~Segunda-feira, 11 de março de 2159~
08:01 da manhã, casa dos Roger.
O dia começou barulhento. Desde que as tropas do governo começaram a rondar o hospital de veteranos em Long Beach, tudo ficou mais turbulento. A família Roger já havia recebido o aviso de que as vidas deles estavam em risco, então estavam em alerta todo dia, acordando cedo e dormindo tarde para não serem pegos de surpresa.
Eles estavam fazendo seu desjejum em seus quartos, tentando fazer o mínimo de barulho possível.
O general de exército os garantiu que estariam seguros em sua casa, então eles não fugiram; além disso, era lá que estava muito material relacionado aos brainrotters, então ainda era muito arriscado deixar tudo ali.
Mas, sem que eles soubessem, o dia havia chegado. Em alguns minutos, um ataque se iniciaria, podendo acabar com todos. Esse ataque iniciou com um barulho forte, vindo de fora. Ele era abafado pela estrutura ao redor deles, mas não era inexistente.
Pearl e George saíram do quarto deles, e o filho mais velho do casal, Robert, também foi ver o que estava para acontecer. Ele passou pelo quarto de sua irmã e lhe disse:
-Adora. Fica aí. Se você fizer qualquer coisa, eu te quebro.
O barulho não fazia nada além de se intensificar continuamente. Mesmo que abafados, sons ainda podiam ser reparados no meio de tanto estrondo.
Tiros.
Explosões.
Tiros e explosões.
Gritos.
Muitos gritos.De repente, a estrutura estremeceu, e um calor forte foi sentido. George caiu no chão, com medo da morte. Robert pediu alguma coisa para eles, e eles responderam. Ele pegou um isqueiro e saiu correndo para o quarto de seus pais, voltando de lá com várias folhas. Ele entrou no quarto de Adora, jogou tudo e lhe disse:
-Se qualquer coisa acontecer, usa o isqueiro. - Ele saiu do quarto e, com suas mãos trêmulas, sacou sua faca, querendo resistir a qualquer ameaça iminente.
Em segundos, uma luz saiu do teto. Essa luz se convertia em uma imagem. Um homem ruivo, com as palmas de suas mãos incandescentes. Uma mulher loira ao seu lado, tapando seus olhos diante de tamanho brilho. Em instantes, o pequeno buraco proporcionando tal imagem se expandiu grandemente. O homem ruivo abriu um sorriso de orelha a orelha, e pulou para dentro da estrutura com motivação, e gritou:
-Assiste aí, Fauna!
George fez uma pose, indicando estar pronto para uma luta mano-a-mano, enquanto o homem corria em sua direção. Não foi um confronto demorado. O homem ruivo abriu sua mão esquerda e tentou a levar ao rosto de George, que bloqueou com seu antebraço direito. O antebraço, por sua vez, foi dilacerado sem necessidade de impacto. A mão do homem precisou nem atravessar o braço de George, pois a mesma foi tirada do caminho logo antes.
Torment conseguiu segurar a cabeça de George Norton Rogers, e sem muito esforço, se livrou da mesma em segundos. Muitas partes de seu pescoço não sangraram, pois o calor intenso havia as cicatrizado. As poucas partes que não cicatrizaram seguiram jorrando sangue, aos poucos. George foi o primeiro.
Nate pulou para baixo, acompanhando Torment, que estava avançando em direção a Pearl. Ela não foi um obstáculo para o rapaz, que lhe deu um forte soco no estômago, seguido de mais uma explosão. Um buraco foi aberto na mulher, que começou a sentir frio e perdeu seu equilíbrio em instantes.
Robert ficou pálido. Ele não conseguia esboçar uma reação diante da morte de seus pais. Nate não estava fazendo nada. Na verdade, ele não se importou nem ao ponto de assistir à cena diante de seus olhos. Até que ele sentiu uma mão em sua cintura.
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Contos da Tormenta [¼]
General FictionEm um mundo onde uma vida dá um lugar à outra, um jovem indeciso faz mais barulho do que deveria. À ressonância de todo esse barulho, se dá o nome de contos da tormenta.