12 - casa: parte 2

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Após se acalmarem, Torment e seu time seguiram estrada e fizeram acampamento numa casa abandonada. Ele pensou:

Ao que aparenta, somos só nós três e o mundo.

Torment estava começando a pensar que algo estava errado, eram bilhões de pessoas no mundo e apenas 3 não explodiram?

Que injusta a vida estava sendo para Torment, estava tudo tão... conturbado.

Mas ainda não era tempo de pensar nisso, a noite estava perto e eles deviam começar a planejar seus próximos passos.

Torment estava pensando se o carro deveria ser consertado ou substituído, enquanto sua companheira estava conversando com Nate.

-Não fica com medo do Torment, ele está meio frágil depois que o pai dele morreu.

-Há quanto tempo você conhece ele?

-Eu conheci ele hoje, pra falar a verdade.

-Mas como você já sabe o que aconteceu para o Torment, ou sei lá, ficar assim?

-A gente passou umas 5 horas juntos dentro de um carro, obviamente a gente iria conversar.

...

-Vocês me resgataram da... como era o nome dela mesmo?

-Aquela mulher estranha?

-Heidi... algo assim. Vocês mataram ela e me tiraram de lá, por quê?

-...Você não merece isso. Ninguém merece isso, mas você... você é tão jovem, é cedo demais para ver seus pais morrerem. Cedo demais para alguém arrombar sua porta e tentar te espancar até a morte. Não, não tá certo... Mas nós vamos chegar ao nosso objetivo, nós vamos sobreviver. Você vai sobreviver.

-Eu posso falar uma coisa?

-Claro.

-Eu não sei se eu quero mesmo sobreviver.

-Pessoal, eu tenho uma ideia. - Torment gritou.

A companheira de Torment continuou falando com Nate:

-Não fica assim. Sabe, eu sempre estou pronta pra te ouvir. Quando precisar, só falar comigo. Eu e o Torment vamos discutir sobre amanhã. Tem bastante mobília aqui, tenta procurar uma cama na casa, eu e ele vamos achar um lugar pra dormir... Se achar uma cama, consegue se arrumar por conta própria?

Nate acenou com a cabeça.

-Então, boa noite. Te vejo amanhã.

Ela virou as costas, quando ouviu Nate falar:

-Ei...

Ela se virou em direção à ele, e ele sorriu, fazendo o sinal afirmativo com o polegar, depois disso, Nate se virou e foi procurar o local para dormir.

Ela sorriu, e foi conversar com Torment sobre os planos dele.

-Pirralha, eu acho que nós precisamos de recursos antes de sair daqui. Talvez levemos uns 2 ou 3 dias.

-Temos que descobrir o que fazer com o garoto, o Nate.

-Hah, eu gostei dele.

-Ele é frágil, sinto que temos que cuidar dele, sabe?

-Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Provérbios 22:6. Cuidar dele é desnecessário, só devemos ensinar como reagir em situações diferentes. Ele pode se cuidar.

-Tirou citação bíblica do cu?

-Talvez, continua no assunto.

-Tá, mas--

-Não vai dizer... que sente empatia por ele, né?

Contos da Tormenta [¼]Where stories live. Discover now