-Admite que você é uma criança!- Gritou Torment, para irritar o garoto.
-Eu não sou!- Nate respondeu irritado.
-Teu cu! - Torment já havia se empolgado, então sua companheira acalmou ele, dizendo:
-Não fala isso na frente dele! - Torment quis fazer graça, e falou lentamente:
-Não fala palavrão...
-Torment...
-...Porra.
Ela saiu do sofá e lhe desferiu um tapa.
-Essa também foi por ter explodido na minha cara linda.
-Eu tava revidando! E, belo tapa... Caramba, vontade de comer alguma coisa.
-Por causa daquele susto que você me deu, eu errei o alvo. Se não fosse pela sua idiotice, tava tudo certo!
-Ei, você que errou! Deve ser pelo fato de você ser mulher.
-O que tem isso?
-Mulher é tudo puta.
-Cara, eu falei pra não falar palavrão na frente do piá!
-Puta, puta, puta, puta, puta, puta!
-...Ai, desisto.
-Sendo uma puta que nem você, é meio óbvio.
Ela se virou para Nate e disse:
-Cara, não faz nada do que ele te pedir, tá bom?
-Ele é um mal exemplo?
-Dá pra se dizer que sim.
Torment tentou ser sarcástico e respondeu:
-Disse a puta!
Ela fingiu que não havia escutado. Ela pegou na mão de Nate e lhe perguntou:
-Quer ir lá fora?
Nate ficou com vergonha, ela tinha um cheiro bom.
-...Tá, pode ser.
-Vai ser divertido, vou te ensinar a matar coelho!
Enquanto eles saíam, Nate se virou para Torment e lhe mostrou a língua. Torment apontou para ele, passou o dedo na própria garganta e abriu um sorriso torto.
A partir daquele momento, Nate passou a ter medo de Torment.
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Contos da Tormenta [¼]
General FictionEm um mundo onde uma vida dá um lugar à outra, um jovem indeciso faz mais barulho do que deveria. À ressonância de todo esse barulho, se dá o nome de contos da tormenta.