Carmen y Isabel - Livro II

Lady

Oieee!! Primeiro peço desculpas pela demora, fiquei sem tempo para escrever o capitulo de Isabel e isso me rendeu varias reclamações aqui em casa HEHEHEHE

Segundo, queríamos agradecer aos comentários e dar boas vindas ao novos leitores de Carmen y Isabel!

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Boa leitura!!

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Isabel

Quando Carmen surgiu na sala meu sangue gelou. Eu suava frio e minhas pernas tremiam. Não era para ela escutar aquela conversa, muito menos as besteiras que Santiago falava.

Me olhou com raiva e mágoa, gritou e logo virou as costas nos deixando atordoados com o que acabou de acontecer. Sei que não era dessa forma que queria contar a Santiago sobre seu passado. Era um assunto delicado para Carmen e eu errei em apoiar essas aventuras do meu cunhado.

- Isabel... - Santiago se jogou no sofá e quando o encarei estava com os olhos marejados. - Me perdoe. - Apoiou a cabeça em suas mãos escondendo o rosto.

Eu fui até o bar, enchi um grande copo de uísque e tomei de uma vez só.

- Nunca mais fale de uma mulher dessa forma, Santiago... - Falei em português, sabia que ele entenderia. - ¡Su vida no es fácil y usted y nadie tiene derecho a pensar que son objetos y tratarlos como si no tuvieran sentimientos! - Ele enxugou as lágrimas na manga da camisa. - En parte es culpa mía, ¡No debería haberte animado a ir al borde! ¡Soy una mula! - Me sentei ao seu lado e entreguei a ele um copo de uísque.

- Gracias... - Agradeceu e bebeu em seguida. - ¿Cómo podría imaginar que mi hermana tuviera este destino? Lo siento Isabel. - Abaixou a cabeça envergonhado.

- Es un asunto delicado para tu hermana y no es así como te quería decir.

- Me disculparé con ella - Ele levantou e segurei sua mão.

- Hoje não... vamos deixá-la sozinha um pouco. Conozco bien a tu hermana, sé que este no es el momento adecuado para tener una conversación. - Ele concordou e se sentou novamente ao meu lado.

- Ainda no acredito... - Santiago não estava com raiva, estava se sentindo culpado.

Um dos medos de Carmen, que a fizeram adiar essa conversa, foi a possibilidade de rejeição do irmão quando descobrisse a verdade. Pelo contrário, ele não a rejeitou, mas se sentiu culpado pelo destino que a irmã teve.

- Queria ter protegido Carmen de nuestro padre, teria evitado tanto sufrimiento... - Falou chorando. Passei as mãos pelas suas costas.

- A culpa não é sua Santiago, tu eras só uma criança, não podia fazer nada.

Ele chorou durante algum tempo e fiquei ao seu lado consolando como podia. Sei que a vida dos dois não foi fácil, principalmente para minha mulher. Santiago resolveu ir para o quarto e eu segui o meu caminho em direção ao meu. Abri a porta e como já esperava estava vazio. Entrei na tina já cheia e lutei contra a vontade de ir até o quarto de Rafael. Sei que ela precisava de tempo.

Deitei e me revirei grande parte da noite inquieta. Ela não voltou para o quarto e sei que a poltrona que ficava próxima ao berço de Rafael não era nada confortável para dormir. Levantei em sua direção, tentaria ao menos fazê-la voltar para cama.