15 - trio: parte 2

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30 minutos depois, ela acordou, de volta ao abrigo em que eles haviam se instalado. Incrivelmente, ela não sentiu dor após acordar. Ela olhou para Torment, lembrou que havia visto algo muito quente e brilhante saindo da mão dele e disse:

-Cara, o que aconteceu?

-E você acha que eu sei, porra? Tô tentando descobrir.

-O que você acha que aconteceu?

-Eu acho que minha mão explodiu na sua cara.

Ela também achava isso. Ela ficou um pouco assustada, pelo fato de uma explosão ter acontecido na cara dela.

-POR QUE CARALHOS VOCÊ FEZ ISSO?!

-Também não sei.

-Vai explodir o cu do diabo, putão!

-Quem sabe eu exploda o seu.

-Filha da puta. Cadê aquele garoto?

-Ele tava se borrando, pensando que cê tava morta. Não sai daí, já volto.

Torment saiu da sala, em direção ao quarto de Nate, correndo e gritando:

-Tem um demônio aqui na sala!

A mulher achou engraçado e continuou:

-Eu voltei do inferno pra te assombrar, rapazinho!

Nate ouviu a voz dela e sentiu um alívio estranho. Talvez pelo fato de ela estar viva. Ele estava nutrindo afeto por ela, aos poucos, então ficou feliz por ela estar bem. Ele não tinha forças para chorar, embora quisesse. Mas ele estava feliz.

Nate saiu de seu quarto para ver como estava ela, Torment cruzou com ele, então ambos desceram as escadas até a sala.

Ela tinha um corte no lado esquerdo de seu rosto, mas ela não sentia nenhuma dor. Quando ela viu Nate, olhando com a cabeça para fora da parede, ela disse:

-Te achei. Você tava mesmo com medo que eu tivesse morta? Adorável.

-Não me assusta mais desse jeito. - Disse Nate, com voz de choro. Ela não sabia o que fazer naquele momento, então apenas soltou um:

-Calma, guri! - Torment riu baixinho e lhe disse:

-Porra, você não sabe como lidar com criança, né? Meu deus.

-Ei, eu não sou criança!- Respondeu Nate, um pouquinho irritado.

-Ah, é mesmo? Então me diz o que significa "puta".

Nate ficou quieto.

Contos da Tormenta [¼]Where stories live. Discover now