Capítulo 6

132 32 42
                                    

Depois do almoço e uma conversa relaxante com a minha mãe, voltei para casa. Laura veio e eu estava contando as minhas frustrações.

— Não posso ir lá uma vez sem ele tentar gerenciar o meus negócios! E a mamãe fica irritada, o que é ótimo, nós todos estávamos gritando uma hora.

— Não sei porque você fica tão surpresa com o que ele faz. Você não é melhor. Tal pai, tal filha.

— É por isso que eu nunca quis que ele fosse o meu chefe.

— Falando de chefes e mal humor, você e o Nicolas conversaram?

— Não. Nós brigamos ontem à noite, bem aqui na minha sala. Aí eu transei com ele.

— Você o quê?!

Laura arregalou os olhos.

— Eu transei com ele. Foi muito bom.

— Helena, você realmente vai com tudo, não é? O que vai acontecer agora?

— Eu disse para ele que não temos que falar sobre o que aconteceu nunca mais.

— Você está começando a me irritar, Helena. Os seus problemas não vão embora só porque você enfia a cabeça na areia.

— Eu nunca entro em problemas que eu não aguento, você sabe disso.

— Tudo bem. Ah! Droga!

A mão dela escorregou e ela derramou café nas suas roupas.

— Vá pegar alguma roupa do meu armário até as suas roupas secarem.

Eu estava limpando o café do chão quando uma gargalhada me assustou. Laura estava rindo loucamente, então ela voltou com um olhar sinistro no rosto.

— Então, você vai me dizer o que não tem nada acontecendo com você?

Laura não ia dar um passo sem que eu falasse a ela sobre o chicote.

— Sobre isso... não é o que você está pensando Laura. É um presente, eu comprei pra um amigo! Você não conhece.

— Helena, essas coisas vêm na embalagem quando são novas. — Revirou os olhos. — Vamos, sou eu, você pode contar!

— Você lembra daquela noite, quando ficou bêbada? — Assentiu. — Bem, enquanto você bebia a oitava dose, você me contou sobre o seu pequeno passatempo. Eu derrubei a sua bolsa e... encontrei o cartão do Clube Dominatrix e... Roubei... Desculpa.

— Olha pra você... indo de zero a uma ladra no cio em menos de duas semanas.

-— Você falou muito pouco sobre isso, eu fiquei curiosa. Então eu fui procurar, ai um cara se aproximou e me fez uma oferta que eu tive que recusar. Mas nós esclarecemos o mal entendido e ele me levou ao clube. Talvez você conheça ele, ele é loiro o nome dele é Pedro.

— Pedro? Ah, sim, ele é um fofo! É um bobão completo.

— Então ele me levou pra lá e me apresentou para a Sandra, e nós conversamos. O chicote foi um presente dela. Ela quer me treinar para ser um dominadora.

Laura começou a rir tanto.

— Você, um Domi?! Querida, mas você odiava isso antes.

— Tem muito mais coisa do que só bater Laura.

**********

Eu não queria que Nicolas ouvisse a minha conversa com Pedro, então mandei ele ir almoçar.

– Oi, Pedro.

Dei um beijo do seu rosto.

— Oi, Helena! Como você esteve

— Eu estive muito ocupada no trabalho, sabe.

— O seu chefe está te enchendo o saco?

— Não, porque eu sou a chefe. —Sorri de lado. — Então, como você começou?

— Um amigo da faculdade me levou pra lá com ele numa noite, Eu estava solteiro e não tinha nada melhor pra fazer, então aceitei e fui, completamente despreparado. Foi meio divertido, e um pouco assustador, ver tanta gente fazendo aquilo uns com os outros. Naquela hora, eu não sabia o que eu queria, mas a Sandra descobriu em alguns minutos. Encurtando a história, faz dois anos que eu tenho sessões com a Sandra.

— E contratos, acordos e palavras de segurança? Vocês concordaram essas coisas?

— Sim, você faz isso antes de começar a sessão. Ela é muito rígida com as regras. Ela testou meus limites algumas vezes, mas até agora eu nunca tive que usar a palavra de segurança.

— Parece bom. Espere um minuto.

Peço quando meu celular apita, anunciado que chegou nova mensagem.

Dominado por uma submissa (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora