alerta de conteúdo: a Nalu tbm é gostosa
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12 de fevereiro de 2021
Adora acorda, sonolenta como sempre e vai se preparar para levar os irmãos até a escola. Enquanto troca de roupas, ela se lembra de sua imprudência ao aceitar o convite de Catra no outro dia: "vamos procurar uma sala vazia". Na hora ela não pensou em nada que poderia dar errado, apenas que precisava do corpo da morena junto ao seu. O pensamento de que alguém poderia abrir a porta a qualquer segundo e estragar seu currículo perfeito a fez estremecer.
Mas, por deus, aquilo tinha sido tão bom! Ela já sente saudades, se lembrando das unhas de Catra a arranhando, e daqueles olhos diferentes, que expressavam apenas malícia quando se encontravam com os seus, dos sussurros dela debaixo de si...
Quando percebe, Adora está com os olhos fechados, apertando sua própria coxa com força. Ela precisa sentir aquilo de novo. Nunca uma mulher tinha mexido tanto com a loira desse jeito. Isso a surpreende. Geralmente era só "oi, vamo fechá", seguido de mãos bobas e logo nem ela nem a pessoa estavam mais vestidas, e nada de tão especial acontecia. Não era assim com Catra.
Acordando de seus devaneios, Adora volta com sua rotina matinal, pois tem que assumir seu posto de irmã mais velha-barra-motorista. Um short jeans e regata preta são suficientes. Com o calor que faz, ela se sentiria bem mais à vontade usando chinelo, mas precisa dirigir.
Descendo as escadas, ela escuta conversas, o que indica que seus irmãos já estão acordados. Parece que tem uma discussão acontecendo.
Já se aproximando da cozinha, a irmã mais velha percebe que seus pais já não estão em casa. Os gêmeos tentam convencer Amity de algo. Ambos estão em pé ao lado da cadeira da caçula.
– Amity, você precisa parar em pé! – Emira diz.
– Eu não tô com fome!
– Mas café da manhã é muito importante! – Edric adiciona. Adora para na porta da cozinha, com os braços cruzados.
– O que foi? – pergunta.
– A Amity não quer comer – o irmão responde – diz que tá enjoada porque tá ansiosa.
A loira puxa uma cadeira ao lado da caçula e senta.
– O que foi, Mittens? – Amity suspira e olha pra baixo.
– Hoje eu vou saber se fui selecionada pro time, e na seleção, o time que eu tava perdeu.
Adora acha incrivelmente fofo o biquinho que a caçula faz enquanto fala. Então, ela ergue o rosto da irmã, colocando a mão em seu queixo.
– Mittens, você joga bem pra caralho! Não importa se o time não venceu, importa o seu desempenho!
Os gêmeos concordam em uníssono. Amity ameaça um sorriso.
– Vocês são suspeitos pra falar! Mas obrigada, amo vocês – logo em seguida, pega um pãozinho e uma faca.
Os outros três fazem festa, se abraçam exageradamente, quase gritando "A Amity vai comer! É um milagre!" e coisas assim. A mais nova quase engasga ao ver a confusão que seus irmãos fazem. É um exagero, mas ela agradece mentalmente por ter irmãos tão compreensivos e fofos.
Adora leva seus irmãos para a escola, como sempre. No caminho, os mais velhos encorajam ainda mais Amity, dizendo que ela é muito talentosa e com certeza conseguiu o título. A garota, no entanto, está tão ansiosa que nem consegue responder. Ela apenas sorri de lado e continua olhando pela janela do carro. Os estudantes descem do carro, e o movimento da escola é o mesmo de sempre. Vários alunos entrando, as inspetoras cumprimentando a todos.
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Do Outro Lado - (Catradora / Lumity)
Fiksi PenggemarQuando Luz Noceda, uma paraguaia de família pobre, recebe de sua prima Catra Noceda a oferta de viver com ela em São Paulo, no Brasil, e estudar numa escola privada bilíngue, ela não hesita em aceitar. Catra é o orgulho da família, aquela que conseg...