(Narradora)Stefan: - O careca recebendo um lap dance da garota enquanto a esposa dele aguarda em casa com o filho recém-nascido ou a garçonete traficante nas horas vagas?
S/N: - Tanto faz, vamos acabar levando os dois de qualquer jeito...
Stefan: - O que é? Passou pouco mais de um mês e já está enjoada?
S/N: - Achei que levaríamos uma galera da pesada, tipo traficante de órgãos ou sei lá... advogados. Não esse bando de fracassados. Estou fazendo mal uso da minha energia original.
Stefan: - Reclame com o chefe, quem sabe ele não te promove, ou na pior das hipóteses, te chama no RH.
S/N: - Humpf. Só queria alguma diversão, tô entediada.
Stefan: - Hum... Tenho uma ideia. — Afastou as costas do balcão e caminhou até a morena que dançava sensualmente para o homem calvo de aproximadamente 40 anos - Amorzinho, pode me acompanhar? Posso te pagar melhor.
Ela subiu com os olhos para observar o rosto do garoto, que mais parecia um adolescente, mas era seu trabalho e não recusaria um bom dinheiro, uma vez que ainda tinha de conseguir o suficiente para custear os tratamentos da mãe doente por complicações diabéticas.
O homem, por outro lado, viu como um ataque pessoal e se aprontou para expulsar o garoto que tão menos deveria estar alí, sendo surpreendido por duas mão femininas porém um tanto fortes que o puxaram de volta ao assento por trás.
S/N: - Dean, certo? — Debruçou nas costas do sofá para que ele pudesse vê-la - Chega a ser ofensivo você ter esse nome, mas enfim... — Disfarçou a frase invasiva em português brasileiro com um sorriso sapeca.
Dean: - O que quer, menina? Vocês dois nem deveriam estar aqui. Saiam antes que eu chame a polícia.
S/N: - Não se preocupe, amor, somos mais velhos do que parecemos. E tenho quase certeza que sua mulher não vai gostar de descobrir onde estava quando te chamarem pra depor.
Dean: - O quê? Como sabe da minha mulher?
Stefan: - E se ela souber que sua dançarina preferida é uma das amigas do clube de botânica?
Dean: - Quem... — Engoliu em seco - São vocês? O que querem?
S/N: - Espiões. — Sussurrou tirando sarro.
Stefan: - Helen, que tal ligar para a sua amiga e contar tudo? - Sugeriu a olhando nos olhos, e a garota obedeceu ao comando.
Dean: - O que está fazendo, Helen? Sabe muito bem do nosso trato! Eu te paguei para não abrir a boca.
S/N: - Por que ela, Dean? Com tantas mulheres aqui, por que sempre ela? São as tatuagens? Uh, são sexys, não posso negar. — Andou até a garota, apontando cada desenho gravado em sua pele - Ou seria esses belíssimos cabelos azuis? — Dedilhou os fios caídos pelos ombros da outra.
Stefan: - Tenho a teoria de que talvez seja o tesão da adrenalina. É excitante pegar a amiga da sua mulher sem ela saber, não é? Digo, imaginar que pega, certo? Ela se recusa a dar para você, já que seu trabalho é apenas dançar e se despir...
S/N: - Ela é amiga da minha mulher... pois é, pois é. — Cantarolou em sua língua natal.
Dean: - O que essa louca está dizendo? Parem, parem com isso. Eu pago o dobro do que pagaram a vocês!
Stefan: - Acho que ela estava cantando, ou... invocando o diabo. Nunca dá pra saber, amigo. — Deu de ombros.
S/N: - O pagamento que preciso te inclui, querido. Portanto agilize o processo logo.
