Do Outro Lado - (Catradora / Lumity)

Duquesa de havaianas

Cw: gayzices e boiolices

(lembrando que o nome da Willow é Virgínia Salgueiro, o do Gus é Augusto Porto c;)

(e o da Brias é Gostosa) (claramente foi Brias, e não a Nalu, que fez essa última observação)

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27 de março de 2021

Adora desperta, sonolenta, e a primeira coisa que faz, é checar seu celular, que está em sua mesa de cabeceira. Já passa do meio-dia. Uma mensagem de sua mãe diz que "seu pai foi sei lá pra onde, e eu estou no salão". "Sei lá pra onde, é?", pensa Adora. Isso não parece bom. Ela já anda percebendo uma estranheza na relação de seus pais há um bom tempo.

Um resmungo no quarto chama sua atenção. Antes mesmo de se virar, ela lembra. "Porra, tinha esquecido que a Catra dormiu aqui!". Ela olha para a mulher em sua cama, que continua dormindo. Decide deixá-la dormir, afinal, a coitada trabalha demais, precisa de descanso.

Ao sair do quarto, Adora escuta conversas vindas do quarto de Amity. Ela bate na porta, e ao abri-la, encontra Virgínia e Amity conversando. A amiga sentada em seu colchão e Amity, em sua cama, as duas de pijama.

– Bom dia, senhoritas! – a mais velha cumprimenta, e é respondida igualmente – que hora o resto do grupinho chega?

– Combinamos às duas, mana – responde Amity.

– Ah, ok. – Adora cora de leve – É... a prima da Luz, a Catra. Uh, ela foi no show ontem e não tava muito bem, aí eu trouxe ela pra cá e ela dormiu aqui. Só avisando.

– Hummm – a irmã lança um olhar significativo. Adora apenas revira os olhos em resposta. – beleza. Ela já acordou?

– Não, ela trabalha demais, então eu deixei ela dormir. Ceis tão com fome?

As duas amigas se entreolham, e Virgínia assente, meio tímida.

Com isso, as irmãs chamam os gêmeos, e todos, exceto Catra, descem para a cozinha. Odalia tinha deixado o almoço pronto. Enquanto comem, os cinco jovens ouvem passos acelerados descendo a escada.

– ADORA! EU PRECISO IR PRA CASA, COMO VOCÊ ME DEIXA DORMIR ATÉ AGORA? – quando chega na cozinha, Catra se depara com o pessoal comendo, e cora de leve – hã, oi... – ela chega perto de Adora, falando baixinho – eu tenho um compromisso agora à tarde! Eu tenho que ir!

A morena tem os cabelos mais bagunçados do que de costume, as roupas amassadas e sua bolsa está pendurada em seu ombro, toda torta.

– Poxa, Catra. A gente conversou ontem, você disse que ia ficar. Daqui a pouco a Luz tá aqui! Vamo, vai, senta aí e almoça com a gente.

– Eu. Não. Posso! Cada centavo que eu ganho faz uma puta diferença! Num dá, Adora, desculpa.

Adora olha para Catra com uma clara decepção, levanta da mesa e a leva para a sala, longe do restante das pessoas. Catra tem a expressão de uma criança fazendo birra.

– Não é pra mim que você tem que se desculpar – a loira começa – é pra sua prima. Você já não foi no primeiro jogo dela! A Amity comentou comigo que a Luz ficou muito triste. Você deve isso a ela, Catra!

Catra não responde, fica parada por um momento, olhando para o nada, como se analisasse bem a situação.

– Não sei se você faz ideia da admiração que a Luz tem por você – Adora continua – um dia sem trabalhar, seja lá o que você faz no sábado à tarde, não vai fazer um rombo na sua situação financeira, do jeito que você acha que vai!