(Narradora)
Stefan: - Se você disser "eu te avisei", não respondo por mim.
S/N: - Vai fazer o quê? Cantarolar e chamar uma gangue de esquilos?
Stefan: - Vai se... para com isso!
S/N: - "Foder", Tefinho. Não sabe falar palavrão?
Bonnie: - Pare de atormentar o Stefan, tenho uma ideia do que podemos estar lidando.
S/N: - Fala logo, pois tô entediada e impaciente. Nem na faculdade li tanto livro chato em tão pouco tempo. - Fechou a capa de couro a sua frente.
Stefan: - E fica me atormentando por não conseguir convencer meu irmão.
S/N: - Óbvio! Você fica fazendo tudo na base do amor, sendo que muitas vezes a violência é necessária. - A bruxa sentada revirou os olhos com leve erguida no lábio do qual quase veio um riso. O Salvatore preferiu ignorar.
Bonnie: - Quando Enzo me escondeu, lemos um livro que ele gosta juntos e ele me apontou vários detalhes sobre.
S/N: - Bennett, tira o pé da minha janta! - Apressou em português.
Bonnie: - Eu não tenho ideia do que você falou, então vou ignorar. Vocês não perceberam, e nem eu, mas Enzo vem tentando me dizer faz tempo. Já leram "A Odisseia"?
S/N: - Eu esqueço o que li horas depois que termino um livro, não faz pergunta difícil. - Se questionou mentalmente como ainda decorava feitiços.
Bonnie: - É um romance sobre sereias que cantam e atraem marinheiros para a costa de uma ilha para os devorarem. - Folheou as páginas do livro em suas mãos.
S/N: - Você estava lendo isso enquanto eu e o Stefan pesquisava? - Fechou a cara.
Bonnie: - Cala a boca e escuta!
S/N: - Então pare de enrolar.
Bonnie: - "Enquanto isso, peguei uma vela de cera e cortei em pequenos pedaços com a minha espada afiada. Depois disso, chamei meus homens e coloquei nos ouvidos de cada um. Depois eles amarraram meus pés e braços, me deixando de pé, mas com o corpo amarrado ao próprio mastro do barco." - Apontou com o indicador o trecho que lia - Aquele corpo que encontramos dias depois de tentarmos os resgatar... tinha um pequeno pedaço de vela no ouvido.
Stefan: - E amarrado ao próprio para-choque do carro.
S/N: - Não é o que estou imaginando, é?
Bonnie: - Acreditem ou não, mas acho que estamos lidando com uma sereia dessa vez.
S/N: - Eu já não posso duvidar de nada por aqui? Agora até a Ariel de Chernobyl tá fazendo presença?
Stefan: - Suas piadas estão ficando bem previsíveis.
S/N: - Eu tô estressada, me deixa! Descobrir que tem uma maldita sereia querendo comer meu garoto, não deixa minha mente muito produtiva.
Bonnie: - Garoto... - Riu baixo.
Stefan: - Acredito que não seja essa a intenção dela. Ela se alimenta de humanos, e vampiros se regeneram.
S/N: - Comida infinita?! - Falou como se fosse óbvio - E se não for essa a intenção, ainda está torturando todos mentalmente, tentando descobrir quem somos nós. Seu irmão foi o primeiro degrau, e se ela chegar à memória certa, vai descobrir sobre Bonnie e eu do mesmo jeito.
Bonnie: - Não era você que queria tanto matar "a coisa"?
S/N: - Nunca fui de apreciar peixes, mas ainda que eu esteja louca pra fazer filé desse, não sou burra de chegar na cara e na coragem pra ela brincar de The Sims comigo.
