Chupando um canavial de rola

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Rélou leitores lindes! Nalu aqui. Queria pedir desculpa pelo tempo enorme que eu to levando pra escrever. Meu cerebrinho tá sendo mau comigo, mas eu tô bem!

Agora, sobre o capítulo:

Aviso de conteúdo: abuso psicológico, homofobia, sexo explícito

Uma observação, pra q quem leia se situe nas idades dos personagens: A Adora nasceu em 2000, então a idade dela vai ser sempre igual ao ano, exemplo: 2010, ela tem 10 anos. Ela é 4 anos mais velha que os gêmeos e 6 anos mais velha que a Amity, então façam as contas aí :v

Outra observação, o sobrenome da Glimmer é Britto, só uma contextualização hihi

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24 de dezembro de 2010

A ansiedade das crianças domina a casa dos Grassi nessa véspera de Natal. Principalmente para saber de quem é aquele presente enorme, repousando embaixo da árvore de natal, com um embrulho dourado em volta. É uma caixa, aparentemente, em um formato que não parece nem um triângulo e nem um retângulo, na verdade, uma mistura dos dois. Pode-se dizer que é um trapézio, com os lados bem maiores que a base e o topo. Adora desconfia que seja dela, mas não tem certeza, afinal, todas as crianças ali desejam o maior presente.

A ceia é servida às oito horas da noite, e uma hora depois, Odalia e Adora arrumam juntas a cozinha. Alador se encontra no sofá, Edric e Emira também na sala, porém, sentados no chão. A pequena Amity dormiu logo depois de terminar de jantar, sua mãe já a levou para o quarto. Depois de secar e guardar as louças, a mãe e a primogênita se juntam ao resto da família na sala. Os dois adultos assistem TV enquanto as crianças brincam no chão. Emira começa a sentir sono perto das dez e meia. Ela desiste de ficar acordada até meia noite, subindo as escadas até seu quarto. As crianças tinham passado o dia todo dizendo como seriam fortes, e não dormiriam antes da meia noite, para abrir os presentes. Principalmente Amity, se fazendo de durona, dizendo que dormiria bem depois dos outros. Mas a preguiça-pós-ceia a pegou de jeito, como se espera de uma criança de quatro anos. Edric também não demora para desistir. Ficam Adora, Alador e Odalia.

A garotinha loira luta com todas as forças para ficar acordada. São onze e quarenta agora. Falta pouco. Falhando em sua missão, ela cochila no sofá, mas é acordada por sua mãe, a chamando.

– Oi – Adora responde, sonolenta, quase um sussurro. Quando se dá conta do que aconteceu, ela se força para acordar, sentando-se rapidamente – oi mamãe, tô acordada!

A mãe tem um ameaço de sorriso no rosto, parada na frente da filha, com o embrulho dourado em mãos. Já Alador, está sério como sempre. Adora desperta completamente quando o presente grande e pesado é posto em seu colo. Ela não consegue conter a excitação, e rasga o papel como se sua vida dependesse disso. Uma caixa de papelão naquele formato estranho está embaixo do papel dourado. Ela está bem fechada, com fita adesiva. Odalia pega uma tesoura, ajudando a filha a abrir a caixa. Quando abre, os olhos azuis da menina parecem brilhar.

Um violão, com uma capa preta em sua volta repousa no colo de Adora. Ainda com ajuda da mãe, ela retira o instrumento da capa. O tampo dele é feito de madeira clara, e a parte de trás de uma madeira mais escura.

– Ah, mamãe, papai, obrigada! É lindo!

A filha mais velha vinha insistindo para que os pais dessem um violão a ela desde muitos meses antes do natal. Alguns de seus coleguinhas na escola já tocavam teclado, ou violão. Isso despertou em Adora uma necessidade de aprender também. Ela sempre tivera uma paixão por música, e ver outras pessoas à sua volta, da mesma idade aprendendo a tocar um instrumento, fez com que ela se sentisse motivada.

Do Outro Lado - (Catradora / Lumity)Onde histórias criam vida. Descubra agora