𝑃𝑟𝑜𝑖𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑎 𝑀𝑖𝑚 - Joalina

Capítulo 22

JOALIN

Eu estava enxugando os meus cabelos quando a campainha tocou. Saí do banheiro com uma toalha pendurada no pescoço.

— Já vai! – Gritei notando a insistência no botão da campainha – Nossa! Será que alguém vai tirar o pai da forca? – Pensei durante o caminho pelo corredor. Passei correndo pela sala. A campainha não dava trégua. Abri a porta.

— Uau! – Exclamei desconcertada.

Na verdade, eu me surpreendi com a visita, era Sabina. Nossa! A segunda vez em menos de uma semana que eu a via parada na porta de minha casa. Senti meu corpo inteiro reagir ao olhar dela. Era tão provocante e como se não bastasse aquele olhar cheio de calor, ela tinha que exibir aquele sorrisinho safado no canto dos lábios?

Como alguém podia ser tão sensual?

Ela estava com um vestido feito de um tecido leve, num tom azul bem clarinho que deslizava pela sua pele moldando cada curva do seu corpo, quando ela se movia. O cumprimento era um pouco acima dos joelhos, deixava parte da sua coxa bem torneada à vista. Ela literalmente me deixava sem ar. Respirei fundo para não morrer de falta de ar, né?

— Oi! – Disse Sabina notando que eu estava muda, apenas admirando-a da cabeça aos pés.

— Que surpresa! – Eu sorria e minha voz tremia, tudo ao mesmo tempo.

— Boa ou ruim? – Perguntou com um sorriso malicioso.

— Deliciosa... – Sussurrei. A voz quase não saia, eu ficava nervosa perto dela.

Fiz um gesto para que Sabina entrasse. Ela passou por mim, vi suas costas nuas, o danado do vestido não cobria as suas costas, acreditam nisso?

Esse pequeno detalhe me deixou tendo pensamentos muito pecaminosos.

Fechei a porta atrás de nós. Joguei, no sofá, a toalha que estava pendurada no meu pescoço.

— Veio me visitar? – Apertei o automático.

— Vim ver sua mãe – Falou num fio de voz, logo virou-se de frente pra mim, aqueles olhos de avelã fixaram nos meus. Ela nitidamente estava tentando me provocar e conseguia. Eu adorava aquele joguinho de sedução que Sabina exercia sobre mim. Era uma troca, ela gostava de me seduzir e eu adorava ser seduzida por ela.

— Visitar a minha mãe? Essa hora da manhã?

— Não me dei conta da hora... Tá muito cedo? – Ao final da frase, ela mordeu o lábio inferior. Por que ela fez isso? Eu já estava excitada só por vê-la, essa mulher ainda não entendeu que não precisa se esforçar, né?

— Não! Nunca é cedo demais pra você! – Olhei-a novamente de cima a baixo – Então, vem cá. Te levo até ela, se quiser... – Sussurrei.

Sabina sorriu novamente pelo cantinho da boca. Senti minha calcinha molhar. Acho que ela desconfiava das minhas intenções... Apontei o corredor, fiz um gesto pedindo que fosse na frente. Ela passou, quando eu vi aquela mulher novamente de costas pra mim, não consegui controlar meus impulsos. Foi tudo muito rápido, irracional mesmo. Mais uma vez apertei o automático.

Agarrei-a por trás, prendi meus dedos da mão direita nos cabelos dela, por baixo da nuca, segurando bem firme para evitar sua dispersão. Encaixei meu corpo no dela, Sabina gemeu com o contato dos meus seios tocando as suas costas nuas. Conduzi-a de encontro à alvenaria, o lado direito de seu rosto estava, agora, colado na parede, junto com toda a frente do seu corpo. Ela apoiou as duas mãos espalmadas na parede à sua frente, enquanto eu beijava a sua nuca e o seu pescoço com paixão, enlouquecida de desejo...