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Sábado, 27 de novembro de 2021
A cada atualização no boletim que Luz recebe, um sorriso se forma em seus lábios. Suas notas subiram consideravelmente em relação ao primeiro semestre. Clem, Scorpia e Amity parecem orgulhosas dela. Até começou a estudar mais inglês recentemente, com a ajuda da namorada que, é claro, tem um ótimo nível de inglês.
As manhãs de sábado também mudaram para melhor. Clem passa mais tempo do final de semana em casa. De vez em quando, se permite sair com Adora. Bruno, Gisele, Scorpia, Perfuma e outros amigos de Adora por vezes se juntam a eles. Isso muda completamente o humor de Luz, é revigorante ver sua prima melhor. O clima pesado que alguns meses antes pairava sobre o apartamento 501 vai se dissipando, ainda que lentamente.
No aniversário de Catra, logo após a faculdade, a Panic Velcro tocara em um barzinho LGBTQIA+ e Adora foi irritantemente insistente para que a morena visse a apresentação. Ela não mencionou nada sobre seu aniversário, por isso Catra pensou que a loira havia esquecido. Ledo engano, a cantora punk anunciou o aniversário de Catra no microfone e convenceu os atendentes do bar a cederem uma porção e bebidas de graça para ela. Apesar da vontade de sair correndo do bar e nunca mais voltar, Catra não pôde negar as regalias de graça.
Com as notas indo bem, resta apenas uma coisa que a doce menina do Paraguai deseja: A Saint Peter campeã do Campeonato Interescolar. A Treinadora Huntara quase não contém os palavrões durante os treinos. Estranhamente, Boscha e Frosta parecem ter criado uma parceria, transformando a rivalidade antes tóxica em uma coisa mais dinâmica e saudável. Amity se sente um pouco mais cansada, mas ainda assim, dá tudo de si nos treinamentos.
Finalmente, chega o dia do grande jogo. As meninas do time e a treinadora vão numa van até outra escola num bairro não muito longe, chamada Instituto Fernando Pessoa. São nove e meia de uma manhã de sábado e Luz acordara bem cedo para um café da manhã reforçado: Gus e Virgínia prometeram que estariam lá para assisti-las. Divide um fone de ouvido com a namorada, ouvindo alguma música pop à qual mal presta atenção devido ao retumbar nervoso dentro do seu peito. Skara e Frosta, na dupla de poltronas do outro lado do corredor, se distraem em seus celulares, Frosta com uma expressão enraivecida no rosto e soltando xingos baixinhos aqui e ali. Provavelmente, jogando algum desses games competitivos online que mais estressam do que divertem.
– Chegamos, garotada! – troveja Huntara, assustando Luz. A treinadora guia seu time direto para o vestiário, onde se trocam, calçam suas chuteiras e ouvem a enorme mulher dar mais um discurso motivacional inflamado. Luz não vê a hora de entrar logo na quadra.
Para o alívio da sua ansiedade, tanto ela quanto Amity são escaladas para começar entre as titulares, com Frosta e Boscha completando o ataque e Skara, como sempre, debaixo das traves.
As adversárias têm um uniforme azul com detalhes em branco e vermelho que lembra um pouco o uniforme da seleção do Paraguai. Faz Luz pensar em sua mãe. Gostaria que ela pudesse estar ali para assisti-la.
– Luz! Aqui! – uma platinada grandalhona chama sua atenção na arquibancada, forçando uma mulher bem menor de cabelos volumosos a ficar de pé junto com ela. Clem não tem aquela expressão mal-humorada que costumava ter, no entanto: parece até rir das graças da amiga. Feliz, Luz acena de volta: Scorpia não tinha dito que ela e Clem precisavam ir a algum lugar hoje? Ela devia ter previsto que estavam só zoando para surpreendê-la.
Enquanto o jogo não começa, Amity nota seus irmãos, Gus e Willow na arquibancada. Gus carrega bandeirinhas com as cores da Saint Peter e tenta puxar um canto de torcida entre os amigos, que riem e não o acompanham, envergonhados. A torcida da Saint Peter, comparada à do colégio local, é bem menor e bem mais fácil de identificar, quase toda concentrada no mesmo cantinho da arquibancada.
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Do Outro Lado - (Catradora / Lumity)
FanficQuando Luz Noceda, uma paraguaia de família pobre, recebe de sua prima Catra Noceda a oferta de viver com ela em São Paulo, no Brasil, e estudar numa escola privada bilíngue, ela não hesita em aceitar. Catra é o orgulho da família, aquela que conseg...