Capítulo 28

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Só lendo a primeira página, nós sabíamos que tínhamos ganhado na loteria.

- Helena, isso é... Eu não sei o que dizer.

- Eu sabia que ela era desprezível, mas agora tenho por escrito! - nós lemos o material juntas.

- Ela deu um bebê pra adoção quando ela tinha 16 anos Helena... meu Deus.

- Presa por tráfico de drogas, compriu oito meses numa prisão juvenil Laura.

- Eu preciso de uma bebida Helena.

Ela abriu uma garrafa de vinho, e cada uma tomou uma taça enquanto olhávamos por todos os documentos, recriando a linda do tempo da vida de Ana.

- Helena, fala a verdade, o que você vai fazer com isso tudo? Eu sei que ela maguoou você e o Benjamin.

- E o Nicolas.

- E o Nicolas, mas essas coisas são bem sérias, e não é só ela. Essa criança tem o quê, oito anos? Nove?

- Você me conhece, Laura. Quando eu decido uma coisa, eu sempre venço.

- Isso é o que me assusta Helena. - nós paramos de falar por alguns minutos e eu guardei os documentos no envelope.

- De qualquer jeito, eu recebi pelo que paguei. Estou pronta pra tudo.

**********
No dia seguinte...

Eu dormi até tarde e passei o dia em casa, sem esperar nada excitante, mas o destino tinha outros planos para mim.

# Mensagem on #

Número desconhecido: Me encontre hoje à noite naquele estacionamento da última vez, e traga dinheiro.

Helena: Não. Você vem aqui me mostrar isso.

Número desconhecido: Tudo bem. Te vejo lá pelas 9 :*

# Mensagem off #

**********
Faltavam alguns minutos para às 21h, e eu estava sentava na minha sala, esperando ela. Olhando novamente o conteúdo do envelope, me senti confiante sobre essa reunião.

- Bem na hora. - eu fui até minha porta e abrir, esperando ver aquela expressão convencida no rosto dela.

- Oi, Helena! - sem esperar eu convidá- lá, ela entrou e começou a olhar em volta.

- Sente- se, vou fazer um café pra gente.

- Muito açúcar no meu!

Olhei para ela enquanto fazia café, e ela andava pela sala, levantando coisas. Com canecas de café na mesa, nós olhamos uma para a outra por um momento.

- Vamos acabar com isso. O que você quer?

- Meio milhão. A mesma oferta de antes.

- Você não aumentou o preço? Estou surpresa!

- Mesma informação, mesmo preço! Sou tão gentil e justa. É só pra você saber que é genuíno, vou deixar você espiar. - ela pegou o envelope amarelo da bolsa é tirou os papéis.

- Que tal jogarmos um joguinho de advinha o que tem no envelope Ana?

- Tudo bem, se você quer se envergonhar, vá em frente. - eu coloquei os dedos na minha têmpora e fiz uma mimica.

- Estou sentindo algo... hmm, papéis, fotos. Tem uma foto... uma linda foto de família, com Benjamin, sua esposa e seu filho.

Eu vi uma veia aparecer na testa dela, mas ela continuou calma. Eu mencionei mais algumas coisas, e a pressão dela aumentou com cada palavra.

- Então... ele te contou.

- É claro que ele me contou. - eu movi minha caneca de café e peguei o envelope amarelo debaixo da mesa.

- Deixe eu adivinhar. Um processo.

- Na verdade, não. Me fale se isso te lembra alguma coisa.

Com um sorriso sarcástico no rosto. Ana pegou o envelope, abriu e tirou os papéis de dentro. Cinco segundos depois, ela estava revirando os papéis, ficando cada vez mais pálida.

- Por que você tem isso?

- Eu só fiz o que você fez. Você me inspirou, Ana! - nós olhamos uma para a outra e eu apreciei ver ela ficando mais impaciente.

- Então?! O que você quer?!

- Quero que publique um pedido de desculpas e que nunca mais escreva algo sobre eu e Benjamin. Vai ser a minha boa ação para você.

Ana olhou para mim, e foi então que eu percebi que eu estava de pé. E eu sabia que tinha ganhado.

- Tudo bem... Eu... eu não vou mais escrever sobre vocês dois.

Ela abaixou a cabeça, numa raiva silenciosa, então pegou sua bolsa e foi pegar o envelope dela. Ela foi até a porta, tentando manter o máximo de distância de mim possível.

- Lembre dessa conversa, Ana, e reze pra não me ver de novo. - ela respirou fundo, então abriu a porta e saiu, sem uma palavra ou olhar. - Meu Deus... Finalmente, acabou.

Completamente esgotada, fui para a cama e dormi como uma pedra naquela noite.

Dominado por uma submissa (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora