Capítulo 17

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Alguns dias depois...

- Que legal você passar aqui pra visitar o seu pai, Helena.

- É claro que eu vim ver como você está pai. Você não está dando muitas dores de cabeça para mamãe está?

- Não vamos falar sobre a sua mãe agora.

- Ok, fale. Qual é o problema de vocês dois? Ultimamente, às coisas estão horríveis sempre que eu venho aqui.

- Ela está exagerando, como sempre. Você sabe como ela é, sempre inventando motivos pra discutir.

- Sim, às vezes ela pode exagerar, mas você precisa entender ela.

- Primeiro ela tem que parar de ser paranoica, sobre tudo o que eu faço Helena.

- Agora é você que está exagerando. Você não viu ela na frente daquela sala de operação, morrendo de preocupação! E se isso não mostra que ela te ama, eu não sei o que mostraria.

- Ei, fui eu que tive o peitoral aberto algumas semanas atrás. E você está preocupada com os nervos dela?

- Está impossível conversar com você hoje. Falando no seu coração, o que aconteceu naquela noite? O que te deixou tão exaltado que você teve um ataque cardíaco?

- Ah, isso... Não foi nada, só aconteceu.

Ele está mentindo pra mim? Está, ele não quer me olhar nos olhos. Vou descobrir o que você está escondendo pai.

- Ok, pai, não vou forçar o assunto.

- Obrigada, filha.

Nós voltamos para casa andando, eu beijei ele no rosto e ele me deu um abraço.

- Até mais, pai. Se cuida.

- Você também, filha.

**********

Hoje era uma noite que teria minhas sessões no clube. Eu tinha uma sensação ruim que algo ia acontecer.

**********
Chego no Clube e vejo Sandra com um homem bem a sua frente, até ele ser virar.

- PAI?! - gritei.

- Helena?! O que você está fazendo aqui?! - meus olhos se encheram de lágrimas porque nunca pensei em ver meu pai naquele lugar.

- Você foi levado para o outro cômodo por um motivo. Bernardo. Eu estava esperando evitar isso. - escuto a voz de Sandra.

- Deixe pra lá, eu... Eu vou pra casa.

Os olhos de Sandra o seguiram enquanto ele ia embora, então ela se virou para mim. Eu olhei para ela com ódio e ela sabia que eu não ia simplesmente embora, sem saber de nada.

- Venha comigo, Helena.

Havia imagens na minha mente,
imagens que eu queria arrancar com as minhas unhas, e a fúria era sufocante.

- Me diga, Sandra, eu quero saber o que você faz com o meu pai.

- Você não pode falar comigo assim dentro do meu clube. - daquele momento eu me deu conta.

- Ele estava aqui, não estava? Ele estava aqui quando teve um infarto? Ele estava. É pro isso que ele não queria nos contar o que causou.

Eu mordi a boca com tanta força que achei que fosse sangrar. Ela foi me tocar, mas eu me afastei.

- Helena, você tem que entender.

- Não, eu não tenho que entender nada.

Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, eu me virei e sai do clube com pressa. Mandei Nicolas vim me buscar, sem ligar pra pessoas me vendo naquelas roupas.

**********
O caminho para casa parecia não acabar e eu ainda estava ofegante quando entrei.

- Chefa, o que aconteceu? Parece que você vai explodir.

- Você sabe quem eu vi no clube? Meu pai. Ele tava esperando pela mulher que me treina.

Eu sentei no sofá enquanto ele ficou parado. Ele sentou do meu lado e olhou para mim enquanto eu encarava a parede.

- Você quer conversar sobre isso Helena?

- Eu nem sei o que pensar. Quero dizer, há quanto tempo isso está acontecendo? E ela sabia quem eu era, ela tentou nos impedir de ver um ao outro. Eu nunca imaginei que ele fosse...

- Helena, sem querer parecer um babaca, mas o sei pai é rico e poderoso. Você realmente está tão surpresa que ele transa com outras mulheres?

- Sim, eu estou surpresa e chocada! Não é qualquer pessoa, é o meu pai! Ele não devia ser assim, é nojento! - Nicolas colocou o braço nos meus ombros.

- Não é isso que realmente está te incomodando, Helena.

- Ele é infiel a minha mãe. Ela não merece isso. E ela tinha razão de suspeitar que algo estava errado. Ela desistiu de tudo por ele. E é isso que ela recebe de volta?! - eu levantei e peguei o telefone. - Eu tenho que contar pra ela.

- Não, Helena, não faça isso! Você está brava, não faça nada precipitado!

- Ela merece saber a verdade! Nicolas.

- Talvez, mas você quer que ela escute isso vindo de você? - eu não sabia o que dizer contra isso. Nicolas pegou o telefone da minha mão e colocou na mesa. - Olha, é o casamento e assuntos deles. Não se envolva nisso.

- Eles são os meus pais. Não posso fingir que não aconteceu nada. Se fosse você, ia querer saber se a sua esposa tivesse te traido?

- Eu não sei Helena. De verdade, eu não sei. - eu descansei a cabeça no ombro dele e o seus braços me mantiveram quente.

- Nicolas, por que homens são tão babacas?

- Porque nós sabemos que as mulheres nos amam, e achamos que é algo garantido. E nós não percebemos os nossos erros até que seja tarde demais.

Nós olhamos nos olhos um do outro e ele me apertou mais em seus braços fortes.

- Obrigada por estar do meu lado, Nicolas.

- Estou do seu lado pra qualquer coisa que precisar.

Eu levei ele para o quarto e nós tiramos as roupas, entre beijos, sem dizer nada. Não havia brinquedos, palavras de seguranças, ordens, só emoções puras e intensas.

Ele colocou a camisinha e nós lentamente caímos um no outro, dando e recebendo prazer. Eu perdi a noção do tempo, ele foi tão intenso que perdi os sentindos enquanto tinha orgasmos.

Era meia-noite quando o som de uma mensagem me acordou.

" Helena, venha para o estacionamento na rua 9 em uma hora. Vai valer a pena. Ass: Ana. "

- O que a Ana quer agora?

Dominado por uma submissa (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora