Maré de azar

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(Narradora)

Todos se encaravam e S/N tinha uma expressão confusa no rosto.

Kol: -Por quê não nos apresentou à essa belezinha?

Klaus: -De onde a conhece? - ambos fizeram as perguntas ao mesmo tempo

S/N: -Elijah? O que você...

Elijah: -Não era para você estar aqui e nem lembrar de mim, eu compeli você... Verbena?

Kol: -Não, já mordi ela e não me fez mal. - empurrou meu cabelo com delicadeza deixando meu pescoço à mostra. - Mas o sangue dela é horrível, pior que quando estragado.

S/N não sabia se ficava ofendida ou aliviada com o comentário.

Klaus: -Vamos acabar logo com isso, irmãos! Ela pode ser perigosa.

Elijah: -Não! Ela estava comigo no avião e garanto que é inofensiva.  -dizia calmamente -Ela acabou de chegar do Brasil. Façamos o seguinte: a levaremos para a mansão por poucos dias para Freya descobrir o que ela tem ou é, e dependendo da resposta, decidimos o que fazer.

Klaus: -E qual o motivo do tratamento especial? Brigou com a Hayley e tá precisando de um bichinho de estimação?! -Provocava

Elijah: -Posso ter simpatizado com a senhorita. Mas por outro lado, não podemos matá-la sem descobrir o que é, seria outro risco.  -Respondeu sem dar importância à provocação. Já estava acostumado com isso

S/N:  -Ah, por Deus, agora serei sequestrada. -bufou

Elijah: -Veja mais como uma outra chance.

Kol: -Pelo menos terei algo bom para ver. Tô cansado da cara de vocês todo santo dia.

S/N: -Sequestrada e escrava sexual? Me matem logo!

Kol: -Nunca farei nada que você não queira, amorzinho. Não sou nenhum animal. -Encarava a moça com feição séria

S/N: -Me sugar e me matar não conta?

Kol: -Só se for por vontade própria, o que não é meu caso.  -Piscou e soltou o pescoço da garota.

Klaus: -Apenas alguns dias!

Kol segurou S/N pelo antebraço para a levar pelo caminho.

Poucos minutos depois...

(S/N)

Kol praticamente me arrastava pelo braço, eu não queria ir, e de acordo com eles, se tentassem me pegar no colo e correr no modo vampiro, eu ia acabar vomitando.

Chegamos na mansão e antes eu imaginava algum castelo preto com telhados pontudos, caixões por todo lado e umas estátuas estranhas, tipo gárgulas ou algo assim. Mas quando chegamos, vi algo totalmente diferente. Era bem antiga, mas bonita ao mesmo nível.

 Era bem antiga, mas bonita ao mesmo nível

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Eu observava cada canto, admirando.

- FREEEEEEYA? -Klaus gritava

Uma garota loira apareceu.

-Não precisa gritar Klaus, o que quer? -bufou

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-Não precisa gritar Klaus, o que quer? -bufou

-Onde está Rebekah? - Ele perguntou

- Saiu com Marcel. -Ela respondeu

- Toda vez isso. Mal vemos ela em casa ultimamente. - Esbravejou Klaus Depois explicou o que aconteceu e o que queria. 

- Preciso pesquisar nos grimórios de mamãe para saber qual feitiço usar. Pode demorar um pouco. -avisou a garota aos irmãos

- Temos consciência disso. -respondeu Elijah -A levarei para um quarto e você faz um feitiço de contenção. Freya assentiu. 

Elijah passou o braço por cima de meu ombro e me encaminhou à um quarto no primeiro andar, Freya chegou em seguida e falou algumas coisas em outra língua, que descobri ser uma barreira invisível logo depois.

Eu era uma prisioneira no corredor da morte, mas pelo menos, em uma cela de luxo. O  quarto que me trancaram era melhor que o do hotel.

- Ótimo, quando resolvi ter coragem de me mudar daquele buraco para melhorar minha vida, sou sequestrada por vampiros com uma irmã, que acho ser bruxa, e provavelmente irei morrer... E nem sei o motivo disso tudo. -Comecei a chorar. - Me perdoe, mãe... Nunca faço nada certo! -Falei baixinho em meio a soluços, esperando que, de alguma forma, ela ouvisse.

- Acho que somos dois então. - A voz era de Kol. Enxuguei meu rosto com as mãos e olhei em direção à porta.

- Está me espionando? Estou impedida de sair, não precisa disso. -Falei rouca por conta do choro.

- Não. Audição de vampiro, esqueceu? -Ele respondeu e abaixei a cabeça envergonhada - Meus irmãos saíram, só estamos eu e Freya aqui, mas ela não é vampira, só eu te ouvi.

Ele deve ter feito alguma coisa, pois a barreira o permitiu entrar.

- Como você... 

- Já me envolvi com muitas bruxas no decorrer dos séculos, e também fui um a pouco tempo atrás. Sei alguns truques. - respondeu antes de eu terminar a pergunta e se sentou ao meu lado na cama.

- Séculos... -Fiquei pensativa - No plural...

- Vai se assustar mas... Tenho mais de mil anos, não fico contando todos pois não fazem mais diferença pra mim.

- Mas que porra. - Comecei a rir de nervoso -Estou sonhando!

- Então estaria em um sonho ótimo, comigo. -fez cara maliciosa.

Ri pela gracinha mas continuava em pânico.

(Kol)

Depois que ouvi S/N chorando no quarto, corri para tentar acalmá-la, mas como sempre, só piorei tudo.

Ela estava ali, parecendo pequena e frágil, como uma boneca de porcelana. Vê-la chorando me despertou algo estranho, um sentimento de que eu precisava protegê-la do mundo. Totalmente diferente da garota que representou no Rousseau's.

Pensei que estava melhor quando riu da minha piadinha sem graça, mas daí começou a chorar de novo e tremer um pouco. Parecia crise de ansiedade, e eu não sabia o que fazer para confortá-la. Qualquer palavra mal dita poderia piorar tudo. Então a abracei de lado, esperando um empurrão ou um soco, mas ela não reagiu, só ficou lá, com as mãos no rosto enquanto as lágrimas escorriam entre os dedos. Me aproximei e segurei-a mais próxima.

"Kol, o que você está fazendo, seu idiota? Já matou várias como ela, deixando-as brancas como a neve por sugar todo seu sangue. Como ela está fazendo isso? Como está me atraindo assim?"

Esses pensamentos inundavam minha mente, mas eu não conseguia me mover, como se estivesse sem controle.




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