Capítulo 11

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Nicolas nos levou para a casa e saímos do carro para o ar gelado da noite.

- Obrigada pelo casaco, Nicolas.

- De nada, senhora. Chefa, quando eu devo lhe buscar amanhã?

- Não sei, provavelmente vamos dormir até tarde, então não vai ser antes do meio-dia. Você precisa descansar também.

Eu abracei a minha mãe e nós entramos, com frio, cansadas e preocupadas.

Mas eu ainda lembrava dos braços quentes de Nicolas em mim e foi a luz ao longe que eu precisava.

(...)
Vários dias depois....

- O seu pai ainda está no hospital?

- Sim, os médicos querem manter ele lá por mais alguns dias. A cirurgia foi um sucesso, mas ele está fraco. - Laura me abraçou e passou a mão pelo meu cabelo.

- Não se preocupe, o seu pai vai ficar bem. Vocês são uma família forte e teimosa!

- Sim, você tem razão! Obrigada, Laura!

Meu bom humor foi interrompido quando um rosto familiar se aproximou.

- Oi, Helena! Eu sabia que te encontraria aqui!

- Olá. Sra. Convidada notável, temos um mínimo de duas bebidas, então pague ou saia. - debochei.

- E eu pensei que você me daria parabéns por ter te encontrado tão rápido! Você leu o meu artigo? Muito bom, você não acha?

- Era exatamente o que eu queria, uma pessoa aleatória se metendo na minha vida particular.

- Se você namora um empresário, tem que se preparar pra tudo!

- Ana, você é simplesmente adorável!

- Que bom que você gosta de mim, Helena, vai fazer a nossa conversa correr muito melhor.

- Ana, antes de você começar a andar pelo meu clube vou te falar que a sua vítima favorita não está aqui.

- Eu sei onde o Benjamin está hoje, não se preocupe. Eu vim aqui por você!

- Muito bem, você tem dois minutos. Então faça valer a pena.

- Então, agora que você e o Benjamin então namorando. Você vai ter que brigar com as exs loucas na rua?

- Honestamente, a única coisa sobre ele me afetando é você, Ana.

- Tem muito que pode te afetar. Eu não publiquei tudo que eu sei. Todo mundo tem um passado, até o Benjamin.

- Você está se coçando para contar pra alguém, e já que você começou, estou ouvido, Ana.

- Benjamin tem algumas exs-namoradas na sua cidade Natal! Eu sei, todo mundo tem alguns exs. Mas todo mundo tem ex-namorada com famílias, e com quem se encontram em segredo? Quando eles se encontram, tentam não parecer suspeitos, então é claro que são suspeito!

- Eu não tenho tempo pra isso, Nicolas!

- Você chamou, chefa?

- Bem, Oi, gato! Como eu não te vi quando entrei? Eu não me importaria de você me segurar contra a parede em algum canto escuro!

- Como é?! - Nicolas arregalou os olhos.

- Não de atenção a ela. Só a acompanhe até a saída. E diga pro nosso pessoal não deixar mais ela entrar. - ela olhou pro Nicolas da cabeça aos pés e tirou uma foto dele.

- Por que você falou com ela Helena?- perguntou Laura.

- Porque eu queria ver o que ela sabe. Melhor saber antes do que ler online com o resto do mundo.

(...)
Dois dias depois...

Era o dia do meu primeiro treinamento oficial com Sandra.

- Helena, bem na hora! Bem-vinda.

- Oi, Sandra! Estou feliz de estar aqui!

- A nossa sala vai estar pronta em alguns minutos, então espere um pouco, por favor. Pedro, vá se trocar.

- Sim, mestra!

- Ele se voluntariou para ser o seu submisso durante o seu aprendizado.

- Que legal da parte dele! Que bom que não é um estranho total, vou ficar mais confortável. Falando nisso... Eu tive a minha primeira sessão com o Ni... meu guarda-costas.

- Então você já começou! Bom, como foi? - eu contei pra ela sobre a nossa conversa e a sessão que aconteceu naquela noite. - Tudo bem, parece uma sessão normal de principiante. Como foi o cuidado depois?

- O cuidado? - perguntei confusa.

- Helena, você não pode deixar isso acontecer de novo. Isso não é brincadeira de criança, você tem que cuidar emocionalmente do seu parceiro.

- Não vou deixar, eu prometo.

- Essa é minha aluna! Vamos.

Pedro estava esperando por nós na sala.

- Sua alteza, vossa majestade.

Sandra me ensinou o que fazer e Pedro piscou pra mim enquanto eu apertava as amarras.

- Agora, Pedro e eu usamos as palavras de segurança do clube. Se ele disser "Vermelho", eu paro.

Eu fiquei completamente imersa na atmosfera que eles criaram. A mão de Sandra pairou sobre os brinquedos e adereços dela, e tiras de couro rangeram enquanto Pedro se mexia, ansioso.

- Pegue o chicote da mesa e assuma, Helena.

Eu peguei o chicote preto, o desembruelhei, e parei a alguns passos dele. Eu balancei e a ponta do chicote bateu forte contra a coxa do Pedro.

- Ai, Ah... hmm... - gemeu.

Quinze minutos depois a sessão acabou.

- Quando você usar o chicote, ou mire em áreas diferentes ou espere a dor diminuir um pouco. - Sandra guardou o equipamento e desfez as amarras nos braços e pernas dele.

Eu andava juntando meus pensamentos enquanto andávamos para o saguão.

- Então, te vejo aqui em breve, Helena! - nós demos um abraço rápido e eu fui para casa.

Dominado por uma submissa (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora