A urgência pelo poder

518 54 7
                                    


(Narradora)

Stefan: - Foi essa localização que ele deu antes de você... quebrar o pescoço dele. - Explicou com desconforto na voz.

S/N: - Stefan, não vou te matar, eu só devolvi o que ele me fez uns dias atrás com o toque final da perturbação que me causara àquela hora. Ademais, vocês já quebraram o pescoço um do outro incontáveis vezes.

Stefan: - Eu também quebrei o seu... - Encolheu os ombros com as mãos nos bolsos do jeans preto.

S/N: - Pois é, mas eu gosto de você agora. Só um pouquinho. - Fez o sinal com os dedos.

Stefan: - Você decide quem merece viver assim?

S/N: - Sim, como todos aqui. Por que? Sente que devo me vingar de você? - O fitou com os braços cruzados e expressão forçadamente intimidadora, quase cômica, complementando com a gargalhada que deu ao ver que o Salvatore ficou sem jeito.

Stefan: - Espero que não, mas entenderia se acontecesse.

S/N: - Não se preocupe, golden boy, você é um tesourinho importante para o alto escalão da realeza Mikaelson. - Riu mais suavemente dessa vez.

Stefan: - Acho que temos uma coisa em comum afinal. - Soltou um leve riso anasalado que não demorou a se transformar em uma carranca decepcionada ao abrir o porta-malas do carro a sua frente - Droga, eu esperava que ele estivesse blefando.

S/N: - Eu não. - Recebeu um olhar que quase a fez se arrepender das palavras - Só fui sincera... Caramba, ele não é... era um lobisomem? Como é que Damon conseguiu o matar com tanta facilidade?

Stefan: - Damon já é um assassino por natureza desde quando se transformou. Só me admira como Tyler não o mordeu...

S/N: - Já foi tarde, Pincher mal adestrado do caralho. - Falou em português, disfarçando as palavras com a expressão neutra no rosto.

Stefan: - Não precisa traduzir, vindo de você não é coisa boa. Nem adianta disfarçar com essa carinha de boa moça.

S/N: - Só falei que espero que ele descanse em paz... No inferno com o Kai esfaqueando o rabo dele. - Terminou a frase em português de novo com um sorriso que parecia empático a primeira vista.

Stefan: - Temos que organizar o funeral, e precisamos contatar o Matt. - A garota arregalou os olhos, mas logo se recompôs.

S/N: - Ótimo, a mansão Salvatore só pra mim por um dia inteiro. - Mudou o assunto rapidamente.

Stefan: - Não destrua ela, por favor.

S/N: - Tá me chamando de que? Já morei em duas mansões e a de Nova Orleans dá duas da sua. - Contestou a si mesma o motivo de se sentir ofendida, talvez estivesse mesmo mal acostumada com o luxo que os Mikaelsons a trouxeram.

Stefan: - Não foi isso que eu quis dizer, é que você é um tanto... intensa. Não brinque com fogo, por favor, minha casa tem muita madeira.

S/N: - Não sou uma adolescente, Stefan, e eu iria para a dos Mikaelson se você e Caroline não estivessem me cuidando como uma.

Stefan: - Se não vai dar festas e chamar os amigos, por que está feliz em ficar sozinha?

S/N: - Que amigos? Eu quero andar pelada por toda ela com o som no último sem ver você e a loura se pegando em lugares aleatórios.

Stefan: - Aquele dia foi sem querer, eu esqueci de trancar e... tentamos não fazer barulho. - Estava claramente vermelho de vergonha.

S/N: - Pare de ser doido, cara, vocês estão na própria casa. Não precisa bancar o puritano pois minha audição sabe bem que não é nem um pouco. - Provocou para se divertir com o desconforto dele - Eu tô nem aí se você e Caroline testam a resistência da cama... e dos sofás da biblioteca... e da pia do banheiro da sala...

Cara ou coroa?Onde histórias criam vida. Descubra agora