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O campo estava belo como na última vez que Pain viu quando colhia as flores, suspirou derrotado, desejou encontra novamente aquele moreno bonito que o cativou. Por fim se sentou de baixo de uma árvore, puxou uma flor do chão e começou a arrancar petola por petola.

- Bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer. - Disse enquanto arrancava as petolas. - Bem me quer, MAL ME QUER? - Jogou o talo da flor no ar com raiva, cruzou os braços.

- Fica tão fofo fazendo bico. - Se assustou com uma voz vindo de cima da sua cabeça.

Levantou o rosto pro cima e viu o florista com um sorriso nos lábios de cabeça para baixo se segurando pelos pés.

- O que faz aí? - Perguntou Pain.

- Estava pegando maçã! - Mostrou a maçã vermelha para o ruivo. - E sua amiga gostou das flores?

- Ela adorou. - Sorriu. - Você realmente é um especialista.

- É eu sou. - Disse convencido. - Eu vir você jogando a brincadeira do mal me quer e bem me quer, algum motivo pra isso? - Perguntou curioso.

- Bem eu...eu tenho medo...- Ele não sabia o porque mais conseguia se abrir com o florista, era como esse o moreno tivesse um ima que o atraía propositalmente.

- Medo do quê? - Mordeu um pedaço da maçã sentindo aquele doce na boca e azedo ao mesmo tempo que faziam uma bela combinação no final.

- Medo de tudo, de mim, dos meus "amigos". - Frisou a última parte. - Tudo que eu toco eu destruo, parece que fui feito apenas para tirar a felicidade das pessoas. - Sorriu triste.

O florista o olhou no fundo dos olhos do ruivo, jogou sua maçã no ar e a pegou novamente e estendeu para Pain que não havia entendido.

- Pain você é como essa maçã por fora bonito, por dentro é uma mistura de sabores, gostoso, doce e azedo. - Pain corou ele não esperava aquilo, mais um segundo isso era uma cantada? Ou ele estava imaginando coisas onde não existem. - Para de tentar da o seu melhor pra todo mundo, se te virarem as costas, der uma mãozada de palma aberta nas costas deles, se te derem limões faça um musse, se te derem uma tapa devolva com um soco.

- Obrigado vou seguir o conselho. - Arqueou a sobrancelha e começou a gargalha.

- Tá vendo você sorrindo fica mais bonito. - Sorriu junto com o ruivo que corou ainda mais.

- Florista qual o seu nome me diga? - Pediu olhando nos olhos escuros do outro.

- Certo, eu sou Ahihcu.

- Seu nome tem um significado? - Perguntou interessado.

- Tem. - Mordeu outro pedaço da maçã, se sentou ao lado do ruivo olhando a para ele. - Significa, homem de grande natureza.

- Combinar com sua profissão, seus pais escolheram seu nome bem. - Admirou o nome do florista que sorriu triste.

- Meus pais gostariam de ouvir isso, mais muito obrigado. - Sorriu forçado.

- Sinto muito. - Disse abaixando a cabeça.

- Não sinta. - Pegou na mão de Pain que corou com a ação e desviou o olha para o outro lado. - Olhe pra mim gosto de ver seus olhos lilás. - Com a outra mão virou o rosto do menor que tremeu sobre seu toque.

- Pare de fazer isso comigo. - Puxou a mão do florista da sua e virou seu rosto tirando a outra mão, se levantou para ir embora.

- Ruivo o que foi? - Perguntou confuso.

- Você não pode chegar em mim assim, me tratar como se eu fosse especial e ir embora sem mais nem menos. - Se virou de volta com raiva, já com a voz embargada. - Eu não posso aguentar outra pessoa me abandonando, isso me faz mal. - Tocou no peito olhando para o moreno que o olhava neutro. - Não quebre meu coração. - Sussurou a última parte deixando suas lágrimas caírem no chão, apertou o peito sentindo aquela dor novamente o consumir.

A Fazenda || AkatsukiOnde histórias criam vida. Descubra agora