Falando Sobre e Desistir!

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Após a dança do casal, a pista ficou totalmente livre para aqueles que gostariam de dançar, e os garçons servem suas mesas com o prato principal, e havia duas opções, robalo ao molho de vinho e ervas, ou mignon de cordeiro ao vinho e batata campestres, cada convidado optara por seu prato anteriormente e assim que prontos foram servidos devidamente em suas mesas, de bebida serviram vinho tinto como escolha para ambos os pratos,enquanto isso a banda cantava The Scientist para embalar o momento,deixando o local com um ar mais leve, enquanto as pessoas conversavam e jantavam tranquilamente em suas mesas.
 
— A noite esta extremamente agradável – Jane exclama durante o momento.
 
—  Sim, de fato esta Jane --  Mel concorda com a mesma. — Estou ansiosa para saber o quanto será arrecadado ao fim da noite.
 
— Eu também, mas ainda temos um leilão a ser realizado antes do resultado final. – Grace aponta e sua voz quase não é capaz de inibir sua alegria naquela noite e no quão especial estava sendo cada momento.
 
O jantar finalizou com as sobremesas que ficou a escolha de cada, podendo optar por um suflê de chocolate com creme inglês, ou creme brûlée, e após o mesmo deu-se inicio ao leilão de obras doadas pelos convidados, entre os itens havia quadros, esculturas, locais a permanecer, como um fim de semana na casa de Bora Bora que pertencia a um dos convidados e ofereceu a estadia no leilão para qualquer outra pessoa interessada, e entre outros itens, todos leiloados entre os convidados.
 
— Que noite emocionante, não é mesmo?—O mestre de cerimônias surge a falar no microfone, e logo um holofote esta sobre ele no palco. — Estou honrado em ter apresentado, conduzido este evento magnífico, em nome da Família Rogers e do projeto SU2C, gostaria de agradecer a presença e entrega de todos para este evento que apoia esta linda causa, e sinto-me alegre e grato em anunciar que arrecadamos 6 milhões esta noite para a luta contra o câncer.
 
O coro de palmas soa pelo salão alegremente ao receberem os resultados do evento, Natasha sente-se feliz enquanto abraça o marido ao seu lado, mesmo sentada segue a comemorar com ele pelo feito da noite, sentia que fariam a diferença de alguma forma na luta que os importava tanto.
 
— Conseguimos – Thor abraça Steve empolgado.
 
Steve observa os pingos de chuva que caiam leves desde o fim do baile, os pingos molhavam e escorriam contra sua parede de vidro, sentado em seu piano com sua calça de pijama e camisa de mangas curtas ele seguia a observar e tocar as teclas levemente, a noite havia sido esplendida no baile, e estava mais que satisfeito com o valor arrecadado e o quão impecável estava tudo. Ao estarem em casa, ele e Natasha tem um belo momento após o banho e ela pegara no sono, enquanto ele seguia desperto e para não a acordar, optou por deixá-la na cama e tocar piano.
 
— Esta sem sono? – Grace questiona no escuro da sala, o observando sentado e sozinho a tocar, perdido em seus pensamentos e ela não conseguia identificar se eram conflituosos ou não.
 
— O que faz de pé?—Steve a questiona, observando-a aproximar-se do piano em uma longa camisola de cetim preta e um longo robe fechado sobre o mesmo.
 
—  Eu estava lendo um pouco e ouvir a melodia, vim me certificar de que esta bem. – ela o responde sentando ao seu lado no bando de mogno do piano.
 
— Desculpa, não quis a acordar. – Steve desculpa-se com a mãe e Grace o observa, sorrir levemente antes de suspirar. — Ainda estou pensando na noite, conseguimos um bom valor para o projeto, e eu estou feliz e orgulhoso com isso.
 
— Mas?—Grace questiona por conhecê-lo tão bem.
 
— O vídeo da Camila, a forma como ela pediu por um doador, para viver me fez sentir péssimo pois ela esta na fila para um transplante a um tempo e eu passei na frente dela.
 
— Não passou, sua doadora era compatível com você e não com Camila – Grace o explica numa tentativa de aliviar esse sentimento.
 
— Eu sei, mas ela espera a um tempo por isso e eu não esperei nada, sinto que passei na frente dela por não ter que esperar como ela fez, e todos os dias eu vou dormir ou acordo temendo receber a noticia de que ela não agüentou. – ele explica-se a ela, estava mesmo precisando desabafar com alguém e se tinha alguém que o entenderia seria sua mãe pois ela sentia isso em relação a ele.
 
— Eu sei como se sente, mas a Camila esta mais estável que você esteve quando precisou do doador urgente, ela tem mais chances de agüentar e seguimos na busca – Grace responde calma.
 
— Às vezes penso que estou falhando com ela.
 
— Mas você não esta, sabe que este tipo de coisa não se controla e que tudo seria mais fácil se tivéssemos contato com a parte paterna dela, não sabemos nada do pai de Camila e aparentemente ela é mais compatível com ele do que com Theresa. – Grace o explica. — Mas não vamos desistir, havia alguém para você e há alguém para ela.
 
— Espero que esta pessoa apareça a tempo, seria doloroso demais perder ela também.
 
— Tenha um pouco de fé meu filho. – Grace o abraça e toca uma das teclas do piano com seus dedos magros e longos, ágeis e exibindo suas unhas feitas e pintadas de branco, elegantes e impecáveis como sempre. — Quer um chá?
 
— Eu adoraria.
 
Steve a acompanha até a cozinha pouco iluminada, e senta sobre a ilha enquanto sua mão colocava a água do chá no fogão a para ferver.
 
— Você me parece saudável, eu fico aliviada sempre que o vejo corado e voltando a seu peso – Grace exclama a buscar a caixa com os sache de chá da Twinings of London, e o mesmo escolhe um dos saquinhos com sabor chá verde e hortelã, enquanto sua mãe optou por camomila.  — Como tem se sentido?
 
— Eu me sinto bem, ás vezes cansado, mas nada que uma noite de sono não me faça sentir bem no dia seguinte.
 
— Evite trabalhar até a exaustão, sei que gosta do que faz e quer voltar ao seu normal, mas caminhe antes de correr meu filho. – A mãe o aconselha enquanto serve a água quente em xícaras e ele abre o seu chá e coloca sobre a água, a observando aos poucos ganhar cor, enquanto o vapor sobe.
 
Grace apoia-se na ilha a mexer o chá na água quente enquanto o observa ganhar cor, e ambos suspiram ao mesmo tempo. E acabam por ri ao perceber.
 
— O que tem em mente? – Grace o questiona. — Qual o motivo da sua preocupação?
 
— Estou pensando na possibilidade de falar sobre a doença como fiz hoje, recebi algumas propostas de entrevistas e até capa de revista para uma exclusiva.
 
— Acha que deve fazer? Se você acha que sim, então vá e faça. -- ela o aconselha. — Nada nunca o impediu de fazer algo que queria, por que esta recuando?
 
— Até esta noite eu não sabia se conseguiria, estou começando a considerar.
 
— Faça, se quer então vá e fale meu filho, fale o que esta preso ai e dê voz a Camila, a Maria, e a todos os que foram pacientes como você. – Grace dá sua opinião ao mesmo, e ele a escuta enquanto bebe do seu chá ainda quente.
 
— Mas e você por que suspirou?—ele questiona.
 
— Sinceramente? Estou pensando na agenda da semana e na quantidade de cirurgias, quantas tem as chances de dar certo? -- ela o responde e o mesmo a observa bebendo um pouco do chá, com o olhar distante.  — É difícil manter o profissional, quando eu já estive do lado oposto e temi pela vida de alguém que amo.
 
— Você sempre foi assim, não foi somente por ter estado do outro lado, é isso que a torna uma profissional excelente, um ser humano maravilhoso e não falo isso por ser seu filho.
 
— Eu agradeço muito, vindo de quem eu amo elogios assim me fazem sentir bem. – Grace o responde, ela de fato sentia-se bem ao ouvir os elogios dos filhos desde a infância, sentia-se grata e com o coração cheio de amor, quentinho e completo. Seus filhos sempre foram meninos especiais, com personalidades distintas mas que completavam-se, o que faltava em um encontrava no outro, eram crianças energéticas, criativos e criavam suas aventuras até dentro de casa, estavam quase sempre com algum machucado no corpo de suas brincadeiras mas eram felizes, e apesar das travessuras e bagunças ainda eram os meninos mais carinhosos, inteligentes e gentis, tanto entre si quanto com os outros, e a cada dia a certeza que ela tinha era que eles foram feitos especialmente para ela e Apolo, eles completavam seus pais, como peças de um quebra-cabeça perfeito. — Lembra que eu costumava apertar vocês toda vez que diziam me amar na infância?
 
— Lembro, você era muito emocionada.
 
— Eu ainda sou, é bom ouvir do filho coisas assim. – Ela responde e o escuta gargalhar, Steve balança a cabeça positivamente. — Vai saber como é, ou já sabe afinal tem a Camila e a Maria.
 
— É, é mesmo muito bom ouvir elogios dos filhos.
 
— Eu que o diga, para mim é ouvir sinos celestiais. – Ela exclama.
 
Grace o acompanha no piano novamente, e desta vez ela toca com ele, Steve fora o único filho que preferiu aprender piano como ela, já Thor optou pelo violino como Apolo, e Tony pela violão para fugir do clássico, não que ela achasse ruim afinal apenas queria que eles aprendessem um instrumento, os queria com um pé na música. Seus filhos tinham uma educação bem rigorosa, eram livres, mas para ter a liberdade que gostavam, primeiro tinham que seguir suas regras, estudar, ter aulas de instrumentos e fazer artes marciais, imaginava que talvez a música os ajudara a tornar tão sensíveis, as artes marciais pode ter os tornado fortes e destemidos, alimentado suas sedes por aventuras, sabia que toda sua paranóia quanto a educação deles valeu totalmente a pena.
 
— Acho essa música linda – Grace exclama, não era uma excelente pianista, se considerava uma boa pianista, chegou um momento de sua vida que não conseguia praticar por horas e horas, ela precisava ser mãe, ser médica e administrar uma rede de hospitais, mas sempre que conseguia sentava ao piano e tocava, observando o caos de sua casa com seu trio de meninos a correr e rir, a maioria de suas memórias enquanto tocava eles estavam em volta correndo em pijamas, rindo e gritando como um couro ao fundo da música, dando vida ao ambiente. — Quando toco me recordo de ver três seres, correndo e gritantes a minha volta.
 
— Boas memórias.
 
— Eu diria que Maravilhosas, é o que tenho de mais valioso depois de vocês, que tal um pouco de Beethoven?—ela sugere e Steve concorda reiniciando para sonata em ré menor, também conhecido como ''A Tempestade'', e a dupla segue a tocar.  
 
Steve beija sua mãe antes de seguir para o quarto, a deixando em frente ao quarto que ela estava a dormir com Apolo, ao entrar em seu quarto depara-se com a esposa ainda a dormir profundamente, e cuidadosamente ele deita-se na cama, temendo a despertar, logo em seguida Natasha move-se, virando na direção dele, e agarrando seu braço ainda a dormir. Pela manhã a primeira coisa que ele faz é sair para correr com Sam, para conversarem e reviverem os velhos tempos em que ele o fazia companhia nas caminhadas ainda em Genebra, em seguida eles retornam para a cobertura, tomam café com Natasha e os pais de Steve, e o loiro prepara-se após um banho para os levar ao aeroporto.
 
— Nos vemos em breve, quero ver você assim saudável e se possível totalmente saudável. – Grace o abraça na pista de decolagem onde o jato do casal estava no aguardo, ela o abraça e beija o rosto mais de uma vez. — Se cuida por favor meu filho.
 
— Pode deixar, eu ligo se acontecer algo.
 
— Eu acho ótimo, olha lá os outros dois bagunceiros vieram me dar um abraço. – Grace anuncia ao ver os dois carros surgindo ao longe e parando subitamente, de cada carro sai Tony e Thor. — Vocês vieram dar um abraço na mamãe.
 
— A senhora disse que morreria de tristeza se não viéssemos, essa chantagem dói dona Grace. – Thor rebate óbvio. — Desde criança usa isso contra nós.
 
— Vem cá, deixa eu abraçar – ela o puxa e o abraça enquanto o loiro sorri quase a fazendo sumir no abraço dele, e Steve olha para Sam a segurar o riso vendo a mãe chamar o irmão de bebezão e o beijar constantemente. — Agora sua vez Anthony
 
— Se me chamar de bebezão, eu não te abraço – Tony se afasta dela que confirma, então ele segue até estar a abraçando, apertado como ela o fazia.
 
— Meu bebezão – ela o beija e aperta seu rosto.
 
— Fui enganado, é sempre assim – Tony reclama enquanto sente ela mexer em seus cabelos e exclamar que ele necessitava cortar um pouco, assim como Thor. — Eu vou a barbearia, prometo e a senhora vá ao SPA, relaxe por um dia e cuide para conter as rugas.
 
— Te chamou de velha, eu colocaria ele de castigo – Apolo exclama a descer do jato, estava colocando a bolsa da esposa dentro da cabine e a sua mochila, além de falando com o piloto. Tony rir ao ouvir o pai,  ele desce os degraus e esta na pista, abraçando Thor e em seguida Steve, e por ultimo Tony.
 
— Também esta precisando relaxar, cuidar para controlar as rugas e fios brancos. – Tony responde ao pai que lhe aperta a orelha e ele ri conseguindo escapar, esfregando o lugar enquanto Sam rir descaradamente ao ver a cena. — É Só um alerta de amor.
 
— Bom, temos que ir. – Apolo avisa ao notar o horário, e o trio em minutos observa a aeronave taxiando na pista antes de levantar vôo metros e metros a frente deles.
 
— Deus cuide dos nossos velhinhos. – Tony exclama encostado em seu carro, e com seu óculos escuro no rosto.
 
O trio deixa o local, a disputar uma corrida até a empresa, provocando uma ao outro no transito, Steve ri ao ver Tony fechar Thor e lhe mostrar o dedo do meio antes de buzinar e sair na frente de ambos. Era sábado mas eles iriam seguir Tony para ouvir o mesmo mostrar os esboços do novo projeto. O fim de semana chega ao fim rapidamente, com o casal a descansar em sua casa isolados de todo o resto, depois de dias puxados para dar vida ao baile, mereciam colocar os pés para cima e curtirem um ao outro, dormirem bastante enquanto esperavam a semana reiniciar, e na segunda pela manhã lá estava ambos prontos para suas funções.
 
— Bom dia Sr. Rogers. – Maria o saúda ao ver o elevador abrir, e rapidamente sai de trás de seu balcão com o café dele.
 
— Maria, ligue para Suzan do NY Daily, quero conversar com ela. – Steve solicita assim que atravessa as portas do elevador em seu andar na presidência da empresa. Maria o entrega a xícara com café, ela confirma ao ouvir o comando do loiro, e Steve ergue sua xícara em direção a ela. — Obrigado pelo café, e, aliás, Bom dia.
 
Steve tem uma breve conversa com Suzan, decidira aceitar e falar sobre a doença imaginava que se conseguira falar na noite anterior, conseguiria novamente, daria uma exclusiva a revista a qual Suzan é a diretora, e ao receber a resposta do mesmo, a mudança de sua resposta na verdade, ela ficara empolgada, e lá estava o loiro pedindo a Maria para encaixar a entrevista para o fim do dia. Ele não sabia se o fato de estar ansioso para isso era o que o fazia sentir que o dia estava voando, mas era como ele sentia, que as horas estavam correndo sobre seus olhos, e sentia-se de extremo ansioso, a ponto do seu estomago embrulhar muitas vezes, e pegar-se a tremer angustiado, mas não queria voltar atrás, temia recuar e não conseguir mais.
 
— Organizei a sala de reuniões para a entrevista. – Maria anuncia a Steve. — Suzan vai chegar por volta das 5:30pm, solicitei uma mesa para chá da tarde.
 
— Eu agradeço Maria, avise aos meus irmãos, ver se algum deles pode estar comigo durante o momento, por favor. – Steve a solicita e Maria confirma retirando-se da sala, retornando minutos depois com a resposta. — Assim que o seu horário acabar e não tiver acabado a entrevista, pode ir para casa e eu me viro.
 
— Eu posso desmarcar, se quiser que eu fique realmente – Tony fala ao telefone, ele havia dito que não poderia ficar, pois havia um jantar para decidir algumas coisas do casamento com Pepper.
 
— Não, tudo bem vá para seu jantar e resolva seu casamento, sua felicidade em primeiro lugar.
 
— Não é bem assim.. Há um pacote de coisas que me faz feliz e você é uma dessas coisas maninho, Thor ficará com você? – Tony questiona, já estava a caminho do encontro com Pepper.
 
— Jane e ele estão fazendo aniversário de namoro, eles partiu para o Hamptons uma hora atrás com ela.
 
— Ah é verdade, droga, eu vou falar a Virginia que estou com dor de barriga e desmarcar. – Tony exclama na chamada e Steve ri ao ouvir a desculpa dele.
 
— Não faça isso, ta tudo bem de verdade, irei avisar a Natasha e fazer a entrevista, eu estou bem só queria companhia, mas estou bem, dê um beijo em Pepper por mim.
 
Eles desligam a chamada e Steve coloca-se de pé, caminhando para a sua grande parede de vidro com vista para o inicio da noite que caia, Suzan havia avisado que estaria atrasada pois o transito estava infernal, ele liga para a esposa deixando uma mensagem de voz, avisando que iria demorar pois havia marcado entrevista.
 
— Senhor, ela chegou. – Maria disca para a sala de Steve, o avisando, e em seguida desliga, quando ele agradece. Steve encaminha-se para fora de sua sala, em direção a sala de reuniões em seu andar, a assistente de Maria passa por ele desejando uma boa noite, e ele responde educadamente antes de entrar na sala e ver que Suzan o aguardava.
 
— É um prazer estar aqui Steve, fico feliz e grata que tenha nos escolhido para falar sobre sua fase difícil. – Suzan fala ao cumprimentá-lo. — Podemos começar?
 
— Claro, gostaria de beber algo?—Steve a oferece e a mesma confirma, ela questiona se poderia servir-se. — A vontade, estarei pronto assim que estiver pronta.
 
Ele a observa ligar o gravador, e abrir uma página de perguntas impressas, de duas folhas a sua frente, com uma caneta em mãos ela sorri, antes de beber um pouco do suco que serviu para si.
 
— Desculpem o atraso, o transito estava horrível – Natasha surge entrando sem bater, e caminha até o marido dando um breve e carinhoso beijo nele. — Oi Suzan, bom vê-la novamente.
 
— Oi Natasha – Suzan a cumprimenta. — Vai participar da entrevista?
 
— Vim dar apoio ao meu marido, não curto ficar em casa esperando descalça.
 
— Não faz mesmo o seu tipo, acho que podemos começar, pronto Steve? -- Suzan questiona, Nat senta ao lado do marido e remove seu blazer exibindo seu body de renda branco, sobre sua calça de cintura alta azul claro, assim como o blazer.  
 
— Sim, podemos começar.
 
1. Qual foi o seu diagnóstico Steve?
R: Leucemia Mielóide Aguda, é um câncer no sangue causado pela desordem de células dos sangue que se proliferam com mutação. Basicamente eu comecei com uma anemia grave e acabei com câncer, não sou um especialista não posso detalhar essa parte, não esta nas minhas capacidades explicar, o que não é do meu domínio.  
 
2. Quando teve o incidente em Paris, já sabia da doença?
R: Sim, estava me cuidando, mas já sabia .
 
3.Havia muito tempo que sabia do diagnóstico? por que decidiu esconder a doença?
R: Não, não havia muito tempo quando ocorreu o incidente em Paris. A Decisão de não contar pelo que estava passando foi minha, eu não queria que as pessoas soubessem, na minha cabeça estar ligado a isso seria difícil, já estava passando por um tratamento pesado e precisava de certa forma me proteger, querendo ou não o mundo não é um arco-íris e expor minhas fraquezas tornaria tudo ainda mais difícil, ninguém gostaria de estar sendo apontado em todos os sites, jornais e revistas enquanto teme pela vida, foi uma forma de me proteger, e proteger a minha família do assédio durante esse momento.
 
4. Como foi este incidente?
R: Eu tive alguns sintomas, estava sozinho e acabei perdendo a consciência, lembro que havia sangue e depois só me recordo de acordar no hospital em Genebra. Tudo ainda é confuso, sei que em Paris senti dores, me sentia fora do ar e depois havia muito sangue, tudo foi muito rápido e confuso. Não sei detalhar isso, estive desacordado grande parte do tempo até despertar em Genebra, mas eu tive uma parada cardíaca na transferência e meu coração parou por seis minutos, no hospital tive uma segunda parada e fiquei 8 minutos morto até me reanimarem, só acordei dias depois e não fazia idéia de nada disso .
 
Natasha o escuta responder e instantaneamente ela fecha os olhos ou ouvi-lo falar sobre estes dois momentos em que ela estava a caminho dele ainda, apavorada e também sem idéia alguma de que por estes breves momentos havia o perdido.
 
5.Como se sentiu ao acordar e saber o que estava acontecendo?
R: Assustado, foi difícil ouvir o que eu ouvir e passar pelo que passei durante todos aqueles dias, foi uma experiência dolorosa e difícil do inicio ao fim. Não posso apontar um único sentimento, era um turbilhão de sensações e sentimentos que me consumiam, por muitas vezes eu senti raiva, angustia, irritação, medo, tristeza, mas grande parte do tempo era medo e tristeza.
 
6. Como foi o tratamento?
R: Pesado, é algo que só é possível entender ao passar por isso, você não consegue ter uma dimensão do que um paciente oncológico estar passando ou sentindo, acha que sim que por ver é possível entender, mas só compreende realmente a dor física, a dor emocional, o medo e a tristeza quando se torna um paciente, não é algo mensurável aos olhos de pessoas a volta por mais que sejam olhos de empatia, os sintomas são difíceis de lidar, e nem o tempo é capaz de tornar suportável, sempre algo surge ou torna-se mais intenso, o tratamento para mim foi como viver na angustia e incerteza.
 
7. Como assim Angústia e incerteza?
R: Você vive uma exaustão quase que diariamente, a quimioterapia é algo que vai debilitando, quanto mais agudo meu quadro ficava, mais forte a medicação aplicada, mais abatido eu me tornava, mais dependente das pessoas. Eu acordava me questionando se conseguiria agüentar até o fim do dia, e ia dormir temendo não despertar na manhã seguinte, e era assim todos os dias.
 
8.  Pensou em desistir?
R: Sendo sincero, sim eu pensei em desistir, estava cansado e o câncer estava tão agudo, violento que eu estava desacreditado sobre uma cura, um fim de semana eu pensei, cogitei em desistir, e deixar minha vida ser ceifada pela doença, na verdade eu desisti.
 
Natasha escuta o marido atentamente, ela não sabia que Steve havia pensado em desisti, ou internamente ter o feito, desistido mesmo que por um breve período de tempo, isso era algo novo para ela, mas não iria o interromper, pela primeira vez ele estava falando, assim como o fez na noite passada, era algo difícil para ele e não queria o interromper.
 
 
9. O que te fez mudar de idéia e seguir lutando contra a leucemia?
R: Eu vi que no momento em que me entreguei, quando pensei '' Deus, eu não posso mais fazer isso, se é isso que vai me matar, que seja de uma vez, eu estou cansado, só quero que acabe'' havia pessoas que seguiram lutando por mim, meus pais, meus irmãos, minha esposa, meus amigos, eu me entreguei e eles foram a minha defesa contra a doença, me levaram de volta ao ringue e lutaram por mim, foi onde consegui forças cada dia para tentar mais uma vez, todos os dias eles me resgatavam e me faziam forte para seguir.
 
 
Steve toca a mão da esposa sobre a mesa, apertando levemente e Nat o sente nervoso, sua voz estava emotiva ao falar, sua mão estava gelada e levemente suada e ela conseguia sentir o leve tremor de seus dedos. Suzan o escutava atentamente, marcando as perguntas que fazia com a caneta, e o escutando com um olhar emotivo, mas tentando não transparecer tanto, enquanto isso Natasha da mesma forma tentava não chorar ao escutá-lo, arrepiada ao ouvir o que ele dizia, e imaginar por um breve momento ele havia desistido, e ela poderia estar sem ele agora.
 
10. Hoje você esta curado?
R: Estou em busca disso, estou saudável e me curando, quando achei que tudo estava perdido e temi pela minha vida, sim eu temi mesmo por um momento tendo desistido, quando eu vi que estava morrendo realmente foi apavorante, e houve um apagão, entrei em coma e quando eu despertei, dias depois, soube que havia conseguido um doador e estava na fase pós transplante.
 
11. Qual o momento mais emocionante?
 
R: Acordar e ouvir que haviam feito o transplante, me recordo de pensar '' Eu estou vivo'' e ouvir que a medula estava pegando, estava dando tudo certo. Mas saber que minha esposa foi a minha salvadora, foi também muito emocionante, devo minha vida a ela, a ela e a minha família.  (Suzan questiona sobre Natasha ser a doadora) Sim, ela foi compatível comigo, foi uma grande sorte estar casado com a pessoa que estaria destinada a salvar minha vida.
 
As perguntam seguem, nesse meio tempo o trio saboreia os biscoitos, sanduíches, suco e chá que Maria havia reservado para eles, enquanto Suzan seguia o seu questionamento e Steve respondia em seu tempo, tentava deixar sua voz o mais calma possível, e tentava não emocionar-se tanto mas lá estava ele em alguns momentos com a voz a falhar em suas respostas. Enquanto Natasha o escutava, grande parte do tempo com lágrimas nos olhos, a segurar a mão do marido ou com a mão sobre a coxa dele.
 
12. Você é capaz de dizer que algo bom veio de toda essa experiência?
R: Definitivamente, eu percebi o quão amado eu sou e a importância das pessoas que amo na minha vida, aprendi a valorizar mais os momentos, sei quem são as pessoas que estarão comigo nos meus piores e melhores momentos, e como os amo e sou grato por tê-los em minha vida, o quanto sou grato pela minha vida, percebi que o fato de levantar todo dia e trabalhar com o que gosto, ter pessoas para partilhar isso é algo maravilhoso. E não posso esquecer das minhas filhas, me tornei pai de duas garotas, pacientes como eu, as filhas que a vida me deu.
 
— Uau, parabéns fico feliz ouvindo isso. – Suzan o responde e Steve agradece.
 
13. Quais os planos para o futuro?
R: Eu quero buscar ficar o mais saudável até estar de fato curado, estou em remissão e quero seguir trabalhando, voltar ao meu normal de antes da doença, curtir meu casamento com minha bela esposa, seguir com a minha vida.
 
14. Por que decidiu falar sobre isso? O que te fez mudar de idéia?
R: Eu inicialmente não quis falar, optei pelo silencio pois estava recente e uma parte de mim odiava e odeia estar relacionada ao câncer. Eu sou muito mais que o câncer que tive, as pessoas olham e vêem algo, esquecem de ver a pessoa, isso me destruía ao imaginar que estava agora entrelaçado a esta doença, mas não posso mais fugir dessa parte da minha vida, foi um capitulo difícil na minha historia e não vai apagar-se, ou ser deixado para trás de uma hora para outra. Falar sobre esta fase sombria da minha vida não é fácil, mas senti que era o momento de por para fora o que me sufoca, sinto a responsabilidade de dar voz a pacientes que esperam por ajuda enquanto lutam pela vida, tenho um grande alcance, falar sobre isso, falar sobre a minha experiência, é uma forma de deixar que o mundo os ouça e tentar buscar ajuda e solidariedade para estas pessoas.
 
— É uma bela missão, fico feliz que esteja curando-se e dando voz a pacientes oncológicos. – Suzan o responde. — Tem algo mais a dizer Steve?
 
— Gostaria de agradecer o apoio que minha família e eu temos recebido, desde o momento em que tudo isso veio a tona houve uma onda de suporte e carinho de muitos amigos e conhecidos, pessoas que nos enviam um gesto de carinho, foi muito importante e somos gratos por isso.
 
Suzan encerra a gravação suspirando altamente, antes de sorrir para o casal que a mirava.
 
— É Isso, temos nossa exclusiva. – ela anuncia orgulhosamente. — Quero dizer que fico feliz que esteja bem, e conseguido um doador, é uma bela história ser salvo pela esposa.
 
— Não esperávamos que seria eu a pessoa, mas que bom que foi eu e conseguimos doar a tempo. – Nat responde.
 
— É algo muito difícil? – Suzan questiona e o casal confirma. — Já pensou em falar sua parte da história? Contar como foi todo o processo para doar a medula que salvaria seu marido?
 
— Dar uma exclusiva? – Nat questiona e a mulher confirma. — Não pensei nisso, sinceramente achei que o lado dele seria mais importante, e nem imaginei que ele estaria disposto a contar tão rapidamente.
 
— Se quiser podemos fazer uma edição dupla, duas revistas, uma conta o lado de Steve e outro o seu lado, complementos de histórias, mas revistas e capas diferentes. – Suzan sugere. — Ou fazemos uma capa dupla, você de um lado e Steve do outro.
 
— Posso pensar melhor na proposta? -- Nat questiona indecisa e Suzan confirma.
 
— Meu médico entrará em contato, para explicar sobre a leucemia, pedirei a ele este favor e assim poderá explicar melhor o que me ocorreu. – Steve anuncia para Suzan, a mulher sorri grandemente e concorda agradecendo.
 
— Foi um prazer, obrigada pela entrevista, ligarei para sua secretária para marcarmos umas fotos para a capa. – Suzan anuncia despedindo-se de Steve após despedir-se de Natasha, a mesma retira-se da sala deixando o casal a sós.
 
— Quer dizer que pensou em desistir?—Nat o questiona, tendo de imediato a atenção do marido.
 
— Um breve período de tempo, desculpa por isso, mas eu estava cansado Nat e sem esperança.
 
— Fiquei surpresa ao ouvir isso, tivemos uma conversa no hospital e disse que lutaria. – Nat exclama confusa. — E agora eu descubro que por um breve momento, você deixou de lutar e quis morrer e me deixar.
 
— Não, eu não queria, mas eu estava exausto, esse pensamento veio dias depois da nossa conversa, alguns dias antes do coma e do transplante. – Steve explica-se a esposa. — Foi algo que me recorreu, não queria, mas estava esgotado, desculpe por esconder, mas não queria a decepcionar.
 
— O que me dói é saber quer por um breve momento, você deixou de lutar e desistiu de tudo, inclusive de nós Steve. --- Nat explica-se a andar de um lado para o outro, enquanto ele segue parado a observando e ambos têm lágrimas nos olhos. — Eu achei que estávamos a todo o momento na mesma página, lutando pela cura.
 
— Não faz idéia do quão difícil foi pensar em desistir, esteve comigo o tempo todo, e sei que sentiu medo e tristeza, mas não foi como eu, sentia cada molécula no meu corpo queimar com os efeitos da quimioterapia, e meu corpo desistindo aos poucos, como queria que eu continuasse firme o tempo todo? Por Deus Natasha, eu realmente pensei que se morrer fosse meu alivio e alívio de todos, que fosse de uma vez.
 
— Tem noção que se tivesse morrido, hoje seus pais ainda estariam chorando? E que eu estaria sozinha sem você e Aurora? – Natasha questiona a secar as lágrimas. — Eu estaria de novo no fundo do poço, e sem ninguém para me ajudar a sair, ninguém seria capaz de me ajudar a sair.
 
Steve não a responde, ele somente seca suas lágrimas que assim como as dela caia por seu rosto constantemente. Natasha caminha na direção dele o empurrando com as mãos contra seu peitoral, estava irritada e triste com o que ouvira, com a possibilidade de hoje estar sem Steve.
 
— TEM NOÇÃO DE QUE A SUA DESISTENCIA, PODERIA TER NOS SEPARADO PARA SEMPRE? – Ela questiona irritada e o empurra novamente, Steve não a responde de novo, e quase nem sai do lugar com o gesto dela, Nat o estapeia o peitoral, irritada a chorar. — NUNCA MAIS FAÇA ISSO, TA ME OUVINDO? NUNCA MAIS OUSE DESISTIR.
 
— Eu não vou, foi um breve momento de insanidade pelo cansado do tratamento, mas acredite em mim eu não queria morrer, eu só queria que passasse. – Steve responde segurando-a pelos pulsos, mas sem fazer força para não machucá-la. — Eu não queria morrer Nat, pelo contrário sempre quis viver, mas não daquela forma, por favor, me entenda eu estava danificado de todas as formas, senti meu corpo desistir, achei que não havia saída, mas em nenhum momento deixei de desejar um futuro com você.
 
Natasha o mira, com os olhos repletos de lágrimas, as quais ela nem conseguia mais conter, escorriam por suas bochechas, assim como as de Steve. Ele solta seus pulsos e toca ambas as bochechas dela, acariciando levemente com os polegares, antes de beijá-la, seus lábios captam os dela com uma sede por eles, assim como os dela, e imediatamente o beijo ganha vida, enquanto Natasha o segura firme na cintura, ele mantém as mãos no rosto dela, suas bocas movem-se uma na outra rapidamente, suas línguas tocam-se na boca um do outro, com luxúria e desejo enquanto ambos derramavam lágrimas, um misto de sentimentos, tristeza, raiva, amor, e por ultimo gratidão por ainda terem um ao outro, eles seguem no beijo até estarem com a respiração a pesar, e assim precisando buscar mais ar .
 
— Quero bater em você, como ousa desistir mesmo que por um breve momento? --- Nat o questiona com os lábios ainda próximos ao dele, e o sente escovar um no outro, lentamente, ambos suspiram com isso, cheios de desejo e amor. — Ainda bem que em nenhum momento cogitei desistir de você.
 
— Me reanimaria pessoalmente se necessário? – ele questiona sorrindo levemente, numa tentativa de tornar o momento mais leve.
 
— Totalmente, já vi em filmes e sempre quis dar choque em alguém. – a resposta dela o faz rir, e ambos beijando-se novamente, mas dessa vez mais lento, dando vez ao sentimento. — Onde jantaremos hoje?
 
— Onde você quiser.
 
— Que tal comida Francesa?—ela sugere, recebendo uma resposta positiva do marido, e desta forma eles deixam a sala de reuniões, com o que restara do chá da tarde sobre a mesa, no dia seguinte estaria limpa e arrumada com certeza, antes de deixarem a empresa Steve passa em sua sala para pegar suas coisas. — Me dei conta de uma coisa.
 
— O que?- Ele a questiona caminhando em direção a porta e Nat faz a mesma coisa.
 
— Esquece nada muito importante no momento, vamos logo, pois estou faminta. – ela muda de assunto enquanto pega a mão do marido e caminha ao lado dele em direção a saída, eles eram praticamente os últimos a sair, ficando somente a equipe de segurança e limpeza noturna. Steve deixa a chave do carro de Natasha com um segurança e solicita a entrega no apartamento do casal, então eles seguem para o restaurante no carro dele para um jantar a dois, e para a surpresa de ambos depois das horas de tensão e emoção durante a entrevista, o clima durante o jantar é leve, ambos falam do dia de trabalho, comentam sobre o baile, riem das mentiras contadas sobre as mulheres que se ofereceram para o leilão da primeira dança, não parecia nada com o clima anterior protagonizado pelos dois, agora estavam a rir, conversar, trocar carinho e beijos, durante todo o jantar. — Você jura que foi um período curto de tempo?
 
— Juro, a gente pode, por favor, esquecer isso?—ele a responde e beija-lhe a bochecha carinhosamente.
 
— Devemos, eu conversei com a Jemma – Nat exclama decidindo contar de uma vez. — Ela disse que mesmo após meu ciclo ter vindo ao remover o DIU, é provável que desça novamente no dia certo, mas sinceramente espero que não venha, estou torcendo para engravidar logo.
 
E de fato ela estava, estava ansiosa para engravidar, ela e Steve vinham tentado e esperava que em uma das muitas transas que tiveram desse certo, esperava ter acertado logo de cara, mas ainda tinha uns dias até seu ciclo realmente vir, esperaria até lá para confirmar, afinal seria melhor criar esperanças após o atraso, seria maravilhoso conseguirem ter um filho logo de cara, eles querem e estavam prontos para este passo na vida a dois. Quando estão em casa, ambos banham-se juntos na banheira, colocam pijamas e deitam, Nat o abraça repousando a cabeça sobre o peitoral desnudo do marido e eles seguem a falar até dormirem, estavam cansados
 
— Eu estou muito ferrado. – Tony anuncia aos irmãos, ele andava de um lado ao outro nervosamente desde o momento em que entrara na sala de Steve. — Pepper não quer olhar na minha cara.
 
— O que fez? – Thor questiona sorrindo descaradamente, afinal seu irmão era mestre em fazer coisa errada.
 
— Eu vou perder minha noiva – Tony resmunga batendo pé e com cara de choro, como uma criança que acabara de ouvir não. — QUE INFERNO
 
— Tony, o que houve?—Steve questiona.
 
— Acho que tenho um filho. – Tony responde.
 
— O QUE?—A dupla questiona, ambos estavam surpresos ao ouvir.
 
—  Brincadeira, eu só queria avisar que no próximo fim de semana teremos um jantar para comemorar o noivado, antes do jantar de noivado oficial. – Tony exclama a sorrir descaradamente.
 
—  Um jantar antes do jantar? Aposto que a idéia foi sua.
 
—  Claro, é um jantar com quem eu gosto de fato – Tony responde. —  Ou seja vocês só vão pois a Pepper insistiu.
 
—  Babaca. – Thor o insulta e recebe o dedo do meio em resposta.
 
—  É um jantar só para nós, temos este dia vago na agenda de noivos e quero ocupar para não ter que ouvir histórias de barras de vestido e coisas do tipo. – Tony se explica aos irmãos. —  Não podem dizer não, reservarei uma mesa no restaurante Frances ou italiano, ou japonês pois a Virginia não aceitou o shawarma que sugeri.
 
—  Hoje você provará sua roupa, e nós provaremos a nossa. – Thor anuncia. —  Ansioso?
 
—  Obvio, quero ver como estarei gostoso no altar. – Tony responde batendo palmas, o fim da tarde deles, naquele dia iria resumir-se em provar roupas de noivo, e padrinhos, e por mais que tentasse não demonstrar tanto, ambos sabiam que Tony estava de fato ansioso para isso, ele amava Pepper, Steve sabia que sim pois conhecia o irmão, e sentia o mesmo por Natasha, conseguia identificar os sinais, e ele só queria que Tony e Pepper fossem tão felizes quanto ele e Natasha eram felizes.

Enquanto isso Natasha encaminhava-se a sua sala para iniciar seu dia de trabalho, e surpreende-se ao ver Suzan a sua espera.

— Sua mensagem confirmando a matéria, preciso que seja urgente, por isso pedi a sua secretária para me agendar para hoje, preciso que tudo esteja na redação até a noite. -- Suzan explica-se enquanto a cumprimenta.

— Se é assim, vamos fazer isso logo.

— Obrigada Natasha, de verdade. -- Suzan agradece enquanto Nat se acomoda atrás de sua mesa e aponta a cadeira a sua frente. — Desculpa toda essa pressão, mas tenho que ter tofo o layout da revista pronto na amanhã.

— Eu entendo, quer um café?-- Nat oferece e solicita a sua secretária que as sirva um café, enquanto isso ela observa Suzan preparar o gravador e as perguntas.

— Pronta?-- a reporter questiona quando ambas ja estão sozinhas na sala e com seus devidos cafés.

— Sim, vamos começar.





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 Olá Meus Amores! 🌻
Muá surgindo durante o dia com um capitulo fresquinho e recém acabado. Espero que perdoem a demora, eu estava a dias escrevendo e pensando em cada momento, mas também estive doente e preferi descansar, enfim me perdoem.

Espero que tenham gostado do capitulo, no próximo teremos a versão da Natasha na entrevista, e mais alguns momentos do casal e entre amigos. Comentem bastante, isso me motiva muito, me faz ver que seguem gostando da história.


Beijinhos. 😘
Até o próximo! 💛
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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