Capítulo 13

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No dia seguinte....

Depois de passar a manhã toda correndo pela cidade, decidi relaxar. Nicolas me seguiu para dentro da cafeteria.

- Se sente Nicolas, nós dois precisamos de uma pausa e uma xícara de café, já passou do meio-dia.

- Obrigada, chefa. Que horas eu devo te levar para a casa dos seus pais?

- Nós vamos assim que terminarmos de beber o café. Estou tão preocupada com o papai, quero ver ele logo.

Nós ficamos quietos por alguns minutos e eu olhei em volta da cafeteria. Uma sensação estranha tomou conta de mim, como se pessoas desviassem o olhar quando eu me virava.

Estou imaginado coisas? Tem aquela mulher, e a garota sentada atrás dela... Se estão me notando, só pode ter um motivo.

- Nicolas, você leu o artigo que eu te mandei ontem à noite? Pensei que você devesse saber.

- Sim, eu li ele e os comentários logo antes de ir lhe buscar hoje de manhã.

- Você está incomodado com o que ele dizia?

- Bem... é besteira, então não... você não parece irritada com isso.

- Eu fique bem irritada ontem à noite.

**********
Cinco minutos depois, eu estava pagando a conta do café quando notei os olhares estranhos de novo.

- Vamos, Nicolas.

Nicolas segurou a porta aberta pra mim, e quando eu ia sair, uma voz de uma mulher gritou para mim.

- PIRANHA!!!

Eu olhei na cafeteria e todo mundo fingiu que nada aconteceu.

**********
pensei no que aconteceu até chegar na casa dos meus pais.

Pessoas que não tem nada a ver com a sua vida te xingando em público. Vou agradecer à Ana por isso quando vê ela.

- Você tem certeza que está bem?

- Sim, estou bem. Só uma coisa, não mencione isso pra ninguém, família ou funcionários, entendeu?

- Eles não vão escutar de mim.

- Bem. Minha família não tem que ficar mais preocupada do que já está.

**********
Eu não sabia o que esperar. Meu pai parecia bem no telefone, mas eu ainda estava preocupada.

- Aí está ela! Oi, filhinha!

- Oi, pai!!! Como você está se sentindo? - eu fui até ele e lhe dei um beijo no rosto.

- Não vou quebrar, então abrace o seu pai direito! É bom estar em casa! Eu estava de saco cheio naquele hospital!

- Se você tivesse em casa em primeiro lugar, não teria acabado no hospital.

- Mãe, por favor...

- Era disso que sentia falta, Lisa. Essa sua língua afiada.

- Pessoal, por favor, não façam isso. - perdi.

- Eu devia voltar pro hospital, pelo menos lá tinha um pouco de paz e sossego!

- Devia ter bastante sossego naquele bar de garotos onde você vai beber! E por que nenhum dos seus amigos foi com você pra emergência?

- Porque eles sabiam que você estaria lá.

- Qual é o problema de vocês dois?! Pai, você precisa de descanso, não de briga!

- Ela começou!

Eles continuaram brigando por mais dez minutos. Eu realmente não queria ouvir algumas das coisas que eles disseram um paro o outro.

Esse é um dos motivos de eu estar feliz de ainda não ser casada. Era só o que eu precisava, outra coisa pra aumentar a minha pressão hoje. Eu tenho que relaxar ou vou perder a cabeça!

# Mensagem on #

Helena: Nicolas, quer fazer uma sessão comigo hoje à noite?

Nicolas: Claro, Helena.

Helena: Tudo bem. Traga o carro em cinco minutos.

# Mensagem off #

- Vocês dois continuem, eu vou pra casa.

- Mas, Helena, você acabou de chegar aqui. - disse mamãe.

- Confiem em mim, vocês precisam de uma conversa muito mais do que precisam de mim aqui. Então me façam um favor, abaixem a voz e vão pra uma terapia de casais.

Enquanto andava até a porta, pensei em como era ruim eu ser filha única. Se tivesse uma irmã ou irmão, podíamos trabalhar juntos para fazer nossos pais tomarem jeito.

Dominado por uma submissa (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora