A Pior Semana Part. III !

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...
 
Natasha observa-se de pé em um grande salão, a usar um leve e longo vestido branco de alças finas e frágeis, sentia o chão gelado em seus pés descalços, estava confusa com o lugar, não recordava-se de ter estado ali antes, ao mesmo tempo em que lhe parecia extremamente familiar, ela não sabia em que pensamento ou sensação acreditar. O som de gargalhadas soam chamando sua atenção, um som doce e vivido que a faz arrepiar-se ao escutar, são risadas de criança, e imediatamente ela segue a direção do som, correndo pelo salão e o atravessando, uma porta branca esta a sua frente e ao abrir a mesma e atravessá-la ela encontra-se cercada de espelhos, são espelhos enormes e através do mesmo ela ver sua imagem refletida, sorrindo feliz conforme sentia seu coração bater tão acelerado enquanto ouvia as risadas constantes soando sem parar, e ela fecha os olhos para absorver o som do riso, o sentia tão perto.
 
— Mama!
 
A voz infantil, tão doce e meiga soa, chamando sua atenção e ao abrir os olhos ela vê a imagem de uma garotinha sentada atrás dela refletida no espelho que mirava, e todos que olhava lá estava ela, sentada no chão com roupinhas brancas, rindo feliz e acenando como se a chamasse, seus cabelos eram loiros como fios de ouro, sua pele era branca e havia covinhas em sua bochecha, olhos verdes e brilhantes.
 
— Aurora! – Sua voz sai em um sussurro emocionado ao ver a garotinha, sua garotinha linda e sorridente, seus dedos buscam tocar a imagem refletida no espelho, tremendo enquanto encostam-se à mesma e a pequena ergue a mão em direção a ela, como se a tocasse através do reflexo também, ela gargalha fazendo a loira sorri mirando-a. — Você é linda filha.
 
— Mama!
 
— Feliz Aniversário de 1 ano minha bela.
 
— Um. – A pequena ergue seu dedinho e bate palmas feliz, rindo tão docemente, Natasha sentia-se como se tremesse de alegria ouvindo sua risada, ela fecha os olhos para ouvir o melhor som do mundo, a risada da sua garotinha, sentia incapaz de não sorrir vendo-a e ouvindo-a, era a menina mais doce e linda que já vira em toda sua vida, nem conseguia imaginar que havia feito aquilo com Steve, por falar em Steve ela não fazia idéia de onde estava o marido, ao lembrar deste detalhe ela abre os olhos, e assusta-se ao ver a imagem masculina refletida no espelho.
 
Adam a mirava em roupas escuras, e sorria em sua direção, aproximando-se dela por trás, tocando seus braços ao lado do corpo e subindo as mãos por toda a extensão deles, até estarem em seus pescoço e outra a segurando pela cintura, apertando-a e forçando-a a ver a imagem deles refletida nos espelhos quando ela tenta virar a cara.
 
— Veja Natasha. – ele exclama baixo e ela tenta desviar, mas ele a aperta e força a olhar, e ela é obrigada a ver ambos abraçados. — Ela é a cara do papai.
 
O grito que surge a seguir a faz arrepiar, e sente seu corpo gelar conforme sente a dor vindo de sua filha, ela grita e chora altamente, e Natasha tenta sair dos braços de Adam, e quando consegue afastar-se tenta ver sua filha, mas ela sumiu, a imagem dela sumiu atrás de si, não refletia-se em nenhum espelho, ela busca em cada um dos que a cercava e todos via-se desesperada, enquanto Adam ria atrás de si.

— O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? CADÊ A MINHA FILHA?
 
Ela grita irritada em meio ao seu desespero, virando-se para o homem e o empurrando, batendo em seu peito varias e varias vezes, enquanto gritava e repetia a perguntar sobre sua filha, ouvindo o choro da mesma vir de algum lugar, e ela começa a chorar em desespero, e o ouvia rir sem importar-se. Natasha o acerta uma tapa na cara, e ele segura seus pulsos, imobilizando suas mãos enquanto apertava, fazendo-a se curvar a frente dele, praticamente tentando ajoelhá-la.
 
— Por favor, devolva a minha bebe, por favor.
 
Natasha implora angustiada, sentindo-se humilhada por estar sendo colocada daquela forma, subjugada pelo homem que a agrediu e agora a fazia implorar, ao olhar-se no espelho ela conseguia ver sua imagem quase ajoelhada, inferior a ele, e havia hematomas em seu corpo onde ele havia tocado, seus pulsos doíam, mas a angustia de ouvir o choro de sua filha era maior que a humilhação que sentia.
 
— Por favor, devolva a minha  Aurora.
 
— Não vou devolvê-la, ela esta morta Natasha. – ele a responde próxima a seu ouvido, e ela nega em um rápido balançar de cabeça, e ele confirma mirando-a diretamente sorrindo, e o choro infantil some abruptamente. — Sim, nós a matamos, não lembra?
 
— NÃO.
 
Seu grito é alto e desesperado, e ele a larga empurrando-a e a fazendo cair no chão, ele ri e quando ela ergue sua cabeça, ele sumira da mesma forma que apareceu em um piscar de olhos dela, da mesma forma que o som do choro de sua filha sumira, e tudo que ela ouvia eram seu próprio choro, seus gritos de terror enquanto mirava-se sentada no chão em todos os espelhos, e havia sangue em seu vestido branco, ela esconde seu rosto entre as mãos, e balança-se para frente e para trás enquanto os espelhos estouravam a sua volta e ela gritava apavorada, pedindo para parar, chamando pelo marido e chamando pela filha principalmente.
 
— Natasha, acorda.
 
A voz de Steve soa longe, entre o estourar dos espelhos, ela mal conseguia o ouvir devido seus próprios gritos, sua garganta doía como se fosse rasgar-se a qualquer momento, e o sangue em suas roupas parecia recente e morno, ainda estava úmido, como se viesse dela, de sua barriga, não sabia dizer com certeza se era. Novamente a voz de Steve surge e ela sente seu corpo sacudir levemente, ouvindo-a chamá-la novamente, sua voz parecia cada vez mais alta e angustiada, mas ao tirar a mão do rosto, e procurá-lo, ela não conseguia o enxergar, e tentando proteger-se dos vidros estourando ela escondera-se novamente.
 
— NATASHA!
 
Ela finalmente desperta, sentando na cama desesperada ao ouvir o marido gritar seu nome e ela grita desesperada, mirando a sua volta e compreendendo que estava na cama, seu marido a mirava preocupado ajoelhado na cama enquanto a tocava, e ela percebe que já passava da uma da madrugada, e notara que estava suando, e chorava desesperadamente, um soluço lhe corta a garganta altamente, e seu peito chacoalha com o choro intenso.
 
— Foi só um pesadelo, esta tudo bem. – Steve fala tentando a tranqüilizar enquanto a escuta chorar apavorada.

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