(S/N)
É óbvio o jeito como Klaus iria vir atrás da Care, agora só me resta saber onde ele deixou a Bonnie, porque tenho certeza que ele matou — ou tentou matar — o show da noite (Incubus morrem?). Mas ele não ia se esforçar minimamente pra tirar a pobre Bon Bon daqui.
Mal passei pela cortina e fui obrigada a estacar em meus passos. É claro que o desgraçado do Klaus não ia deixar de me punir.
— Eu sei que devo explicações. — Comento sem jeito enquanto Katherine apenas assiste as reações.
— Sabe o problema, gata? É a segunda vez que você desaparece e surge em uma suruba sozinha. Eu tô começando a ficar preocupado que as minhas dores de cabeça sejam o peso dos meus chifres. — Kai comentou depois de um suspiro audível.
— Parker, você precisa começar a filtrar os momentos pra piadas, isso não tem graça. — Kol o encarou indignado.
— Não foi uma piada.
— Sei que às vezes eu deixo mais difícil confiar em mim, mas apesar de várias falhas no meu caráter, traição não é uma delas. — Eu disse controlando meu próprio riso — Chega a ser ofensivo vocês pensarem que eu seria burra o suficiente pra trocar vocês.
— Ah, mas confiamos em você, amor. Não confiamos nele. — Kol apontou para a pessoa entrando na sala com uma garrafa de uísque.
Me impressionou ele ainda estar aqui… respirando.
— Justo. No entanto, não precisam se preocupar, eu devoro o prazer das moças comprometidas de outra forma. — O guitarrista disse com um sorriso de lado e Kol na hora o encarou nos olhos como se pudesse transmitir seus pensamentos mais violentos.
— Acho bom você se provar útil pra sua própria existência. — Meu original disse com um sorriso parecido, porém com aquele toque de ódio no fundo.
— Por que não te mataram? — Pergunto diretamente para ele — Quem é você?
— Achei que nunca perguntaria. Eu sou Eros, conhecido de longa data do seu pai. — Ignorou minha primeira pergunta.
— Deixa eu reformular, por que diabos você está aqui?
— Você sabe o motivo, não serei o causador de uma discussão desnecessária de relação. Vamos ao que interessa, eu não cumpri totalmente minha dívida com o Hektor a seu respeito, e ele vai acabar vindo atrás de mim de novo se souber também de… — Parou para pensar no que diria e então foi menos direto — umas coisas minhas. Conversei o suficiente com seus homens enquanto o bruxo me deixava amarrado na cadeira, o trato vai ser: eu faço o que vocês quiserem se me ajudarem a desaparecer depois. — Ele foi dizendo e se aproximando cada vez mais de mim, sem quebrar o contato visual.
Eu senti o peso do que ele estava fazendo pelo olhar, minhas mãos estavam suando e meu corpo começou a esquentar. Antes de eu dar mais algum sinal e causar uma puta briga, me afastei e fui até Kol, sentando em uma de suas pernas enquanto ele acariciava minhas costas com um sorriso orgulhoso na cara.
— O que te faz pensar que vai servir de alguma coisa pra mim… digo, pra nós? — Abracei o pescoço de Kol com meu braço livre e no mesmo instante Kai se levantou com um sorriso perigoso no rosto e caminhou a volta do guitarrista como um predador cercando sua presa.
— Acho que talvez ele possa servir de alguma coisa sim.
— A-ham, com toda certeza eu posso. — Ele lançou o mesmo sorriso para Kai e agora a enciumada era eu.
— Parker, pare de brincar com a comida. — Kol soltou de repente e não pude evitar de apertar mais meu braço em seu pescoço com aquela forcinha sobrenatural, entretanto vi um quase riso em seus lábios.
