Olá, pessoal!! Tudo bem? Capítulo novo para vocês!!
Bjos
**ALERTA GATILHO ABUSO SEXUAL, SE FOR SENSÍVEL AO TEMA, POR FAVOR NÃO LEIA.
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Carmen
- Isabel! - Gritei assim que vi aqueles dois homens caídos no chão do porão.
- O que aconteceu aqui? - Minha mulher perguntou assustada. - Vamos levá-los para dentro agora mesmo.
Joaquim e Pedro ajudaram os homens e logo corremos com eles para dentro de casa. Estavam tão machucados que respiravam curto, com um olhar desesperado e cansado. Era possível ver os cortes e hematomas na luz baixa da lamparina, mas assim que entramos na sala e as velas iluminaram seus corpos, as marcas da chibata eram cortes fundos em suas costas, o mais machucado tinha um corte de faca no rosto que me fez, novamente tapar a boca assustada.
- De onde vocês vieram? - Isabel perguntou ajudando um dos homens a sentar no sofá.
Eles olhavam para nós desconfiados, apesar de pedirem nossa ajuda. Acho que esperavam que tratássemos eles como todos os outros tratavam.
- Por Deus, o que está acontecendo? - Lucília apareceu com o neto no colo, ele resmungou irritado, provavelmente acordou com o barulho.
- Leve Rafael daqui, não deixe que ele veja isso. - Pedi rápido. - Ana, que bueno que ainda está acordada! Prepare um banho caliente para este hombre e traga una bacia com água morna… e chame Marta.
Ana me olhava aflita e viajou naquela cena, provavelmente lembrando do tempo em que ela viu isso acontecer de perto. Assim como a maioria dos nossos empregados, ela também já tinha sido escravizada.
- Ana… - Chamei-a pacientemente. - Agora, querida.
- Perdoe-e, Madame. - Pediu e saiu afoita.
- Homem, me diga de onde vens? - Isabel pediu de novo.
- Sinhá, nós sabemos que a senhora ajuda preto como a gente... que libertou os escravos daqui. - O menos machucado e que aparentava não ter mais de trinta anos se ajoelhou em sua frente, chorava desesperadamente. - Pelo amor de Deus.
- Levante-se daí e me diga o teu nome. - Isabel o ajudou e o olhou com compaixão. - Eu ajudarei vocês, não precisa disso.
- Assis, Sinhá. - Respondeu de cabeça baixa.
- Assis, me diga de onde vieram. - Ela suspirou e tocou o ombro do homem. - Não precisam me explicar o que aconteceu, eu já posso imaginar.
Marta apareceu na sala e seu semblante sempre doce mudou completamente, ela olhava para aqueles dois homens com tanta dor que eu mesma não a reconheci. Era perceptível que não se conheciam, mesmo assim ela abraçou Assis com amor e ele chorou em seu colo.
- Pronto, menino. - Disse enquanto enxugava as lágrimas dele. - Os Orixás os ajudaram, eu sei que a Baronesa não vai desamparar vocês. Oxalá não há de permitir que se machuquem mais.
Ana logo apareceu com a bacia com água e um bocado de ervas.
- Baronesa…? - Marta olhou para Isabel pedindo permissão para tratar as feridas do moço mais machucado.
Estalei os lábios com aquela pergunta, Marta bem sabia que não precisava disso. Tomei a frente e me ajoelhei no chão ao lado do homem que estava deitado de bruços no sofá.
- Hola, niño. - Esse devia ter vinte anos ou menos, parecia bem jovem. - Dejame ayudarte… - Eu estava nervosa, lógico que ele não entendeu uma palavra do que eu disse.
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Carmen y Isabel - Livro II
RomanceIsabel e Carmen jamais imaginariam que suas vidas mudariam completamente depois daquela noite em que o destino de ambas se cruzaram próximo ao bar, na Pensão de Luxo de Madame Margot. A Baronesa de Vassouras e Madame Carmen sem perceber, se viram pe...