A garota, Leslie, teve uma história parecida. Ela nasceu 3 anos depois de Nate.
Seus pais morreram junto com os de Nate, e ambas as crianças viviam em suas casas, com seus pais sem cabeça e uma poça de sangue seco, preto, e exalando um cheiro horrível.
Quando foram descobertas as localizações de ambas as crianças, uma assassina foi enviada aos locais. Leslie foi a primeira, era mais nova, então ela poderia guardar suas energias para depois ir atrás de Nate, que por ser mais velho, com certeza teria mais resistência e mobilidade.
Leslie estava sentada com seus pais, o sangue escuro estava manchando seu vestido amarelo. Ela sentiu uma sensação de fraqueza, e caiu sobre o sangue. Ela se sujou inteira, sangue podre entrou em sua boca. Ela pensou no quanto isso parece uma história de terror. Na verdade, o sangue na sua boca era algo tão absurdo que ela riu, pensando qual seria o motivo do sangue entrar justamente ali.
Quando ouviu três batidas na porta.
Ela tinha certeza de que seria algo suspeito, afinal ela não recebia visitas faz 4 anos. Então, Leslie não perdeu tempo e correu para se esconder em algum lugar. Ela escolheu a mesa, ela era grande, apenas duas pernas estavam inteiras, então ela chutou e bateu até ambas quebrarem. Então ela se escondeu embaixo da mesa.
A mulher, alta, loira. Ela tinha 1,89m. Essa mulher ouviu o barulho de algo quebrando, então entrou sem a necessidade de confirmar que havia uma criança ali dentro. Ela percebeu o sangue do casal no meio da sala, e o rastro que Leslie deixou, por ter caído encima da poça. Ele ia até embaixo da mesa.
Então ela gritou:
-Meu nome é Heidi. Não precisa se preocupar, eu não quero te fazer nenhum mal. Não precisa se preocupar, eu vou te ajudar... São seus pais?!
Heidi ficou pensando no que dizer.
-...Cara, eu sinto muito por eles.
Logo após, ela soltou um sorriso largo. Ela realmente estava feliz, mas pelos motivos errados.
Leslie se preparou. Ela já havia percebido o rastro de sangue que ela havia criado. Heidi com certeza estava querendo a machucar. Então ela ficou esperando, como se estivesse se preparando para uma corrida. Se ela mesmo empurrasse a mesa e saísse, ela perderia tempo, então ela se aproveitaria do fato de que Heidi puxaria a mesa, e correria sem perder tempo nem mobilidade.
Ela precisou de 16 segundos. Leslie ouviu um barulho estranho. Então a mesa foi levantada. Heidi já estava com um revólver na mão, pronta para matar a garota. Leslie chutou o rosto de Heidi. Nisso, o vestido da menina se levantou.
Heidi olhou para o meio das pernas da garota. Ela sentiu algo que não era normal, algo repugnante...
Leslie conseguiu escapar pela janela, e saiu correndo em linha reta, ela lembrou de um restaurante que havia nas proximidades.
Heidi não soube reagir muito bem, mas ela guardou o revólver, se ergueu e soltou mais um sorriso...
...ela havia sentido atração.
YOU ARE READING
Contos da Tormenta [¼]
General FictionEm um mundo onde uma vida dá um lugar à outra, um jovem indeciso faz mais barulho do que deveria. À ressonância de todo esse barulho, se dá o nome de contos da tormenta.