Capítulo 1

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Presente...

Eu tenho que dizer que aquele relacionamento não durou muito.

Era a diferença em gostos, simples assim. Eu fui na onda dele por um tempo, mas simplesmente não entendia.

Para mim, uma universitária tímida, sexo era algo romântico, íntimo, não algo que devesse doer. E o Matheus não gostava de "sexo tradicional", como ele chamava.

Desde então, eu me formei em administração, tenho minha própria cadeia de boates como presente do meu pai, e estou amando tudo isso! É claro, nesse ramo, eu não posso ser tímida, então aprendi com as outras mulheres a ser confiantes.

E aqui estou, aos 28 anos, a dona e chefe do Clube El Fortin Club!

|Laura: Helena, estou na boate, me certificando de que está tudo pronto para festa. Você vem?

|Helena: Sim, querida, já estou indo.

|Laura: Legal! :)

Laura era a representante de relações públicas da boate, além de meu braço direito e melhor amiga.

Aqueles que não a conhecem bem pensariam que ela é a pessoa mais barulhenta do lugar, mas isso é só sua personalidade de trabalho.

Em particular, ela era tímida, gentil e meio solitária. Nossas personalidades eram compatíveis e sabíamos de tudo uma da outra.

— Boa noite, chefa. O carro está pronto.

— Sabe, Nicolas, você não tem que vir pro meu apartamento toda vez. Ninguém vai me atacar no meu próprio prédio.

— É meu dever proteger você a todo momento.

— Eu entendo que é um profissional, mas é sério demais, sabia disso? — Sorri

— É parte do trabalho.

Ele segurou a porta aberta para mim, mais como um cavalheiro do que como guarda-costas.

— Você mandou lavar o carro?

Perguntei enquanto entrávamos no elevador.

— Sim, chefa. Hoje de manhã.

Mesmo eu dando permissão pra me chamar pelo nome, ele ainda me chama de "chefa".

Nicolas era meu guarda-costas e motorista a pouco mais de um ano, e era muito profissional. Eu não sei quase nada da vida dele, mas ele tirou a aliança de casamento três meses atrás.

— Como você está hoje, chefa?

— Bem, mas a Laura está me perturbando pra ir à boate o mais rápido possível.

— Bem, ela é uma pessoa perfeccionista.

— Ela é ansiosa, é o que ela é. Mas ela se esforça ao máximo toda vez.

Ele abriu a porta para mim e eu estava no clube meia hora depois.

(...)

— Finalmente! Eu estava começando a pensar que você tinha caido no sono! O Nicolas teve que te arrastar pra fora da cama?

— Não, mas ele bateu na porta pra ter certeza que eu estava acordada e pronta.

— Tudo bem, Oi, Nicolas! Como vai?

— Oi, Laura! Tudo ótimo! Vejo que você está animada como sempre.

— Amo quando a Helena trás atração nova. Helena, a DJ fez a checagem de som e disse que está tudo pronto.

— Ótimo! Então tudo vai começar como planejamos. Nicolas, se sente em algum lugar, beba alguma coisa. Vou ficar aqui a noite toda.

— Sim, chefa.

Então ele saiu.

— Por que você não deixa ele te chamar pelo nome?

— Eu já falei pra ele me chamar pelo meu nome várias vezes! Mas ele insiste em ser profissional o tempo todo. Não é minha culpa.

— Certo, mais ainda assim... tem alguma coisa no jeito que ele te chama de "chefa".

— Tipo, frio e desligado?

— Quente, Helena. Ele te quer.

— Eu nunca dormir com um funcionário antes. Eu pago o salário dele, seria estranho se a gente começasse a transar.

— Você está exagerando. — Revirou os olhos. - Mas a vida é sua. Só acho uma pena deixar um homem tão bonito ser desperdiçado.

— Até onde eu sei, ele se divorciou, então de você quiser tentar.

— Ele não é pra mim. Ele é o oposto de um macho alfa. Eu adoro homens que tomam o que querem, quando querem.

Fomos interrompidas pela DJ que tinha algumas perguntas para a Laura, então voltei para o meu escritório.

Fomos interrompidas pela DJ que tinha algumas perguntas para a Laura, então voltei para o meu escritório

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Dominado por uma submissa (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora