My supermodel

Castigo.

Notas do autor: Já sabem né, capítulo +18. Boa leitura.

Não gosto da forma que ela está desfilando, muito curvada e sem presença de palco, sem pose, sem nada, um horror!

— Certo meu bem, já está bom — Bebi um pouco d'água, minha garganta está seca e penso que talvez seja nervosismo — Quer ouvir o que eu acho?

A menina parece estar na faixa dos quinze ou dezesseis, não sei dizer bem, é morena de longos cabelos cacheados e olhos castanhos, linda como um anjo, mas precisa ser mais segura de si para estar ali. Caminhou até mim, demonstrando seu receio, e bem, por isso não pode ser modelo.

— Estava ruim?

Fiz uma careta contida e me sentei com o book dela em minhas mãos. Fotogênica, sensual na medida certa, mas definitivamente não sabe desfilar.

— Alguma coisa estava te incomodando na passarela?

Perguntei e ela olhou para os pés. É bem difícil desfilar por isso, alguns sapatos não ficam confortáveis, mas mesmo assim devemos disfarçar e sorrir, ou não sorrir, mas manter segurança como se pisasse em nuvens, nem tudo é perfeito mas devemos passar essa sensação.

— Esse sapato fez bolhas no meu pé...

Falou baixo demais, não consegue olhar nos meus olhos, está intimidada e por isso não vai ser modelo dessa agência.

— Olha, você é muito bonita — Sorriu — Mas não tem presença na passarela, eu não consigo te imaginar em um evento, não agora pelo menos, talvez prática fosse bom, mas no momento, Tsunade quer meninas mais experientes, no entanto, gostei das suas fotos, você é uma boa modelo para revistas de catálogo.

Karin arregalou os olhos para mim, abanei as mãos e tentei não revirar os olhos. Não é por mal, e eu amo ler catálogos, nem toda modelo nasceu pra passarela e quanto mais cedo admitir, melhor, ou insistir e ir até o fim.

— Obrigada, Sakura — Me abraçou sem mais nem menos, não tive reação no início e logo ela se afastou — Sou sua fã.

Não sei reagir quando alguém diz que é meu fã, então só sorri e dei tchau quando ela se afastou.

— Chamar alguém de modelo de catálogo, foi baixo.

Me levantei, procurei um remédio de dor de cabeça na minha bolsa e tomei com um suco de maracujá.

— Estou nervosa, Karin! 

E ela teve o despautério de gargalhar!!! Céus, não sei o que fazer com aquele homem, já faz três dias e aquela Mei ainda não foi buscar o filho dela, nem assinar o divórcio, mas ele me paga, já estou dando gelo a dois dias também, só que mais tarde tenho que assinar os contratos. Pior que amanhã também vou tirar fotos com Naruto. Estou exausta.

— Você está cheia de fãs, não sei o que está acontecendo, como se tivesse dobrado, só homens também — Eu acho que ser casada com um estilista respeitado abre mais portas ainda, talvez seja isso — Isso é meio perigoso.

Karin só pensa na parte ruim, o que me faz pensar na parte ruim também, eu tenho muitos motivos pra ficar inquieta.

— Vou contratar seguranças.

Já devia ter feito isso. Peguei meu celular e liguei para Kiba, ele demorou um pouco para atender.

— Fala meu bem.

Revirei os olhos.

— Preciso contratar seguranças, pode fazer uma lista com fichas? — Ouvi o som de uma TV ligada — Fala sério!