~Quarta-feira, 7 de março~
15:37 da tarde, casa do trio.
-Porra, eu tô tão cansado. - Disse Torment, berrando logo em seguida, para se motivar a continuar seu intensivo treinamento.
Suas explosões estavam ficando mais focadas, mas Torment queria refinar seu controle e também poder definir a direção de cada uma. Fauna, ouvindo o berro, pediu, da janela de seu quarto, no segundo andar da casa:
-Fala baixo, o Nate tá dormindo! - Torment ouviu e continuou falando alto, no solo negro fora da casa. Antes, havia grama e vegetação, mas foi tudo queimado em um raio de 50 e poucos metros. Sem se distrair de seu treinamento, ele respondeu:
-Puta vagabundão. Tá ficando tarde pra caramba e eu não durmo há dias. A última vez que o Nate dormiu foi hoje de manhã, como é que fica?
-Você é um adulto. Deixa ele, vai.
-Tá, cala a boca. - Torment sorriu e continuou a repetir seus movimentos.
18:30
Torment entrou em casa, pegou o pão que havia comprado na cidade e comeu rapidamente, não demorando para se jogar no sofá e dormir profundamente.
19:15
Fauna desceu as escadas, querendo beber água. Ela pegou uma garrafa na mesa e verificou a sala. Torment não estava olhando, então ela começou a beber ali mesmo, no bico da garrafa. Ela sabia que se fizesse isso na frente de Torment, ele a xingaria. Após fechar a garrafa, ela também foi dormir.
~Quinta-feira, 8 de março~
07:35 da manhã.
Torment saiu do sofá, com seus olhos inchados, pegou a garrafa de água na mão e a levou até o quarto de Nate. Chegando lá, ele a abriu e derramou um pouco na orelha do garoto, dizendo:
-Acorda aê, bora, bora, bora!
Nate ficou irritado, mas levantou. Ele estava levemente perdendo o medo de Torment, e estava passando a considerar o rapaz como um irmão mais velho. Nate foi até o quarto de Fauna e puxou seu cobertor, cutucando a garota logo em seguida. Ela acordou mais calma que o menino, dizendo fracamente:
-Bom dia, bom dia, já acordei, oi.
Ela viu Torment bebendo a água da mesma garrafa que ela havia usado no outro dia. Isso a fez abrir um sorriso torto, que Torment estranhou. Nate abraçou a garota, ato que logo foi retribuído. Era um sentimento ótimo. Seu busto era quente. Seus braços o envolviam de um jeito bom. O cheiro dela estava, mais uma vez, agradável. Nate poderia facilmente se acostumar com isso. Enquanto isso, Torment descia a escada, coçando as costas com uma mão e segurando a garrafa de água na outra. Ele pegou o resto do pão que havia comido no dia anterior e fez seu desjejum. Logo, ele saiu da casa e continuou seu treinamento.
~Sexta-feira, 9 de março~
14:09 da tarde.
Nate estava sentado, olhando o treinamento de Torment e avaliando seus movimentos. Torment havia pedido ao garoto que desse suas opiniões sobre cada movimento que ele fizesse, pois o rapaz queria explosões que, além de poderosas, fossem legais. Era um resquício de sua recém abandonada adolescência. Torment gritou, se atrapalhando com as palavras:
-TOMA UMA F... UMA BRABA, HÁ!
Então, uma explosão forte saiu de sua mão direita, formando uma forma parecida com uma estrela. Nate viu a apresentação e gostou:
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Contos da Tormenta [¼]
General FictionEm um mundo onde uma vida dá um lugar à outra, um jovem indeciso faz mais barulho do que deveria. À ressonância de todo esse barulho, se dá o nome de contos da tormenta.