Contos da Tormenta [¼]

01 - caso 05: parte 1

Torment acordou de mau humor, mas saiu para uma caminhada, escutando música clássica, pois seus avós lhe falaram para escutar música boa pelo menos uma vez. Ele acabou gostando, então começou a ouvir outras músicas desse mesmo gênero.

Durante sua caminhada, pensou:

"Daqui um tempo chega meu aniversário. Será que meu velho vai lembrar? Bem, não sei se deveria esperar nada dele. Melhor pensar em quem se importa comigo. Tomara que ele não pense em uma namorada. Merda, por que eu ainda tô pensando nele?"

Logo após, recebeu uma ligação de seu pai. Torment atendeu com um tom irritado, por ter acordado cedo:

-Ei, velho.

-Você... Tormes...

Tormes era seu apelido, por algum motivo.

-O que foi, velhote?

-O seu dia... tá chegando...

-Tá...

Torment se acalmou. E continuou:

-Aonde você quer chegar com isso?

-Faltam 3 registros... pra... você... ー A ligação foi interrompida.

-Pai... O QUE VOCÊ QUER DIZERー Pai?! PAUL, RESPONDE!

Torment saiu correndo para sua casa. Ele acabou pisando em um gato que estava passeando com sua dona, e, sem parar, pensou:

"Droga, mulher, você deu azar pra esse gato. Depois eu tento ajudar ele. É tudo culpa sua, mulher idiota."

Ele pensa que mulheres dão azar, por isso não gosta muito delas. O motivo disso será revelado com o tempo. Rapidamente, ele parou de pensar nisso e direcionou o pensamento a seu pai:

"Será que... o registro dele foi apagado?"

Quando chegou, quase bateu com a cabeça no batente da porta. Ele tem 1 metro e 87, a porta é cerca de 10 centímetros mais baixa que ele.

Logo, encontrou o celular de seu pai queimando na lareira, manchado de sangue. Não muito longe, encontrou o braço direito do mesmo e confirmou para si mesmo:

"Velho- Você..."

Ele se contorceu em agonia e desconforto, e emitiu um grito tão alto e longo, que logo após ficou sem voz.

Torment socou a parede ao seu lado tão forte que abriu feridas na mão esquerda, que, ao menos, não era sua dominante.

"Isso teve que acontecer justo agora?"