Em um segundos ele já estava com as presas em meu pescoço. A mordida doeu, claro, senti meu sangue ser sugado, mas isso não doeu, era prazeroso até.
(Narradora)
S/N estava em pânico e não conseguia reagir. Alguns segundo depois, Kol parou e fez uma careta.
Kol: -Credo, que gosto horrível!
Klaus: -Verbena?
Kol: -Acho que não, não me fez mal, só o gosto é ruim.
Verbena é uma planta teoricamente venenosa para vampiros. Se presente no sangue ou aplicado no vampiro, age como ácido. E se adicionada à um objeto/acessório, quem estiver usando fica immune aos poderes deles.
Josh: -Kol, você tá sujando o balcão! - esbravejou o bartender. Kol olhou com expressão brava e ele recuou.
S/N olhou e notou seu sangue que escorria pelo braço, formando uma pequena poça no balcão. Foi sua chance de agir. Aproveitou a distração de Kol e o deu uma joelhada nas partes íntimas dele, que com o susto, a soltou.
Ela correu e olhou para trás em meio segundo para suas, agora, amigas. Elas estavam tranquilas e não expressavam medo algum.
Klaus: -A bagunça é sua, se vira. - disse ao irmão.
A moça já estava ao lado de fora, quase na metade do quarteirão. Era bem rápida desde pequena, algo fora do comum. Não gostava de correr, mas sua vida dependia disso agora.
Ainda correndo, S/N tropeçou e caiu de joelho.
S/N: - Ótima hora pra ser desastrada, Puta merda!- em português
Tentou se levantar, mas sentiu alguém a puxar pela cintura por trás.
Kol: -Olha o palavreado, mocinha. - Ele a segurava com uma mão envolta na sua cintura e a outra segurando seu queixo - Eu realmente não queria ter que fazer isso com você. - Cheirou o pescoço da moça, que se arrepiou.
S/N: -Por que eu?
Kol: -Você só estava no lugar errado, na hora errada, darling.
S/N: -Como você sabe português?
Kol: -Sério? Essa é sua pergunta nos seus últimos minutos de vida? - riu - Só sei o básico do que meu irmão mais velho tentou ensinar, mas pela entonação, você não estava orando.
Então, o rapaz a virou de frente para ele e a prensou contra a parede com a mão em seu pescoço, ainda não apertando muito forte. Se aproximou do ouvido dela e sussurrou.
Kol: -Que pena, poderíamos ter um ótimo fim de semana juntos. Mas se você não foi hipnotizada e nem está com verbena no corpo, provável que seja alguma criatura. O que você é, baby?
S/N sentiu de novo seu corpo arrepiar e tremer, um misto de medo e desejo
"Caralho S/N, isso é hora de sentir tesão? E se ele fosse abusar de você, sua retardada?" - pensou brava consigo mesma. Mas claramente, não era o que ele faria naquele momento.
Kol esperava uma resposta, mas percebeu que o "enforcamento" estava impedindo a garota de falar. Soltou-a. Ao contrário do que esperava, a garota começou a gritar por ajuda.
Não muito longe dalí...
Elijah estava na sacada de sua mansão perdido em seus pensamentos, quando ouviu gritos implorando por ajuda. De início imaginou um deslize de algum vampiro recém-transformado, mas então achou aquela voz um tanto familiar e decidiu ver à quem pertencia.
(S/N)
Tentei minha última chance de sair viva. Gritei. Kol logo tampou minha boca.
- Shh - com um dedo nos lábios sinalizando silêncio - Só responda o que perguntei e agradeça por eu ter gostado de você. Prometo que será rápido e indolor! Preciso fazer isso pois se meu irmão te achar, estamos ambos ferrados, e não estou afim de ficar mais 100 anos com uma estaca no peito dentro do caixão.
Arregalei os olhos.
Em que inferno eu vim parar?
- Você é louco!? Não sou criatura nenhuma! -suspirei em seguida - Só tenho dedo podre pra homens... -sussurrei para mim mesma
- Não a culpo, eu sou uma gracinha mesmo. - disse sorrindo de lado
- Como você...
- Poderes vampíricos, my love. - Klaus respondeu atrás de nós
- Acabo de descobrir que vampiros são reais, se escondem por trás de rostinhos bonitos e vou morrer nas mãos de um... Grande dia! - pensei alto demais e corei em seguida
Senti a mão de Kol fechar mais e não conseguia respirar. Pegou no meu rosto para torcer meu pescoço. Fechei os olhos aguardando a dona morte.
- Devagar aí, irmãos! Essa eu conheço. - Abri um olho e vi Elijah encostado no muro próximo a nós.
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