— Calma! – Gritou comigo – Ela só está apagada, não morta. Sua vadia maluca! – Colocou a mão no rosto, onde sangrava por eu ter cravado as minhas unhas e arranhado – Eu devia te... – Ergueu a mão para me dar um tapa, mas desistiu.

Desvinculei-me dos braços dele e corri na direção em que Bailey havia deixado Joalin. Coloquei a cabeça dela apoiada na minha perna, Krystian chegou logo em seguida.

— Ela me xingou, Sabina! Essa... Essa menina insolente me xingou! – Falava Simon aproximando-se de nós – Só me defendi, oras! – Ironizou – Fiquei tranquila, não vou matá-la enquanto restar uma gota de paciência dentro de mim.

— Você não é burro, Simon! Se fizer algo com ela, não terei mais motivos pra ceder as suas chantagens – Alterei-me.

— Escuta aqui! – Abaixou-se fitando o meu rosto de perto, havia tanto ódio em seu olhar – Qualquer dia desses esqueço que quero você perto de mim e dou um jeito nessa fedelha, sem me importar com você. Portanto, não abuse da sorte, tá legal? Faz essa cachorra largar do teu pé de uma vez por todas, porque esse é meu último aviso. Entendeu, Maria?

Olhei para Krys, meu amigo retornou o olhar abaixando a cabeça em seguida.

— Me dá um tempo, Simon! – Pedi com um nó na garganta – Estou me esforçando para fazê-la me odiar.

— Acho bom... Saiba que você não tem muito tempo antes que eu perca de vez a minha paciência – Levantou-se, ajeitou a blusa do corpo. Deu-nos as costas e saiu com Bailey logo atrás dele.

— Leva ela pra dentro, Krys! – Falei pensativa.

— O que você vai fazer?

— Não pergunta nada... Confia em mim! – Levantei-me e saí de perto deles antes que Joalin despertasse.

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Em outro camarim, eu arrumei os meus cabelos, maquiei meu rosto, vesti roupas justas e provocantes. Olhei-me no espelho.

— Maria de novo... – Sussurrei e logo abri um sorriso largo – Agora você vai entender que eu não posso te querer, menina! – Disse já com o semblante triste, porém encarnando a mulher fria e calculista que usava as pessoas, brincando com os desejos delas.

Caminhei em direção ao bar ignorando os olhares de alguns funcionários da boate que estranharam ao me ver novamente como Maria após tanto tempo. Tomei um uísque duplo e retornei até o corredor. Respirei fundo, ajeitei as roupas e mexi no cabelo, entrei abrindo a porta lentamente.